sábado, 31 de outubro de 2009


NAMORO A DISTÂNCIA - SERÁ QUE FUNCIONA?

Pr. Josué Gonçalves


1- O que o senhor pensa sobre os perigos de um relacionamento à distância?

Nenhum relacionamento está isento de riscos e perigos, porém, quando duas pessoas assumem um compromisso estando longe uma da outra, o que vai determinar a força dessa relação é a profundidade do caráter de cada um. Quantos casamentos foram iniciados a partir de um relacionamento a distância, e são felizes. O fato de algumas pessoas terem se dado mal num relacionamento assim, não significa que ninguém mais deve investir nesse tipo de namoro. Relacionamento a distância fracassados não é a regra.


2- Há algum risco de ocorrer uma traição quando a saudade aperta ou quando se encontra uma outra pessoa interessante?

A possibilidade de uma traição sempre existe, mesmo estando perto um do outro, porém, é claro que a ausência do parceiro(a) e o fato de se encontrarem esporadicamente, pode esfriar a relação vulnerabizando assim a relação. Lembre-se, por mais que ele(a) sinta saudade, o que faz as pessoas sustentarem o compromisso e se guardarem uma para outra, é o amor. A Bíblia diz que o amor é paciente, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (1 Co 13:4-7).


3- Como saber manter a chama acesa mesmo longe do namorado(a).

Com o avanço tecnológico, hoje os casais podem se comunicar através da Internet,(e-mail, vídeo câmera, MSN, ICQ...) telefone, fax etc. O contato permanente, mesmo a distância pode aprofundar o vínculo levando os dois a manterem o pacto de fidelidade. O namorado(a) precisa estar sempre lembrando que ele(a) está longe fisicamente, mas presente emocionalmente. A forma mais eficaz de conservar a chama acessa, é manter a conexão através dos meios disponíveis de comunicação. Os jovens amantes, sempre encontram uma forma de fazer o amor crescer apesar da distância. O amor é a causa motivadora da criatividade.


4- Como controlar a questão do ciúme e não se tornar uma torre de vigia por meio de ligações, cartas, e-mails etc.

Toda relação equilibrada é fundamentada na confiança e isso tem a ver com o caráter e maturidade das pessoas. O ciúme faz parte de um estágio de infantilidade emocional. Na proporção que a pessoa vai amadurecendo e tomando consciência do respeito que deve ter quanto aos limites do outro, o comportamento tende a mudar. O que não pode é alimentar esse sentimento em vez de buscar cura e libertação.


5- Namorar longe pode comprometer a relação dentro do casamento?

Depende, se os dois são apenas namorados, a resposta é não, mas se estão casados e por alguma razão um precisa ficar longe do outro durante muito tempo, AI sim é uma situação de Grande risco. Conheço muitos casamentos que ruíram, porque um dos cônjuges resolveu ir para um outro pais a fim de ganhar dinheiro e o longo período que passaram distantes um do outro foi o fator determinante para que acontecesse uma traição. Quando estão os dois estão apenas namorando, é mais fácil administrar a distância, é claro que não é como se estivessem próximos. O casal precisa amar o suficiente para assimilar todas as implicações de um relacionamento assim.


6- É possível conhecer a pessoa mesmo estando longe? (como fazer para descobrir os caprichos, os valores, as manias, o gênio, o caráter, o relacionamento com a família) gostaria que você falasse sobre cada item desse separadamente.

Mesmo à distância, os dois precisam buscar meios para se encontrarem, a fim de que não seja um namoro 100% virtual. A verdade, é que, mesmo estando próximos e se encontrando com freqüência, ainda não é possível conhecer o suficiente, imagina estando longe. Um relacionamento à distância, muito mais do que aquele onde o dois está perto um do outro, precisa haver total transparência e sinceridade. Os dois vão precisar escrever, falar ao telefone, expor um para outro tanto as suas qualidades como os defeitos, e a tendência nessa fase é apenas mostrar o lado bom e omitir o ruim. É importante fazer contato com os pais, a família e os amigos, que podem Dar testemunho da pessoa.

