segunda-feira, 4 de maio de 2009


Podemos Julgar aos Outros?

 

Pr. Cleverson de Abreu Faria

 

Geralmente surge entre os cristãos a seguinte pergunta: “Como nós podemos dizer que uma pessoa está em pecado se a própria Bíblia diz que não devemos julgar aos outros?”

 

Fazendo um exame cuidadoso deste trecho, bem como todo o seu contexto, percebemos logo que a resposta é sim, podemos julgar a outros.

 

“Não julgais, para que não sejais julgados” (Mateus 7.1). Um Grande problema aqui, encontra-se, em que a imensa maioria dos cristãos simplesmente ignora o que vem escrito a seguir. Else não continuam lendo e sequer sabem o que diz os versos posteriores a esta declaração.

 

Olhando todo o contexto, logo compreendemos que esta frase sequer é uma proibição absoluta e irrestrita ao julgamento e/ou avaliação de outros. Como podemos afirmar isso? É simples, olhando os versículos seguintes. Sendo assim, entendemos o por quê está declaração de Jesus foi feita. Vejamos: "Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão". (Mateus 7.5).

 

Compreende? Sendo assim, notamos que quando a vida de uma pessoa é pura, quando esta pessoa está andando nos caminhos de Deus, buscando uma vida de santificação, ele pode “tirar o argueiro do olho” do irmão em pecado. O que é um argueiro (trave ou cisco em outras traduções)? Simplesmente é algo muito pequeno, uma partícula.

 

Jesus simplesmente estava dizendo que nós não deveríamos buscar corrigir uma pessoa quando nós somos culpados da mesma transgressão ou de outra ofensa. Nós precisamos lidar primeiro com nosso próprio pecado, e então, nós podemos ajudar outra pessoa a lidar com o dela. Jesus nunca quis que os discípulos colocassem de lado todo o exercício de discernimento ou julgamento.

 

Sabemos que dentro da família e dentro da Igreja existe um julgamento que é perfeitamente legítimo e aconselhável que aconteça (1Coríntios 5.3,12-13; 6.1-8; Mateus 19.28; Apocalipse 20.4).

 

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis(Mateus 7.15-20). Nós podemos e devemos exercitar o discernimento que Deus nos deu sobre nossas palavras e ações. Deus conhece os motivos e a intenção do coração de uma pessoa.


Também é importante considerar o modo como buscamos corrigir outra pessoa. Até mesmo se nós não formos culpados da mesma ofensa, nós já fomos suficientemente culpados de outras ofensas. Nós precisamos julgar ou corrigir outra pessoa em um espírito de amor, compaixão e humildade. A Bíblia diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”
(Gálatas 6:1-2). Este irmão, portanto, deve ser julgado e ajudado a voltar à Deus, ou seja, voltar a ter comunhão com Deus e com o povo de Deus.

 

Podemos indicar os pecados de uma certa pessoa, porém precisamos olhar primeiro para nossos pecados e quando formos alertar alguém sobre seus pecados precisamos fazer isso particularmente, nunca com outras pessoas presentes ou espalhar para os outros o pecado cometido por tal pessoa, caso não seja um pecado público. No entanto, se tal pessoa não se arrepender de seus pecados, temos que chamar mais uma pessoa conosco para confrontá-la. Caso, ainda assim, tal pessoa não se arrependa, devemos levar a Igreja para ser disciplina e conforme alguns casos até mesmo ser excluída (Mateus 18.15-17). Pode parecer duro, mas este é o passo bíblico, é assim que somos exortados a fazer e assim deveríamos proceder em todos os casos.

 

O apóstolo Paulo ficou indignado porque não havia homens fiéis dentro da Igreja que podiam efetuar um julgamento correto, baseado na Palavra de Deus. Eis o que ele diz: “Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os Santos? Ou não sabeis que os Santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos! O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos!” (1Coríntios 6.1-8).

 

Veja, meu amigo, a importância de sermos servos fiéis, preparados, idôneos e, principalmente, conhecedores da Palavra de Deus, para podermos fazer cumprir tudo quanto ela nos ensina e exorta.

