Mostrando postagens com marcador Disciplina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Disciplina. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Alguém está roubando seu filho!

 Alguém está roubando seu filho!

                                                                                                                                    Pr. Eduardo Ferraz

clip_image002De todos os filmes de Peter Pan, o que mais me chamou a atenção foi aquele interpretado pelos atores Robin Williams no papel de Peter e Dustin Hoffman no papel de Capitão Gancho. Parte do filme retratava um pai tão envolvido em seu trabalho que seus filhos eram sempre prejudicados. O Capitão Gancho entra em cena e acaba ganhando a confiança dos filhos, dando aquilo que ele mais queriam, tempo e atenção (claro, como um vilão!).

Já parou para analisar que muitos pais passam mais da metade de suas vidas mais produtivas, preocupados em “investir e garantir” boas oportunidades a seus filhos? Só que se esquecem que os filhos precisam mais de seus pais hoje do que de seus pais no seu futuro!

Você já ouviu essa frase: “Nossos filhos precisam mais de nossa presença do que de nossos presentes!”?

Temos visto e ouvido nestes últimos anos, vários “profissionais” que tratam do tema “educação de filhos”, nomes consagrados como Içami Tiba, a televisiva Super Nani e outros, “ensinando” muitos pais que enfrentam dificuldades na criação e educação dos filhos.

No começo de meu ministério eu e minha esposa tivemos a grata oportunidade de trabalhar por alguns anos com adolescentes e jovens. Pudemos observar que os jovens que mais necessitavam de atenção, eram aqueles que alguns, de forma muito imprópria, chamam de “aborrecentes”. Eram os jovens cujos pais não davam a atenção, tempo e educação devida quando ainda crianças. Sei que o mundo pós-moderno, dificultou muito a vida dos pais e na educação de seus filhos. Pais são responsáveis em prepará-los para enfrentarem a vida, e quando negligenciam esta responsabilidade eles os “aborrecem” e correm o risco de perdê-los.

Paulo, na sua carta aos Efésios cap. 6 versos 1-4, diz para os filhos obedecerem e honrarem os pais, mas a primeira responsabilidade esta com os pais, pois se estes não ensinarem a seus filhos o que o Senhor ordena como os filhos irão obedecer-lhes e honrá-los?!?

Muitos filhos adolescentes e jovens “proporcionam” maiores ou menores problemas aos seus pais conforme a educação moral e espiritual que receberam quando crianças.

Tenho dois filhos preciosos, assim como vocês também devem considerar os seus. Eles têm nos proporcionado muitas reflexões e desafios em nossa privilegiada e desafiadora missão de pais. Muitas vezes eles me fazem sentir culpado quando penso no tempo que não passo com eles, na educação e exemplo que estou lhes dando. Quero compartilhar com os pais que enfrentam o mesmo problema que eu alguns princípios bíblicos que pela misericórdia de Deus tenho tentado aplicar com meus filhos. Princípios que tenho certeza que muitos dos leitores já ouviram e praticam, mas fica aqui um reforço.

1º) Devemos ser pais intercessores

Orar a Deus pelos nossos filhos é a primeira ação de devemos e podemos fazer. Veja o exemplo do personagem bíblico Jó. No texto de seu livro (Jó 1.4,5) diz que ele continuamente intercedia pelos filhos! O pai Jó se via como um sacerdote do lar e queria ver seus filhos livres das conseqüências do pecado. Orar pelos nossos filhos é um meio de graça que podemos fazer de graça!

2º) Devemos ser pais professores

Vários textos bíblicos nos ordenam a ensinar nossos filhos. Textos como o de Provérbios 22.6 – “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Temos aqui um princípio que ordena o pai preparar o caminho presente e futuro para o filho trilhar. Devemos entender que os filhos dependem de nós para trilharem caminhos de bom caráter e virtudes espirituais. O Salmo 78.1-8 é um exemplo direto para os pais professores ensinarem seus filhos sobre o Senhor e suas maravilhas.