Um outro fator é que nós somos de certa forma aquilo que falamos, ao se comunicar durante um bom tempo com alguém, logo vamos conhecendo o perfil do caráter e da personalidade dessa pessoa. O que não pode acontecer, é o jovem fazer toda a leitura apenas com os óculos da paixão, AI é impossível uma analise criteriosa do outro. Sempre quem está de for a enxerga melhor do que os envolvidos, por isso leve muito a sério a opinião de pessoas maduras e que podem ajudar.


7- Namorar à distância funciona ou não funciona?

Depende muito dos envolvidos e das circunstâncias. Quando a distância é extremamente Grande e os dois só vão se encontrar no dia do casamento para se verem pela primeira vez e casarem, essa decisão me parece ser um pulo no escuro sem saber onde vão cair. Ë imprescindível que o casal na medida do possível, se encontre, ainda que esporadicamente. Esse contato, onde os dois possam se olhar, ouvir, sentir a presença etc, é fundamental.


8- O senhor não acha que o relacionamento do casal de namorados entre suas famílias é importante? Então como proceder se eles moram longe?

A família é importante no relacionamento, mas os pais devem respeitar a liberdade de escolha dos filhos. Se a escolha que o(a) está fazendo é dentro dos princípios da Palavra de Deus e do outro a pessoa escolhida se mostra ser alguém que vale o investimento, não há o porque a família jogar contra. O amor vence obstáculos!


9- ver o relacionamento do/a namorado(a) com a família dele(a), ver como se tratam etc, também não é importante? Mas, no entanto, a distância também impede de observar isso, como fazer então para sanar o problema?

Como conselheiro que trabalha a muito tempo com casais e jovens, tenho orientado que, independente de quem seja a família do outro, é necessário que haja respeito e consideração. Isso porque é leviano dizer ao namorado, noivo ou cônjuge “te amo” e não querer bem a família dele(a), isso é o absurdo da incoerência. A forma como um vê a família do outro e com ela se relaciona tem muito mais a ver com a maturidade dos dois.


10- agora, à luz da Bíblia, termine deixando uma dica legal para os casais que namoram à distância.

Não importa o quão distante estão, o relacionamento tem que ser construído sobre base sólida, e nenhum outro alicerce é melhor do que os princípios estabelecido por Deus em sua Palavra. Tudo o que começa sem Deus termina em fracasso, mas quando o Senhor está no controle de todas as coisas, o relacionamento tem tudo para ser bem sucedido. A confiança na soberania de Deus e o amor pode fazer com que um namoro a distância desemboque num casamento feliz.


Alguns conselhos:

1. Estamos vivendo na era da “virtualidade”, onde muitos se conhecem através da internet. Cuidado, não seja precipitada(o) em se envolver num encontro virtual, nesses encontros nem todos dizem a verdade, é preciso muito cautela.

2. A vida é o resultado das suas escolhas, por isso a sua decisão deve estar respaldada na vontade Deus, busque-a como prioridade número um, não abra mão disso por nada.

3. Nunca se ponha debaixo de um jugo desigual com os incrédulos.

4. Não namore por lazer. Namoro não é passa tempo.

5. Após iniciar um relacionamento a distância, não deixe a “emoção” falar amais alto do que a “razão”, mantenha os pés no chão.

6. Lembre-se, maturidade é também saber dizer não quando necessário.

7. Envolva seus pais e sua família nesse projeto, eles poderão dar o apoio moral necessário em qualquer relacionamento relevante.

8. O pastor deve ser o seu conselheiro espiritual nessa área, esta cobertura é imprescindível.

9. Cuidado com o ciúme doentio, toda pessoa ciumenta vive aprisionada e busca sempre aprisionar o outro, isso é torturante.

10. Nunca acredite em tudo o que falam e seja criterioso(a) no julgamento sobre a pessoa com a qual está se relacionando.

11. Leia o Salmo 37, principalmente o versículo 4.


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quarta-feira, 28 de outubro de 2009



Hamilton Petito

“Tudo tem Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1)

Esse versículo nos faz lembrar que não há acasos, pois Deus tem um propósito para cada acontecimento. Nem mesmo o sofrimento ocorre por acaso. Também ele tem um propósito.