 

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Fazendo a Escolha Certa do Cônjuge


Pr. Josué Gonçalves


Namoro – Noivado – Casamento

 

O dicionário define namoro como cortejar, inspirar amor, apaixonar, cativar, desejar ardentemente, empregar todos os esforços para obter, ficar encantado etc. Sempre que tratamos deste tema, a pergunta que mais ouvimos é: O namoro é bíblico? A Bíblia não fala de namoro, o que não significa afirmar que os jovens daquele tempo não namoravam. (Pv 18:24) Gosto do que disse Henry Cloud: “Deus pode fazer as pessoas crescerem pelo namoro da mesma forma que as faz crescer por outra atividade”.

 

O namoro dentro da cultura brasileira, se tornou um fenômeno social, isto porque a busca por alguém para este relacionamento, vem ocupando o primeiro lugar na lista de prioridades na vida dos jovens. Estamos vivendo em uma sociedade, onde infelizmente predomina a inversão dos valores, por isso namorar é quase uma imposição até para os que estão na pré-adolescência. Diante desta realidade que vivemos faz-se necessário refletirmos sobre alguns pontos importantes.

 

O casamento começa a ser construído no namoro.

 

Se a escolha do futuro cônjuge começa a partir do namoro, os jovens precisam saber que: Esta é uma etapa para o conhecimento recíproco da natureza, da consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvidos e dos que a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o namoro tem se tornado uma corrida mal orientada e desenfreada, que termina com um casamento às pressas. Esta fase é importantíssima pelo fato de conduzir a um aprofundamento de relações que é o noivado. É um período de educação de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e os olhos. É no namoro que começa a formação, o nascimento do cônjuge, eis a razão porque este relacionamento deve ser administrado com muito critério e responsabilidade. Quando os jovens não levam a sério esse primeiro passo na direção do compromisso maior, que é o casamento, a tendência é construir um projeto de vida vulnerável. É imprescindível que Deus seja o Senhor do “namoro”, e o resultado final será um casamento abençoado.

 

Quando o namoro se torna prejudicial.

 

1.      O namoro deixa de ser importante quando acontece antes do tempo (Ec 3:1; Lm 3:27).

Quando o relacionamento afetivo e comprometido é concretizado antes do tempo, dificilmente é edificante e construtivo. Os pais precisam atentar para este fato e insistir com os adolescentes mostrando que, um namoro iniciado aos quatorze anos é um condicionante de ciúmes desmedido e um estimulante poderoso para a prática do auto-erotismo.

 

2.      O namoro deixa de ser importante quando não tem um propósito definido.

A vida do cristão precisa ter propósito bem definido de acordo com os princípios da Palavra de Deus. O jovem não é obrigado a se casar com a primeira namorada, mas é necessário que o mesmo tenha este ideal em sua mente. Um namoro sem propósito é um relacionamento fadado ao fracasso, frustrações e sem a aprovação de Deus. (Rm 14:5b e 23).

 

3.      O namoro deixa de ser importante quando é possessivo.

A unidade de um casal seja no namoro, noivado ou casamento não pode ser doentia. Se o casamento não é uma chamada para o encarceramento, quanto menos o namoro. O ciúme patológico aprisiona os namorados, e isto é destrutivo. No amor não há este sentimento de possessividade. (1 Co 13).

 

4.      O namoro deixa de ser importante quando é leviano.

Há um versículo em Provérbios que define bem o leviano: “Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira”. (Pv. 26:19).

 

5.      O namoro deixa de ser importante quando é indisciplinado. (Pv 5:12).

Jovens disciplinados sabem a hora de chegar e de sair, evitam lugares solitários e propícios para os excessos etc. A indisciplina de alguns tem sido a causa do fracasso do relacionamento.

 

6.      O namoro deixa de ser importante quando é imoral.

O que Paulo disse a Timóteo, serve para todos os jovens que desejam agradar a Deus também no namoro. “Fuja de qualquer coisa que lhe provoque os pensamentos malignos que os rapazes muitas vezes têm, mas aproxime-se de qualquer coisa que o leve a querer fazer o bem. Tenha fé e amor, e sinta prazer na companhia daqueles que amam o Senhor e têm coração puro”. (2 Tm 2:22 BLH). Lembre-se que toda infiltração da impureza no namoro começa com o aconchego excessivo. (Pv 6:27; EZ 23:3; Os 2:2; 1 Ts 4:1-8).