O perigo de não ensinar os filhos sobre quem é Deus, sua graça, seu amor, seus mandamentos e sua justiça, é algo que pode comprometer negativamente uma geração inteira. Foi o que aconteceu no tempo de Juízes, veja: Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins. Deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o Senhor à ira” (Jz 2.10-13).

Se tiver que deixar uma legado aos seus filhos deixe o melhor legado, e este, é conhecerem ao Senhor.

3º) Devemos ser pais disciplinadores

Infelizmente o estado não compreende os mandamentos e princípios da Palavra de Deus e tem feito um desfavor as famílias e a sociedade em geral, privando as crianças da disciplina que os livrará da morte e do fracasso. Só para pensarmos juntos: Não conheço nenhum dos meus amigos que sejam revoltados ou problemáticos hoje por levarem alguns “petelecos” quando desobedeciam aos pais, pelo contrário, são homens de bem e de caráter.

A disciplina moral e física quando bem aplicadas são bênçãos maravilhosas na vida de nossos filhos, bênçãos que valerão para a vida toda.

Há na Palavra de Deus várias orientações e princípios sobre a disciplina, inclusive com o uso da vara. Confira algumas delas: Provérbios 13.24; 23.13; 29.15.

Nunca discipline seu filho injustamente (explique, faça-o ver que pecou deliberadamente); com ira (faça-o conscientemente e com calma); com brutalidade (nunca use as mãos, mas uma varinha bem dosada, o bum-bum é o melhor lugar); com abandono (dependendo, dê a ele um tempo para chorar e pensar, depois o abrace e diga que o ama).

Caro leitor, poderia também falar do pai amigopai que brincapai que passeiapai presente.... mas,deixarei para outra oportunidade. Aproveito para indicar um livro de um querido mestre e amigo, “101 Idéias para a Família” – David J. Merkh/Carol Merkh, Ed. Hagnos.

Por últimoalgo que também aprendi e sei que é muito importante para “coroar de bênçãos” essas práticas:

Ame e demonstre verdadeiro amor e respeito pelo seu cônjuge, faça seus filhos entenderem e verem que sua esposa/o é o primeiro(a) na escala de seu amor, isso com certeza irá dar muita segurança a eles.

Encerro este Post com as conhecidas palavras de um Juiz de Houston (Texas- USA) publicada na Revista Reads Digest – Seleções em 1963. (fiz minhas adaptações)

DEZ MANEIRAS PARA PERDER SEU FILHO

1º Dê tudo o que ele pedir. Realize todas as suas vontades;

2º Ache graça quando ele falar ou fizer coisas erradas (palavras e coisas que não edifiquem);

3º Não tenha compromisso com a Igreja e nem cobre dele isso também;

4º Nunca use a palavra “pecado”, nem apresente Jesus como Salvador;

5º Faça tudo por ele (p.ex.: guardar brinquedos; arrumar o quarto; resolver os deveres escolares...), prive-o de responsabilidades;

6º Deixe-o assistir o que quiser na TV e navegar onde quiser na internet;

7º Não faça conta do dinheiro que ele gastar, não lhe ensine nunca que dinheiro vem de trabalho duro, e gastá-lo é sempre mais fácil;

8º Jamais diga “NÃO”. Quebre sempre suas promessas de não e sim;

9º Brigue e discuta com o seu cônjuge na frente dele;

10º Não use a correção, castigo e disciplina.

Não deixe que seu filho seja “roubado” pelo “Capitão Gancho”, nem por ninguém. Seja você o “Capitão Temporário” do coração dele, sempre conduzindo-o ao Capitão de sua vida, JESUS CRISTO.