Para os ímpios, os propósitos seriam:
1) Manifestar o caráter Santo de Deus. As dores e angústias ocorrem como conseqüência das transgressões praticadas pelos ímpios.
(Sl 107.17) “Os estultos, por causa do seu caminho de transgressão e por causa das suas iniqüidades, serão afligidos”.
2) Levá-Los a viver uma vida reta. O sofrimento que Deus permite aos ímpios tem essa finalidade.

(Is 26.9) “Com minha alma suspiro de noite por it e, com o meu espírito dentro de mim, eu te procuro diligentemente; porque, quando os teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça”. (sublinhado meu),

Em relação aos propósitos do sofrimento entre os cristãos, objeto principal desta reflexão, podemos considerar os seguintes:


1) Levar o crente de Volta ao caminho reto.
(Pv 3.11-12) “Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem AMA, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.”

Quando sofremos devemos pedir a Deus para nos mostrar o caminho reto a seguir, para nos ajudar a reencontrá-lo.

O sofrimento não representa que Deus nos abandonou, mas sim que, por nos amar, quer que reencontremos o melhor caminho, o caminho da vida.


2) Desenvolver nos cristãos a capacidade de compaixão pelos outros.
(2 Co 1.4-5) “É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em Grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.”

Esse texto de Paulo nos ensina que é Deus quem nos conforta no sofrimento. Nós cristãos sabemos que em algum momento iremos passar por tribulações (Jo 16.33), porém é com Deus que esse sofrimento é aliviado; afinal, “Deus é o Pai das Misericórdias e o Deus de toda consolação”.

Em relação aos outros, o sofrimento nos ensina a consolar e a confortar, assim como Deus faz conosco. Diferentemente de Deus, que tudo conhece sem ter experimentado, nós humanos necessitamos aprender a sentir o sofrimento para entendermos como o sente o nosso irmão.

Deus enviou Cristo para que a nossa consolação transborde por meio Dele.


3) Confirmar o valor da fé.
(1 Pe 1.6-7) “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;”

O sofrimento do cristão é o meio que Deus USA para fazer o crente crescer na própria fé. Pedro compara o sofrimento à ação do fogo. A ação do fogo é múltipla, pois destrói, consome, aniquila, porém a Escritura se refere a ele como elemento purificador, que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado.

O nosso “fogo” está representado pelo sofrimento e está longe de ser uma experiência agradável.
Esse sofrimento para confirmação da fé vem quando necessário; nem todos cristãos precisam experimentá-lo, pois, poderemos “... Ser contristados por várias provações...". O sofrimento não é algo inevitável, obrigatório ou necessário e quando ocorre não dura para sempre.


4) Aperfeiçoar o caráter cristão.
(Rm 5.3-4) “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”.

Nesse texto Paulo afirma que o sofrimento é um meio que Deus USA para aperfeiçoar o caráter dos cristãos. A palavra “perseverança”, em grego, pode também adotar o sentido de paciência, persistência, constância.

Em geral crescemos e amadurecemos quando estamos sob dificuldades, sob tribulações. O sofrimento termina por desencadear uma reação em cadeia:

Sofrimento - perseverança - experiência (caráter provado) -
Firmeza - constância - paciência - esperança

Para o cristão o sofrimento faz surgir o poder da esperança, ligando o presente ao futuro vitorioso e duradouro, pois não podemos esquecer da duração curta do sofrimento, da provação, em contraste com a alegria eterna da vida espiritual daquele que é salvo.

Devemos nos lembrar da promessa de Deus: que o sofrimento do cristão durará pouco, como disse o salmista (Sl 30.5) “... Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”.

Para finalizar, todo cristão diante do sofrimento, das dificuldades e das aflições, deve repetir com convicção e junto com o salmista: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. (Sl 42.5).


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domingo, 25 de outubro de 2009

O Nosso Tempo está nas Mãos dEle
Roy Lessin

Qualquer um que conheça a história da Alice no País das Maravilhas certamente irá se lembrar da famosa frase: "- É tarde! É tarde! É tarde! Ai,ai,ai meu Deus! É tarde!