 

Uma lista de idéias práticas que pode ajudar os jovens na escolha.

 

Toda escolha importante na vida, é sempre muito difícil, isso porque se errarmos, os prejuízos podem ser irreparáveis. Uma das escolhas mais importante na vida de um jovem, é a do futuro cônjuge. O pastor Davi Merkh desenvolveu uma lista de idéias práticas que podem auxiliar todos aqueles que desejam começar um relacionamento debaixo da bênção de Deus:

 

1.      Fazer uma lista das qualidades desejáveis no futuro cônjuge. Essa lista deve ser dividida em duas partes: a) qualidades essenciais e b) qualidades desejadas (opcionais).

2.      Estabelecer um “pacto de namoro”. O ideal é que seja um acordo entre pais e filhos, mas isso não significa que o jovem não pode firmar uma “aliança” entre ele e Deus só. O pacto deve incluir padrões de namoro, traçar o tipo de envolvimento esperado entre qualquer namorado e os pais, e como o relacionamento deve caminhar em direção ao casamento.

3.      Permitir que os pais sejam os “guardiões” do seu coração. Provérbios 4:23 e 23:26 falam da importância do coração, e da necessidade de guardá-lo puro. Deus constituiu os pais como protetores do coração de seus filhos. Parte fundamental desta “vigia” do coração dos filhos pelos pais, inclui o exemplo de pureza moral dos pais, especialmente nos hábitos de entretenimento (filmes, programas de TV, revistas, Internet etc.). As ações dos pais falam mais alto que suas palavras.

4.      Confiar na opinião da sua família e amigos chegados. Provérbios nos lembra de que há segurança na multidão de conselheiros sábios — pessoas que nos conhecem, mas também conhecem a Deus (Pv 11:14, 15:22, 24:6). Infelizmente muitos jovens ignoram o conselho de seus amigos, irmãos e irmãs — justamente as pessoas que melhor os conhecem. Tragédias no casamento são o resultado freqüente da indiferença em relação aos conselhos poderiam ajudar.

5.      Procurar o acompanhamento de um casal mais maduro.

6.      Procurar um “estágio” dos “interessados”. O “estágio” nada mais é do que tempo investido por cada pessoa (de preferência, depois do noivado) na casa do outro. O propósito é de conhecer tão de perto quanto possível os gostos, as tradições, os maneirismos em resumo saber qual a cultura dessa outra família.

7.      Fazer um aconselhamento pré-nupcial.

 

 

O NOIVADO

 

O noivado é um passo que só deve ser dado quando os dois já estiverem plenamente convictos de que estão no centro da vontade de Deus, a data do casamento programada e os dois já conhecem o caráter, a personalidade, os ideais um do outro. O noivado não deve ser um período no qual o casal se sente tão seguro, a ponto de extrapolarem os limites cometendo o pecado de fornicação. Estar noivos, não significa que já pertencem um ao outro como marido e mulher, ainda há um tempo de espera a ser respeitado para não ofuscar a beleza da união do casal em Cristo Jesus. O período do noivado, deve servir para a preparação de tudo aquilo que tem a ver com o inicio da caminhada conjugal, isso vai desde o curso pré-matrimonial, a compra do vestido da noiva e da roupa do noivo, passando pela cerimônia, festa, viagem de lua de mel, casa, mobília, igreja onde vão congregar, isto é, quando não congregam na mesma igreja etc. Lembre-se, uma viagem improvisada é sempre muito arriscada, a sabedoria e a prudência nos ensinam, que, quanto mais longa a viagem, melhor e maior deve ser a preparação, pois são muitos os imprevistos a serem enfrentados. O casamento é uma viagem que foi programada por Deus para durar a vida inteira, (Mt 19:6) eis a razão porque o casal deve se preparar muito bem. Não é interessante que o noivado seja muito longo, é preciso usar o bom senso, se os dois estão certos da vontade de Deus e se sentem maduros e preparados para o casamento, não tem porque protelar.

 

 

O CASAMENTO

 

Compreendendo o vínculo conjugal através de algumas definições.

 

Ao ser interrogado pelos fariseus sobre o divórcio, Jesus respondeu: “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Mt 19:4-6) .