..


terça-feira, 16 de junho de 2009


O Jovem Cristão e Autodisciplina


Pr. Elinaldo Renovato de Lima


INTRODUÇÃO

O verdadeiro cristão deve ser uma pessoa disciplinada, no genuíno sentido do termo. No meio eclesiástico a visão do que é disciplina tem sido distorcida, a ponto de se entender que uma pessoa disciplinada é alguém que cometeu algum pecado ou erro, e que necessita de punição. Na verdade, porém, uma pessoa disciplinada é uma pessoa correta, que obedece a princípios e normas, de modo consciente. O universitário cristão precisa ser, antes de tudo, autodisciplinado, para que dê bom testemunho em qualquer lugar, ocasião ou situação, visto que a universidade é ambiente relativista, liberalista e materialista, dominado por filosofias humanas que se opõem à revelação bíblica.


1. CONCEITOS

1.1. DISCIPLINA

0 termo disciplina vem do latim, disciplina, e tem o sentido de "instrução", `treinamento", "disciplina" propriamente dita. A palavra pode indicar um modus vivendi, de acordo com a observância de normas, conduta, requisitos; pode indicar tipos de vida ascética, mortificação; a vida monástica, na Idade Média, exigia um tipo de disciplina que usava açoites para disciplinar a carne, a vontade; tem o sentido de punição aos que deixam de cumprir certas normas; na vida militar, indica o preparo do indivíduo para a execução correta das atividades da caserna; no meio acadêmico, disciplina eqüivale a uma matéria a ser estudada.


1.2. AUTODISCIPLINA

Indica a disciplina aplicada ao indivíduo por ele próprio, de modo consciente e voluntário, com a finalidade de atender a determina padrão de conduta, aceito como válido. No presente trabalho, aceitamos o conceito de autodisciplina como a disposição pessoal do jovem universitário de viver os princípios cristãos, como "sal da terra" e "luz do mundo", de modo consciente e voluntário, sem que haja a necessidade da interferência de terceiros. É a obediência à Palavra de Deus em qualquer lugar ou situação, principalmente no meio acadêmico.


2. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA

2.1. NO ANTIGO TESTAMENTO

No AT, a disciplina era vista como meio de correção ou de instrução. A palavra musar, no hebraico, em correlação com moser, significa "laços" ou "algemas". A lei mosaica era parte integrante da "disciplina do Senhor" (Dt 11.2). O sistema de punições no AT visava o cumprimento dos mandamentos de Deus (ver Dt 4.36; Ex 20.20). O homem ímpio não valorizava a disciplina (Sl 50. 16,17); enquanto o filho fiel não rejeita a repreensão (disciplina) do Senhor (Pv 3.11). O que ama a correção (disciplina) ama o conhecimento (Pv 12.1). A disciplina tem por base o amor de Deus (Pv 3.12).


2.2. NO NOVO TESTAMENTO

No NT, o sentido de disciplina é mais positivo, pois está mais associado á instrução, ao ensino, mas também à punição. No grego, a palavra disciplina épaidia, que está ligada ao treinamento e instrução de crianças, e também à correção para que se imponha uma conduta correta. A palavra paideo significa educar, instruir, disciplinar ou punir de alguma maneira. Em Hb 12.6-11, vemos que Deus corrige (disciplina) aquele a quem ama, indicando que por trás da disciplina está o amor de Deus, dirigindo a pessoa para o bem, para a salvação (Ap 3.19).


3. A AUTODISCIPLINA DO JOVEM CRISTÃO

Com base no que vimos acima, a disciplina deve ser entendida no sentido positivo. Uma pessoa disciplinada deve ser vista como uma pessoa bem instruída, educada, treinada, tendo em vista os propósitos da vida cristã. A autodisciplina deve ser exercida dentro de uma visão positiva da vida cristã e não como um mero cumprimento de normas sem sentido e sem razão. O universitário cristão vive todo o tempo, na academia, a ter sua fé e conduta desafiados pelos conceitos materialistas. Precisa adotar por si próprio uma disciplina que fortaleça o seu testemunho no meio universitário, entre colegas e professores.