Todos nós sofremos o impacto do tempo, compromissos, agendas, dias e datas. Calendários e agendas são uma grande ferramenta para nos ajudar a lembrar que dia é hoje, quais compromissos temos e todas os eventos importantes que demandam nossa atenção. No fim de cada ano, um calendário é como um album contendo pequenas fotos do que fizemos e onde estivemos. Em casa, nossa família tem um regra simples, "Anote tudo."

Uma importante lição que calendários e agendas nos ensinam é que planos podem ser mudados. Consultas com o médico são canceladas, datas de jantares são remarcadas e alguns compromissos que foram antecipados não acontecem. Felizmente, isso não significa que as nossas vidas estão fora de controle, que nada é garantido e que não existe nada em que possamos confiar.

A Bíblia nos diz que o nosso tempo está nas mãos de Deus. O que significa que Deus é maior do que o tempo, datas e compromissos. Os planos de Deus para a sua vida não dependem da agenda de alguém. Os planos de Deus para sua vida não podem ser frutrados pelo que outras pessoas façam ou deixem de fazer. Ele sabe onde você tem estado, Ele sabe a sua idade, e Ele sabe para onde Ele está te conduzindo. Seus planos para você são feitos de acordo com Sua sabedoria, Seu amor e Seu poder para realizá-los.

Deus deseja que você passe por este dia com um coração tranqüilo numa confiança interior de que Ele está no controle, uma certeza de Paz de que a sua vida está em Suas mãos, numa confiança profunda em Seu plano e propósitos, e numa agradecida disposição direcionada à tudo o que Ele permite sobre sua vida. Ele deseja que você deposite sua fé nEle, não numa agenda de eventos. Ele quer que você espere nEle e espere por Ele. Em Sua perfeita maneira de ser Ele colocará tudo em ordem... cuidará de cada detalhe...

Organizará cada circunstância... e ordenará a cada novo passo que venha o que é necessário para sua vida.


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Exemplos de Péssima Liderança

– por Gary Fisher

As Escrituras contêm muitos exemplos; alguns são bons e outros ruins. Ficamos incentivados pelas histórias de coragem, lealdade e fé. Também aprendemos quando a Bíblia conta sobre homens e seus fracassos (veja 1 Coríntios 10:1-13). Em nossa geração, há poucas lições que são mais precisas do que aquelas sobre como os homens devem exercer sua liderança. Uma vez que todos nós devemos submissão absoluta a Deus (Mateus 20:20-28), precisamos respeitar os papéis definidos pelo Senhor. Deus escolheu os homens para serem os chefes no lar, na sociedade e na igreja. Os homens que lideram mal ocasionam prejuízo indizível. Considere os seguintes exemplos:


Deixar a mulher tomar a frente
Deus indicou os homens para serem os cabeças nos seus lares (Efésios 5:22-33). Quando os homens recusam a aceitar a responsabilidade da liderança, suas famílias sofrem bastante. A serpente seduziu Eva e ela comeu do fruto proibido. Então, Eva deu o fruto a Adão e ele atendeu a voz dela (Gênesis 3:17) e o comeu, também. Segundo 1 Timóteo 2:11-14, Eva comeu porque ela se enganou e deu crédito à mentira da serpente. Adão sabia que foi errado quando comeu, mas seguiu a liderança da sua esposa. Falta a muitos homens coragem. Eles recusam a aceitar a responsabilidade pela liderança da família. É mais confortável deixar a esposa tomar a frente, fazer as decisões—e culpá-la quando as coisas não vão bem.

Abrão fez a mesma coisa. Ele e Sarai não conseguiram gerar filhos. Ela sugeriu que Abrão tivesse um filho com a sua serva, Agar. “Abrão anuiu ao conselho de Sarai” (Gênesis 16:2) e “ele a possuiu, e ela concebeu” (Gênesis 16:4). Este ato irresponsável criou angústia e briga na família e deu origem aos ismaelitas, que foram um sério problema para os israelitas depois. Maridos que amam suas esposas não tomam a frente com egoísmo, pois a meta deles deve ser fazer o melhor para suas esposas (Efésios 5:22-33; 1 Pedro 3:7). Mas maridos que amam suas esposas lideram e não forçam as mulheres a assumirem suas responsabilidades por faltar liderança na família. O marido não deve controlar absolutamente tudo, insistindo em dominar toda decisão, quão menor que seja. Mas ele deve assumir a responsabilidade pela direção do lar e não recuar, firmemente tomando as decisões necessárias pelo bem-estar da família. Quando as mulheres lideram os maridos, o precedente das escrituras indica que um desastre se aproxima.