 

1.      Casamento é uma relação afetiva e sexual estável entre um homem e uma mulher de grande importância psicológica e social que foi projetada por Deus, é uma das mais antigas da humanidade que sofreu sem dúvida algumas mudanças ou adaptações ao longo da história, conservando porém a sua essência.

 

2.      Casamento é a união voluntária entre duas pessoas de sexos opostos, sob um mesmo teto, com o fim de partilhar a vida em todos os seus aspectos. Do ponto de vista jurídico, é o contrato livremente firmado por um homem e uma mulher, pelo qual se assegura a opção por uma vida em comum e pela repartição recíproca dos bens.

 

3.      Casamento é um pacto sagrado, legal, público, social e monogâmico.

 

4.      Casamento é uma escola onde os dois se matriculam para aprender a ser o que na maioria das vezes nunca foram – marido e esposa.

 

5.      Casamento é um contrato social entre duas pessoas dispostas a servir. Costumo dizer em minhas palestras para casais que: “Quem não serve, não serve para ser marido ou esposa”.

 

6.      Casamento é a construção de uma nova cultura a partir de duas já existentes. Isto porque os dois trazem das famílias de origem uma herança da cultura familiar.

 

Concluindo, o namoro é a porta de entrada em direção ao casamento, e quando todo o processo é dirigido por Deus, terá a garantia da Sua presença que dará ao casal a certeza de uma vida debaixo das Suas bênçãos.


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A BÍBLIA ESTÁ CHEIA DE ERROS, FALHAS, CONTRADIÇÕES...

 

Muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da bíblia. Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.

VEJAM OS ERROS QUE SE ENCONTRAM NA BÍBLIA:

A Bíblia está CHEIA de erros

- o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
- o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
- e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos...
- porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está CHEIA de contradições
-Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
-Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
-Ela contradiz o seu pecado e o meu.

A Bíblia está CHEIA de falhas
-porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
-assim foi com a falha de Adão;
-com a falha de Caim;
-e a de Moisés;
-bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.
-Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.

Deus NÃO ESCREVEU a Bíblia
-para pessoas que querem jogar com as palavras;
-para aqueles que gostam de examinar o que é bom, mas sem fazê-lo;
-para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia
-pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da história
-por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
-intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
-bem conhecidos pseudocientistas posando de críticos honestos;
-convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que:
-os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios
arcaicos e sem propósito;
-a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
-Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é, afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO
-para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
-para os que têm medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
-para os que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

E você não pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz
-a menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o AUTOR!

 Autor Desconhecido


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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Conselhos para Quem Quer se Casar

Pr. Nélson R. Gouvêa

 

"Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos. Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos. O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos" Pv. 16: 1-3, 9.

Hoje eu quero passar algumas informações principalmente aos juvenis e jovens que pensam em se casar um dia e querem ser felizes e abençoados por Deus.

Em dias que os valores estão distorcidos, onde existe tanta irresponsabilidade na área de formação de famílias. Em dias em que a mídia sem escrúpulos coloca como atores principais adolescentes em cenas de nudez e perversão sexual, ou novelas do tipo Malhação, onde um tempo atrás uma médica aconselha a uma mãe a deixar que o filho transe com a namorada dentro de sua própria Casa.

Eu gostaria como prevenção aos nossos jovens e adolescentes apresentar uma seqüência de princípios que aos ajudarão refletir sobre os verdadeiros valores que valem realmente a pena serem observados e praticados.


1. JOVEM, NÃO SE PRECIPITE.

Deixe as coisas acontecerem naturalmente. Você é especial para Deus e Ele tem preparado aquele (a) que irá compartilhar com você os seus sonhos, os seus anseios.

Se você já está namorando alguém, deve lembrar que no período de namoro deve-se ter um comportamento Santo, evitando ao máximo as carnalidades, os contatos físicos, porque esta atitude está na contra mão da espiritualidade. Embora a idade da adolescência, da juventude a pessoa esteja biologicamente com a sua sexualidade a flor a da pele. Deve-se buscar em Deus o equilíbrio, o controle.