O JUGO NA MOCIDADE

A Bíblia diz: "Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade; assentar-se solitário, e ficar em silêncio; porquanto Deus o pós sobre ele" (Lm 3.27,28). Nesse texto, podemos ver:

1) O jugo na mocidade: suportar o jugo, no contexto, significa suportar a disciplina do Senhor, em obediência a seus mandamentos, mesmo que venha sofrer (Lm 3.30); sofrer tristeza (v. 32); e passar por outros problemas.

2) Assentar-se solitário e ficar em silêncio: não é fácil para o jovem ficar em silêncio. Isso fala de meditação, de conscientização diante de Deus.

3) Deus pôs o jogo sobre o homem: o jugo é sinônimo de canga , usada para restringir os movimentos dos animais, para que eles não "furem a cerca" e vão para o terreno dos estranhos; o jugo ou disciplina de Deus tem a finalidade de preservar a vida do homem, livrando-o do pecado. Jesus disse: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou mando e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas" (Mt 11.29). Se o jovem universitário, conscientemente, adota o `jugo" de Deus e de Cristo, está exercendo a autodisciplina no sentido de ser fiel ao Senhor, dando o verdadeiro testemunho cristão.


4. EXEMPLOS DE JOVENS QUE SOUBERAM EXERCER A AUTODISCIPLINA

1) JOSÉ (Gn 39.7-9).

Ele manteve a autodisciplina ante a sedução do pecado sexual. No meio universitário, há campo largo para o pecado nessa área; é necessário vigilância e oração (Mt 26.41); é preciso considerar o corpo templo de Deus (1 Co 6.19,20); fugir dos desejos da mocidade (2 Tm 2.22);

2) DANIEL E SEUS 3 COMPANHEIROS (Dn 1.3-5, 8,9). Não se contaminaram com o "manjar do rei"; Dn 3.15-17). Foram lançados no fogo, mas não se encurvaram diante da estátua de Nabucodonosor. Tinham autodisciplina.

3) TIMÓTEO

O jovem discípulo de Paulo, foi instruído a ter autodisciplina (2 Tm 3.10-17).


5. UMA SUGESTÃO PARA A AUTODISCIPLINA NA UNIVERSIDADE:

- Orar antes de ir para as aulas (Mt 26.41); - ler a Bíblia diariamente (Si 1.2; 119.97); - não se ocultar como crente (Mt 5.14,16); - não se irritar quando for criticado; -ser ótimo aluno; -pesquisar e ler bons livros e revistas para saber responder aos críticos da fé (1 Pe 3.15).


CONCLUSÃO

O mundo atual tem várias características bem definidas, que o distinguem do que foi nos tempos passados. Uma delas é a indisciplina, principalmente no meio da juventude em geral. Embora não seja característica do jovem, ele assimila a indisciplina como um modo de viver, para se expressar. Exemplo disso é a música jovem, caracterizada pela falta de ordem, principalmente no Rock, na lambada, no reggae, etc.

O jovem cristão precisa ser exemplo de autodisciplina nesse mundo escorregadio da indisciplina. Hoje, garotas e meninos de 12 anos já se prostituem, já fumam maconha , cocaína, e isso em escolas e ambientes das chamadas classes média e alta. É a indisciplina moral e falta de valores espirituais.

O jovem cristão precisa enfrentar de pé a onda de falta de Deus, de moralidade e seriedade, como o fizeram José, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdênego, Ester, Débora, Eunice, Loide, Maria e tantos outros.


.

terça-feira, 19 de maio de 2009


Uma Palavra aos Pais
 
A. W. Pink

Uma das mais infelizes e trágicas características de nossa civilização é a excessiva desobediência aos pais da parte dos filhos, quando menores, e a falta de reverência e respeito, quando grandes. Infelizmente, isto se evidencia de muitas maneiras, inclusive em famílias cristãs.