Nunca contrariar um filho
Os pais têm que estar dispostos a disciplinar seus filhos. É o pai que tem a responsabilidade principal no treinamento dos filhos (Efésios 6:4), e ele deve cumpri-la com firmeza (veja Provérbios 13:24; 19:18; 22:15; 29:15,17). Davi, principalmente depois que pecou com Bate-Seba, parecia incapaz de exercer liderança sobre seus filhos. Ele deixou de punir Amnom por seu pecado com Tamar; não puniu o suficiente Absalão por ter tomado por si a responsabilidade de matar Amnom; e nunca contrariou Adonias em qualquer momento (1 Reis 1:6). Como resultado, a família de Davi caiu em caos. Nenhuma liderança firme existia no seu lar. A disciplina dos filhos é essencial para o amadurecimento adequado deles. Freqüentemente é mais fácil não contrariar um filho e simplesmente deixar que ele sempre faça o que bem quiser, mas as crianças que não aprendem respeito como jovens têm dificuldades bem maiores durante a vida depois. Sentimentos magoados e uma palmada firme não são as piores coisas que poderiam acontecer na vida de uma criança (Provérbios 23:13-14). Os pais têm que ter a auto-disciplina para liderar consistentemente e disciplinar seus filhos.

Os filhos de Eli eram sacerdotes infiéis. Roubavam partes dos sacrifícios que pertenciam tanto ao Senhor como às pessoas, e cometeram prostituição com as servas do tabernáculo. Eli falou para os filhos dizendo que eram maus (1 Samuel 2:23-25), mas Deus o condenou por não os “punir” ou “repreender” (1 Samuel 3:13). Depois de tudo, Eli era o sumo sacerdote. A gente supõe que ele tenha tido a autoridade para tirar o sacerdócio dos seus filhos, mas ao invés disso, ele até mesmo gozou da carne assada que seus filhos haviam roubado (1 Samuel 2:29). Talvez fosse essa carne que levou Eli à obesidade que contribuiu à sua morte (1 Samuel 4:18). Eli deixou de ser tão firme com seus próprios filhos como deveria ter sido. Podemos gritar com nossos filhos ou até mesmo desaprovar seus atos, mas quando facilitamos o que eles fazem e até mesmo aproveitamos do resultado, os nossos atos falam mais alto do que as nossas palavras. Pais que apóiam seus filhos, quer sejam certos, quer sejam errados, prejudicam seus filhos e se injuriam também.


Mimar a si mesmo
“Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã. Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para bebedice” (Eclesiastes 10:16-17). Líderes auto-indulgentes que abusam do seu poder para se agradar ameaçam o bem-estar de qualquer nação, igreja ou família que querem liderar. Considere Acabe. Ele cobiçou o campo de Nabote que ficava próximo ao palácio. Tentou comprá-lo, mas Nabote não quis vender pois era a herança dada por Deus para sua família, e o Senhor tinha proibido a venda de tais terrenos. Quando a proposta de Acabe foi rejeitada, ele foi para casa e ficou com mau humor. A rainha Jezabel contratou falsas testemunhas para acusar Nabote e seus filhos e apedrejá-los (1 Reis 21; 2 Reis 9:26). Daí Acabe podia possuir o campo, sem a família de Nabote interferir. A liderança nunca deve ser abusada para facilitar a conquista das suas próprias finalidades. Homens não são bons líderes a não ser que sejam desprendidos e possuam domínio próprio.