Eu fico estarrecido quando vejo na mídia, nas instituições religiosas e governamentais estimularem e orientarem os nossos jovens a praticarem o sexo com segurança; Isto é, usando preservativo como se o sexo livre fosse opcional. Else passam à mensagem de que você deve se soltar e só fazer sexo com alguém que você AMA para se sentir seguro (a). Etc. A Bíblia condena claramente a prática do sexo, for a do casamento. Definitivamente não existe sexo seguro for a do casamento. Não devemos esquecer que camisinhas furam. Por isso você jovem não deve se precipitar. Deixe o afã das carícias para ser desfrutado após o casamento.

Se você estiver namorando gaste tempo para conhecer esta pessoa que você diz amar. É bom tirar tempo no sentido de conversar sobre os gostos e o futuro de vocês evitando ao máximo contatos físicos.

Cultive um relacionamento de harmonia, de Paz e de autocontrole, de amor puro. Não façam nada que venham a se envergonhar mais tarde. Vale a pena esperar o casamento. Vocês terão muito tempo, uma vida inteira para se relacionarem sexualmente

2. ESTEJA SEMPRE DEBAIXO DAS ORIENTAÇÕES DE SEUS PAIS

Há uma tendência e prática no meio da juventude de pensar que já são livres em suas ações e que os pais não devem se intrometer. A obediência às determinações dos pais com certeza é o fundamento básico para a benção enquanto estão juntos a else e obedecendo-os com certeza estarão sendo preparados para que no futuro saibam administrar a sua própria família. O quinto mandamento com promessa deixa bem claro: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem à terra que o Senhor teu Deus te dá”. (Dt. 5:16).


Com certeza os seus pais querem o melhor pra você e a interferência deles é sem dúvida nenhuma saudável e necessária para as devidas correções de rumo em sua vida.

Leve a sério as sua orientações, observações e conselhos. Siga sempre os horários pré–estabelecidos. Conviva somente com amizades reconhecidas pela sua família.

Infelizmente, quero destacar que existem modelos de pais por aí que, muitas vezes não correspondem com uma realidade cristã e, por conseguinte deixam a desejar no que diz respeito na formação de caráter de seus filhos, porém mesmo assim a sua atitude para com else deve ser de testemunho bom e saudável. Busque em Deus e na sua Palavra às orientações seguras. O seu pastor poderá ajudá-lo (a) nestas horas de conflito, para que o seu futuro não esteja comprometido e você esteja fazendo exatamente a vontade de Deus.

3. LEMBRE-SE: QUANDO ESCOLHER ALGUÉM PARA NAMORAR, ESTA PESSOA DEVE SER UM CRISTÃO LEGITIMO.

A Bíblia diz: “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo”. (Am. 3:3).

A Bíblia também fala em II Co. 6:14 sobre o jugo desigual. “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas”?

Imagine você já casado (a) e o seu cônjuge começar a pensar e agir totalmente contrário aos princípios bíblicos. Você vai querer ir à Igreja no Domingo na Escola Dominical – Ele (a) vai querer ir ao clube e ainda por cima levar as crianças.

Você como um bom cristão que ama Deus não vai querer bebida alcoólica dentro de casa. Ele (a) além de trazer bebida pra casa, ainda vai trazer os amigos inconvenientes. Estes e tantos outros motivos são fatores pelos quais os casamentos se desfazem. Com certeza muitas pessoas ignoram em tempos de namoro estes pequenos porem importantes detalhes e por isso passam por situações muitas vezes constrangedoras

O bom mesmo, para um relacionamento ser estável é começar certo. O bom é que ambos sejam cristãos genuínos, nascidos de novo, conhecerem verdadeiramente Jesus Cristo, ter uma experiência com um poder restaurador de Deus.


4. ANTES DE SE ENVOLVER EMOCIONALMENTE COM ALGUÉM NO NAMORO, SE ENVOLVA ESPIRITUALMENTE COM CRISTO JESUS.

Jesus Cristo deve ser a prioridade de sua vida. A Bíblia diz que você deve buscar a Deus em primeiro lugar e a sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas por Ele em sua vida. (Mt. 6:33).


Gaste tempo, tendo prioridade na leitura, estudo da Bíblia e na oração.


Leve a sério à vida cristã. Tenha compromisso com a sua igreja local. Não fique pulando de Igreja em Igreja. Se identifique com os projetos de sua Igreja local.


Ame o seu pastor, as lideranças que Deus tem colocado sobre a sua vida.