 

Em nossas abundantes viagens nestes últimos trinta anos, fomos recebidos em muitos lares. A piedade e a beleza de alguns deles ainda permanecem em nossos corações como agradáveis e singelas recordações. Outros lares, porém, nos transmitiram as mais dolorosas impressões. Os filhos obstinados ou mimados não apenas trazem para is mesmos perpétua infelicidade, mas também causam desconforto para todos que se relacionam com else e prenunciam coisas ruins para os dias vindouros.

 

Na maioria dos casos, os filhos são menos culpados do que seus pais. A falta de honra aos pais, onde quer que a achemos, deve-se, em Grande medida, aos pais afastarem-se do padrão das Escrituras. Atualmente, o pai imagina que cumpre suas obrigações ao fornecer alimento e vestuário para os filhos e, ocasionalmente, ao agir como um tipo de policial de moralidade. Com muita freqüência, a mãe se contenta em desempenhar a função de uma criada doméstica, tornando-se escrava dos filhos, realizando várias tarefas que estes poderiam fazer, para deixá-Los livres em atividades frívolas, ao invés de treiná-Los a serem pessoas úteis. A conseqüência tem sido que o lar, o qual deveria ser, por causa de sua ordem, santidade e amor, uma miniatura do céu, degenerou-se em “um ponto de parada para o dia e um estacionamento para a noite”, conforme alguém sucintamente afirmou. Antes de esboçarmos os deveres dos pais em relação aos filhos, devemos ressaltar que else não podem disciplinar adequadamente seus filhos, a menos que primeiramente tenham aprendido a governar a is mesmos. Como podem else esperar que a obstinação de suas crianças sejam dominadas e controladas as manifestações de Ira, se else mesmos dão livre curso à seus próprios sentimentos? O caráter dos pais é amplamente reproduzido em seus descendentes. “Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem” (Gn 5.3). Os pais devem else mesmos viver em submissão a Deus, se desejam obediência da parte de seus filhos. Este princípio é enfatizado muitas e muitas vezes nas Escrituras. “Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a it mesmo?” (Rm 2.21). A respeito do pastor ou presbítero da igreja, está escrito que ele tem de ser alguém “que governe bem a própria Casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria Casa, como cuidará da igreja de Deus?)” (1 Tm 3.5). E, se um homem ou uma mulher não sabem como dominar seu próprio espírito (Pv 25.28), como poderão cuidar de seus filhos? Deus confiou aos pais um solene e valoroso privilégio. Não exageramos ao afirmar que em suas mãos estão depositadas a esperança e a bênção, ou a maldição e a ruína da próxima geração.


Suas famílias são os berçários da Igreja e do Estado e, de acordo com o que agora cultivam, tais serão os frutos que colherão posteriormente.

 

Eles deveriam cumprir seu privilégio com bastante diligência e oração. Com certeza, Deus lhes pedirá contas referentes à maneira de criarem seus filhos, que a Ele pertencem, sendo-lhes confiados para receberem cuidado e preservação. A tarefa que Deus confiou aos pais não é fácil, em especial nestes dias excessivamente maus. Entretanto, poderão obter a graça de Deus, se a buscarem com sinceridade e confiança. As Escrituras nos fornecem as regras pelas quais devemos viver, as promessas das quais temos de nos apropriar e, precisamos acrescentar, as terríveis advertências, para que não realizemos essa tarefa de maneira leviana.

 

 

Instrua seu filho

 