Sansão tinha toda vantagem como líder do povo de Deus durante a opressão dos filisteus (Juízes 13-16). Ele foi escolhido por Deus antes de nascer, preenchido com o Espírito desde cedo, e possuía força sobrenatural. Ele conseguiu dominar tudo menos suas paixões sexuais e sua sede para vingança. Embora Deus acabou utilizando estas falhas de Sansão para começar a destruir a influência filistia sobre Israel, ele próprio claramente perdeu o favor de Deus (note 16:20) e conseguiu uma vitória maior quando estava morrendo do que todas que teve durante a vida. Para conduzir outras pessoas temos que primeiro nos conduzir bem. Os maridos têm que sacrificar seus próprios desejos e egos para guiar a casa a fim de promover o bem-estar da esposa. Os presbíteros nunca podem tirar vantagem da posição deles para promover suas próprias finalidades nem dar tratamento especial para suas famílias, mas devem trabalhar com humildade a fim de auxiliar o crescimento das ovelhas.


Fazer o que bem quiser
Uma falha mais trágica de liderança é o orgulho. O poder tenta o homem a ser abusivo e autoritário. Até mesmo homens que começaram suas carreiras com um espírito humilde podem deixar sua liderança engrandecer suas cabeças. Considere a história de Saul. Uma busca por jumentas extraviadas conduziu Saul ao encontro com Samuel que lhe informou que Deus o havia escolhido para ser o primeiro rei de Israel. Saul ficou encabulado e não se viu como digno de tal honra (1 Samuel 9:21). Muitos homens teriam-se gabado, mas Saul nem mencionou nada para seu tio que havia perguntado especificamente referente ao que Samuel falou com ele (1 Samuel 10:16). Quando Samuel ajuntou o povo para coroar Saul, ele se escondeu entre as malas, envergonhado pela fama e pela atenção (1 Samuel 10:21-24). Ele deu crédito ao Senhor na sua primeira vitória militar (1 Samuel 11:13). Mas no decorrer do tempo, o poder de Saul conduziu-o ao orgulho e à auto-promoção. Saul começou a agir sem autorização do Senhor e, por isso, ficou com ciúmes e suspeita dos rivais. Terminou sua carreira com ataques de paranóia. Saul perfeitamente ilustra o ditado que o poder corrompe.

Gideão demonstrou a mesma humildade que Saul quando foi escolhido como juiz. Ele ficou extremamente relutante a aceitar a liderança que o Senhor pediu que tomasse sobre o povo (veja Juízes 6:15, 36-40). Quando ganhou a vitória, humildemente desviou o elogio e considerou que a realização dele próprio fosse relativamente insignificante (Juízes 8:1-3). Mas o sucesso o conduziu ao orgulho. Ele acabou abusando sua autoridade e tratando as pessoas abaixo dele com severidade (Juízes 8:4-21). Gideão agiu como um rei a tal ponto que o povo pediu que ele assim se tornasse. Ele recusou verbalmente. Contudo, continuou a viver cada vez mais no estilo de um rei. Pediu que o povo cedesse seu ouro, e daí fabricou uma estola sacerdotal que o povo adorou. Ele possuía muitas mulheres do jeito de um rei e até mesmo botou o nome ‘meu pai é rei’ em um de seus filhos (Abimeleque). A liderança deve ser vista como a oportunidade para servir, não para se exaltar. A liderança pelos maridos, pelos pais, pelos pastores, pelos supervisores, ou qualquer liderança, deve ser executada com um espírito humilde.


Os homens que Deus quer
Como homens, temos muitas oportunidades a liderar. Não devemos buscar oportunidades para nos engrandecer, pois Jesus nos chamou ao humilde serviço. Ele quer que sejamos homens de força e firmeza–homens dispostos a aceitar responsabilidade. Devemos sempre liderar para abençoar aqueles que guiamos, não para impor nossa vontade nem cumprir nossa cobiça. Que Deus nos ajude a aprender com os péssimos exemplos destes homens.

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sábado, 24 de outubro de 2009


Noivado e a Vontade de Deus


Pr. Walter Santos Baptista

"Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". (Mt 6.9,10)

Muito do que foi dito sobre o namoro vale para o noivado. Além do que, vale ressaltar que o noivado é um misto: última etapa da vida de solteiro, e primeira da vida a dois. O noivado, no entanto, não confere liberdades; ainda são solteiros numa época de acertos mais profundos: o casalzinho sente que Deus o guia, e entende, presume e assume que o casamento vai acontecer. Marca, então, seus encontros pela qualidade. Noivado é coisa séria: são 2/3 do caminho entre o namoro e o casamento. Há, até, quem afirme que o ideal é namoro longo, mas noivado curto.