5. NÃO NEGLIGENCIE NOS ESTUDOS SECULARES

Estude e estude muito. Há um conceito errado que têm se formado no meio de jovens cristãos, que Jesus está voltando e por isso não se precisam de ensinos seculares somente os que a Bíblia ensina. Muitos jovens abandonam os estudos para ir para Seminário. Eu creio que esta não é a vontade de Deus. Todas as coisas têm o seu tempo certo. A um tempo de estudar e se preparar e usar a própria profissão no futuro em função do Reino de Deus.

Moças e rapazes se envolvem emocionalmente em namoros e antes do termino dos estudos resolvem se casar. Comprovadamente é um transtorno, pois não estão preparados ainda para este tipo de desafio. Se a pessoa que você está namorando te respeita e te ama verdadeiramente saberá esperar o tempo certo.


6. NAMORO É COMPROMISSO

Nada de ficar. Respeite você próprio. Respeite o seu corpo. Sua família. Estes relacionamentos de paixão, superficial e ligeiro trocando de parceiro sempre que se tem vontade pode trazer sérios problemas de desvio emocional e de afirmação em sua vida, além de trazer conseqüências terríveis na formação de caráter. A sua auto-imagem com certeza vai ficar comprometida. No futuro, quando você estiver por dentro de casamento precisará afirmar-se e você pode ter problemas de relacionamento com seu marido ou esposa. Além de tudo isso deve ser terrível, passar a ter sentimentos de rejeição e de frustração, quando você for alvo de piadas, comentários e fofocas feitas por pessoas do seu relacionamento.

Se pretenderem se casar, antes analisem bem a situação financeira. Há um ditado que diz: “Quem casa quer casa” A Bíblia diz: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher e será os dois uma só carne”. (Gn. 2:24)

Este negócio de casar e morar com os pais não funciona, por melhor que eles sejam. Quando você faz isto, quebra-se um princípio da Palavra. Você deve deixar a casa paterna e este Deixar significa em todos os sentidos: Financeiro, geográfico, emocional, íntimo, etc. Isto não quer dizer que você deixará de amar, de honrar os seus pais. Apenas se afastarão para a formação de uma nova família e a farão com a benção deles.

Por parte dos pais deve haver esta compreensão, ou seja, o de liberar os filhos para serem felizes. A função dos pais após o casamento dos filhos é de intercessão, é estar presente quando convocado pelos filhos. Estarão sempre prontos para oferecerem conselhos com discernimento e sabedoria.

Bom eu quero orar por você juvenil ou jovem que acabou de ler estas considerações nesta oportunidade. Eu não conheço você, nem os seus problemas. Mas conheço Jesus que pode solucionar as suas dificuldades. Deus entende você. Quem sabe você está frustrado (a) chateado (a). Quem sabe aquele namoro que não deu certo, porque você quebrou princípios que não poderia ter quebrado. Eu quero lhe dizer que Deus lhe ama e se preocupa com a sua felicidade.

Oração: Deus e Pai. Tu conheces este jovem, esta jovem, e pode com certeza avaliar melhor do que ninguém suas reais preocupações nesta fase de sua vida. Tenho certeza que o Senhor o (a) ama e quer vê-lo (a) feliz e abençoado. Coloque em seu coração vontade de conhecê-lo melhor. Mesmo que este mundo esteja cheio de opções contrarias a sua vontade, trabalhe em sua vida diariamente fortalecendo o seu coração e indicando o caminho que ele (a) deve seguir. Resolva os seus problemas diários, o seu relacionamento com seus pais e abençoa-o (a) com toda sorte de bênçãos espirituais. Faço esta oração em Nome de Jesus Cristo a quem dou toda a honra e Glória, hoje e sempre, Amém.


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Evite Escolher o Bom ao Invés do Melhor

Pr. Cleverson de Abreu Faria

 

A vida humana é uma série de escolhas. Essas escolhas determinam nosso futuro. Ao longo de nossas vidas, vivenciamos uma série de escolhas ininterruptas, pois sempre, diariamente, nos colocamos diante de uma nova escolha a ser feita.