Queremos mencionar aqui quatro dos principais deveres confiados aos pais. Primeiro, instruir seus filhos. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; TU as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua Casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6.6-7). Este dever é sobremodo importante para ser transferido aos outros; Deus exige dos pais, e não dos professores da Escola Dominical, a responsabilidade de educarem seus filhos. Tampouco essa tarefa deve ser realizada de maneira esporádica ou ocasional, mas precisa receber constante atenção. O glorioso caráter de Deus, as exigências de sua lei, a excessiva malignidade do homem, o maravilhoso dom de seu Filho e a terrível condenação que será a recompensa de todos aqueles que O desprezam e rejeitam — estas coisas precisam ser apresentadas constantemente aos filhos. “Else são pequenos demais para entendê-Las” é o argumento de Satanás, visando impedir os pais de cumprirem seu dever. “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à Ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Temos de observar que os “pais” são especificamente mencionados neste versículo, por duas razões: eles são os cabeças das famílias e o governo desta lhes foi confiado; os pais são inclinados a transferir sua responsabilidade às esposas. Essa instrução deve ser ministrada através da leitura da Bíblia e de explicar aos filhos as coisas adequadas à sua idade. Isto deveria ser acompanhado de ensinar-lhes um catecismo. Um constante falar aos mais novos não se mostra tão eficiente quanto a diversificação com perguntas e respostas. Se nossos filhos sabem que serão questionados após ou durante a leitura bíblica, ouvirão mais atentamente: fazer perguntas os ensina a pensarem por si mesmos. Este método também leva a memória a reter mais os ensinos, pois o responder perguntas definidas, fixa idéias específicas em nossas mentes. Observe quantas vezes Jesus fez perguntas aos seus discípulos.

 

 

Seja um bom exemplo

 

Segundo, boas instruções precisam ser acompanhadas de bons exemplos. O ensino proveniente apenas dos lábios provavelmente será ineficaz. Os filhos são espertíssimos em detectar inconsistências e rejeitar a hipocrisia. Neste aspecto, os pais precisam humilhar-se diante de Deus, buscando todos os dias a graça que desesperadamente necessitam e somente Ele pode dar. Que cuidado eles precisam ter, para que diante de suas crianças não digam e façam coisas que tendem a corromper suas mentes ou produzam más conseqüências, se elas as imitarem! Os pais necessitam estar constantemente alertas contra aquilo que pode torná-los desprezíveis aos olhos daqueles que deveriam respeitá-los e honrá-los. Não apenas devem instruir seus filhos no caminho da santidade, mas eles mesmos devem andar neste caminho, mostrando por sua prática e conduta quão agradável e proveitoso é ser orientado pela lei de Deus. No lar de pessoas crentes, o supremo alvo deve ser a piedade familiar — honrar a Deus em todas as ocasiões —, e as outras coisas, subordinadas a este alvo.

 

Quanto à vida familiar, nem o esposo nem a esposa deve transferir para o outro toda a responsabilidade pelo aspecto espiritual da vida da família. A mãe, com certeza, tem a incumbência de suplementar os esforços do pai, pois os filhos desfrutam mais de sua companhia. Se existe a tendência de os pais serem muito rígidos e severos, as mães são propensas a serem muito brandas e clementes; portanto, têm de vigiar mais contra qualquer coisa que enfraquecerá a autoridade do pai. Quando este proibir alguma coisa, ela não deve consenti-la às crianças. É admirável observar que a exortação dada em Efésios 6.4 é precedida por “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18); enquanto a exortação correspondente em Colossenses 3.21 é precedida por “habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo” (v. 16), demonstrando que os pais não podem cumprir seus deveres, a menos que estejam cheios do Espírito Santo e da Palavra de Deus.

 

 

Discipline seu filho

 

Terceiro, a instrução e o exemplo precisam ser reforçados mediante a correção e a disciplina. Antes de tudo, isto implica no exercício de autoridade — a correta aplicação da lei divina. A respeito de Abraão, o pai dos fiéis, Deus afirmou: “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gn 18.19).

 

Pais crentes, meditem nestas palavras com cuidado. Abraão fez mais do que simplesmente dar conselhos: ele ensinou com vigor a lei de Deus e ordenou sua casa. As regras com que ele administrou seu lar tinham o objetivo de seus filhos guardarem “o caminho do SENHOR” — aquilo que era correto aos olhos de Deus. Este dever foi cumprido pelo patriarca a fim de que a bênção de Deus estivesse sobre sua família. Nenhuma família pode crescer adequadamente sem leis familiares, que incluem recompensas e castigos. Isto é especialmente importante na primeira infância, quando ainda o caráter moral não está formado e as crianças não apreciam ou entendem seus motivos morais. As regras devem ser simples, claras, lógicas e flexíveis, tais como os Dez Mandamentos — poucas, mas relevantes regras morais, ao invés de centenas de restrições insignificantes.