UM COMPROMISSO SOCIAL
O noivado é um compromisso social. Quem assume o noivado compromete-se com muitas pessoas, e não somente com o futuro cônjuge.
O noivado é um compromisso moral. Ele envolve responsabilidade, por isso não é coisa de criança, e deve ser medido pela consciência de que Deus vê todos os atos.
O noivado é um compromisso material. Então, não existe isso de dizer "nós nos amamos, e com ele eu moro até debaixo do viaduto..."
O noivado é um compromisso espiritual. Se não há um ideal marcado pelas coisas da espiritualidade, vai ficar muito difícil, porque casamento não é apenas uma linha horizontal, é vertical também. E aí se observa que quando se traça a linha horizontal do relacionamento do casal e a vertical da relação com Deus, forma-se uma cruz. O casamento do cristão precisa também ser colocado na cruz de Jesus Cristo.

PARÂMETROS
Vamos dar parâmetros. Um autor chamado Wilson Grant apresentou os testes para o amor. Você que é noivo ou noiva, será que vale a pena ir adiante?
l. Teste da resistência. Se o seu amor só traz ansiedade, depressão, e tensão, repense o futuro com ele ou com ela. Se vocês quando se encontram, há muita tensão e a despedida é de depressão, e há muita tristeza, pare! Porque a paixão sufoca, mas o amor vitaliza.
2. Teste da orientação. Paixão (que é um amor infantil) é irracional; paixão é preocupação em demasia. Mas o verdadeiro amor não exclui as outras pessoas do círculo, são vocês e os outros.
3. Existe o Teste do hábito. O amor verdadeiro ajuda a aceitar as diferenças e qualidades indesejáveis. Alguém disse de um modo muito interessante e jocoso: "Quem está apaixonado nem celulite vê". Mas não é assim, não: quem ama vê, e aceita; quem ama sabe que há um defeito nele ou nela, e mesmo assim o aceita porque reconhece que o casamento vai melhorar. Não é ser "missionário" para tentar mudar hábitos e coisas terríveis, não. Uma bobagenzinha para a qual podemos fechar os olhos, não há muito problema, não. O caso, porém, é que a paixão não vê defeitos.
4. Teste do ciúme. A paixào é possessiva, mas o verdadeiro amor confia e é seguro dos seus sentimentos.
5. Teste do resultado. O amor verdadeiro faz surgir o mais elevado e o mais nobre no indivíduo. A paixão é especialmente negativa.
6. Teste do tempo. O tempo fortalece o amor, mas sepulta a paixão, e, pior ainda, ãs vezes sepulta o apaixonado.

É VONTADE DE DEUS...
É vontade de Deus que se acredite no amor. Talvez até aprender a acreditar que o amor é uma liberdade, é uma alegria, é uma adesão, é uma esperança, é uma exigência, é um sacrifício. Amar é se fazer ausência de si mesmo, e presença do outro; amar é uma paz.
É vontade de Deus que o futuro casamento seja vivido como opção de fé. Não se brinca com o que é sério. E os sentimentos da moça? E os do rapaz? E os das famílias e dos amigos? Não! Dizem que em Belo Horizonte um rapaz apostou com os amigos que iria se casar com uma determinada jovem. Ele namorou, noivou, casou, e anulou o casamento dizendo que fora uma aposta com os amigos. Não! É como colocou Jean Mouroux: Ä noção de pessoa está no centro de todos os problemas humanos". Por isso, é olhar o outro (a noiva, o noivo) como pessoa, e mais, como pessoa a quem respeitar, e ainda mais: como pessoa em quem Jesus Cristo habita!
Quando Cristo é o Senhor, os planos para o futuro consórcio se encaixam. Mas sem Jesus Cristo vai ficar muito difícil o seu noivado ter pureza moral e saúde espiritual.


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