 

Uma das maneiras de provocarmos desnecessariamente nossos filhos à ira é atrapalhá-los com muitas restrições insignificantes e regras detalhadas e arbitrárias, procedentes de pais perfeccionistas. É de vital importância para o bom futuro dos filhos que estes sejam trazidos em submissão desde cedo. Uma criança malcriada representa um adulto ímpio — nossas prisões estão superlotadas com pessoas que tiveram a liberdade de seguirem seus próprios caminhos durante sua infância. A mais leve ofensa de uma criança quebrando as regras do lar não deve ficar sem a devida correção, pois se ela achar clemência ao transgredir uma regra, esperará a mesma clemência em relação a outras ofensas, e sua desobediência se tornará mais freqüente, até que os pais não tenham mais controle, exceto através do exercício de força brutal. O ensino das Escrituras é claro quanto a este assunto. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv 22.15; ver também 23.13- 14). Por isso, Deus afirmou: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24). E, ainda: “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo” (Pv 19.18). Não permita que uma afeição insensata o impeça de cumprir seu dever. Com certeza, Deus ama seus filhos com um sentimento paternal mais profundo do que você ama seus filhos, mas Ele nos diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo” (Ap 3.19; cf. Hb 12.6). “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29.15). A severidade tem de ser utilizada nos primeiros anos de uma criança, antes que a idade e a obstinação endureçam-na contra o temor e a pungência da correção. Poupe a vara e você arruinará seu filho; não a utilize e terá de sofrer as conseqüências. É quase desnecessário salientar que as Escrituras citadas anteriormente não têm o propósito de incutir-nos a idéia de que nosso lar deve ser caracterizado por um reino de terror. Os filhos podem ser governados e disciplinados de tal maneira, que não percam o respeito e as afeições por seus pais. Estejamos atentos para não estragarmos seus temperamentos, por fazermos exigências ilógicas, e provocá-los à ira, por castigá-los expressando nossa própria ira. O pai tem de punir um filho desobediente não porque ficou bravo, e sim porque é correto fazer isso — Deus o exige, bem como a rebeldia de seu filho. Nunca faça uma ameaça, se não tenciona cumpri-la. Lembre que estar bem informado é bom para seu filho, mas ser bem controlado é ainda melhor. Esteja atento às inconscientes influências que cercam seu filho. Estude meios para tornar seu lar atraente, não pela utilização de recursos carnais e mundanos, mas por servir-se de ideais nobres, por incutir- lhes um espírito de altruísmo e desenvolver uma comunhão agradável e feliz. Não permita que seus filhos se associem a más companhias. Verifique cautelosamente as revistas e livros que entram em seu lar, observe os amigos que ocasionalmente seus filhos convidam para vir ao lar e as amizades que eles estabelecem. Antes mesmo de o reconhecerem, muitos pais permitem seus filhos relacionarem-se com pessoas que arruínam a autoridade paternal, transtornam seus ideais e semeiam frivolidade e pecado.

 

 

Ore por seus filhos

 

Quarto, o último e mais importante dever, no que se refere ao bem-estar físico e espiritual de seus filhos, é a intensa súplica a Deus em favor deles. Sem isto, todos os outros deveres são ineficazes. Os meios são inúteis, exceto quando o Senhor os abençoa. O trono da graça tem de ser fervorosamente buscado, para que sejam coroados de sucesso os nossos esforços em educar os filhos para a glória de Deus. É verdade que precisa haver uma humilde submissão à soberana vontade de Deus, um prostrar-se ante a verdade da eleição. Por outro lado, o privilégio da fé consiste em apropriar-se das promessas divinas e em recordar que a ardente e eficaz oração de um justo produz muitos resultados. A Bíblia nos diz que o piedoso Jó “chamava... a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles” (Jó 1.5). Uma atmosfera de oração deve permear o lar e ser respirada por todos os que dele compartilham.


.

segunda-feira, 18 de maio de 2009


Disciplina na Igreja


Pr. Cleverson de Abreu Faria
 

“Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal” (Ec 8.11) (veja tambem Jr 17.9-10.


“E estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (2Co 10.6).


Três Passos de Disciplina (Mateus 18.15-18)

1. A pessoa ofendida vai à pessoa que a ofendeu ou que viu o pecado (Tg 5.19-20) – isto deve ser apenas entre elas, não envolvendo ninguém mais (Lc 17.3). Caso o pecado não tenha sido público.

Se a pessoa não ouvir, prossiga para o segundo passo:

2. Vai de novo à pessoa ofendida, ou que viu o pecado (Tg 5.19-20) com mais uma ou duas testemunhas. Por que? Porque se não os atender aí eles serão testemunhas que foi tratado de uma maneira certa.

Caso a pessoa não os atenda, deve ser levado à Igreja em plena sessão (2Co 2.6).

3. Se não quiser ouvir a Igreja será expulso da Igreja como membro, pois é necessária a purificação da Igreja.
Ef 5.26-27; 2Co 11.2; Tg 4.4-5; Ap 19.7-8.

Veja o caso encontrado em 1Co 5
Entregou a Satanás e tratou como publicano o pecador (Lc 12.47-48). Satanás é o deus deste mundo (2Co 4.4; Jo 12.31; 14.30; 16.11) – 2Tm 2.24-26 laços do diabo.

Eles desligaram ele da Igreja (Mt 16.19; 15.18-20) e desligaram ele da proteção de Deus e colocaram ele no mundo onde Satanás vai bater nele se for ovelha. Se não for tira descrente da Igreja.  

Se ele for crente é para sua restauração, mas a decisão é dele.

Só será excluído da Igreja se ele não acatar com a disciplina da Igreja. Pois pureza do corpo é maior do que qualquer indivíduo, pois a Igreja é a noiva de Cristo.

As duas opções do crente excluído são as seguintes:
1) Ele entra na disciplina de Deus: Hb 12.3-11; Pv 3.11-12; Dt 8.5; Pv 23.13-14; Ap 3.19. Veja os principais versículos de Provérbios sobre crianças: Pv 13.24; 19.18; 20.11; 22.6,15; 23.13-14,24; 29.15-17.

2) Se ele continuar na rebelião morrerá: Pv 15.10; Hb 12.9; Tg 5.19-20; 1Jo 5.16-17.

Se ele não for castigado e não morrer é bastardo e não filho (Hb 12.8-9). Não tem papo: ou é filho e será disciplinado pelo Senhor ou ainda é filho do diabo (Jo 8.41-44; 1Jo 3.8-10).

Quem vai aplicar a disciplina: Gl 6.1 – os espirituais que são, em primeiro lugar, os pastores e os diáconos, pois a eles é ordenado serem irrepreensíveis. Pastor (1Tm 3.2; Tt 1.7); Diácono (1Tm 3.10).

Mais referências: Hb 13.17 com Ml 2.7; 1Sm 3.29; 2Cr 25.16; Is 44.26.

Eles têm que governar bem a sua própria casa, pois se não sabem cuidar de sua casa como cuidarão da Igreja de Deus? Pastor (1Tm 3.4-5; Tt 1.6); Diácono (1Tm 3.12).

O pastor também pode ser disciplinado, mas tem que haver pelo menos duas testemunhas (1Tm 5.20). Ele deve ser disciplinado publicamente para que os demais pastores e membros temam (1Tm 5.20).

.