 

Em nossas escolhas nos deparamos diante de dois pontos importantíssimos: agradar a Deus, escolhendo aquilo que Ele tem de melhor para nossas vidas ou, simplesmente, agradar a nós mesmos, nossa carne, nosso desejo e escolher aquilo que achamos ser bom para nossa vida.

 

Por isso, as escolhas são, sempre, mais importantes. São as escolhas – e nunca a sorte – que determinam nosso destino.

 

Sempre ouvimos dizer que as nossas escolhas atestam o nosso caráter e também que a direção para onde a nossa mente involuntariamente se move demonstra o tipo de pessoas que somos. O cristão que tem sua mente transformada, sendo “revestida do novo homem”, fará as melhores escolhas. Se formos cristãos carnais, onde o mais importante é agradar ao “eu”, nossas decisões e escolhas sempre irão contra ao que Deus quer para nós.

 

No entanto, quantos cristãos hoje em dia, em sua ânsia de escolher aquilo que é certo, cometem erros. Quantos cristãos, por não conhecer o que diz a própria Palavra de Deus, fazem escolhas que lhes definham a alma (Salmo 106.15).

 

Qual é o perigo que encontramos? É simplesmente o de escolher aquilo que aparentemente é bom, aquilo que não se vê nada contra, nada de errado, que por coincidência até se inúmera inúmeros pontos a favor e, portanto, parece ser o certo, no entanto, porém, não é a perfeita, a explícita vontade de Deus para nossas vidas.

 

Por muitas vezes, no decorrer de nossas vidas, escolhemos o aquilo que é bom e não aquilo que é melhor. Parece uma contradição de termos não é mesmo? Quem em sã consciência escolheria aquilo que é bom no lugar do que é melhor? Quem faria tal loucura? Mas, a realidade é diferente e diariamente, inúmeros cristãos se deparam com esse tipo de escolha: o bom ao invés do melhor.

 

Entendendo as Nossas Escolhas

 

Vejamos rapidamente rápidos exemplos desse tipo de escolha, para melhor compreendermos as nossas próprias:

 

1) A Escolha “Boa” de Ló

“E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro” (Gênesis 13.8-11).

 

Ló era sobrinho de Abraão. Infelizmente Abraão errou ao levar esse sobrinho consigo ao sair de Ur dos caldeus, sua terra, pois a ordem de Deus era sair da sua parentela e não levar sua parentela junto (Gênesis 12.1). Portanto, estavam junto desde essa época. Agora, os rebanhos, as manadas e as tendas multiplicaram, com isso, seus pastores começaram a contender tanto por causa dos pastos que foi necessário fazer uma separação. Contrariando a cultura da época, Abraão permitiu que seu sobrinho escolhesse primeiro para qual lugar partiria em toda aquela terra. Lembre-se que o natural seria que Abraão fizesse a escolha primeiro. A escolha insensata de Ló recaiu sobre a planície de Sodoma. Posteriormente Abraão escolheu Hebrom, passando a ser o lugar de sua residência permanente.

 

A ganância de Ló fez com que escolhesse Sodoma para viver. Uma cidade próspera, com sistema de irrigação já estabelecido, situada próximos a uma grande campina, rica em vegetação, no entanto, essa escolha, aparentemente boa, levou Ló a ficar exposto à impiedade dessa cidade. Veja o que essa escolha fez com Ló: 1) escolheu aquilo que lhe agravada e não o que agradava a Deus (Gênesis 13.10-11); 2) começou a se aproximar cada vez mais da cidade, mesmo sabendo da sua pecaminosidade e perversidade (Gênesis 13.12-13); 3) se tornou um homem grande em Sodoma, tinha uma posição de autoridade (Gênesis 19.1), no entanto, ao ganhar influência nessa ímpia cidade, perdeu totalmente seu testemunho, ao passo que nem sua própria família aceitava um conselho seu (Gênesis 19.14), tanto que ao se tornar uma pessoa importante, suas filhas aceitaram o padrão moral de Sodoma.

 

Que triste escolha. Parecia ser tão boa, tão perfeita, mas nada mais que tão completa e longe de Deus. E assim acontece conosco também quando escolhemos o que nos agrada e não o que agrada a Deus.

 

Abraão e Ló tinham a mesma raça (Gênesis 11.31), estavam sujeitos ao mesmo ambiente, mas com caráter diferentes e escolas diferentes. Nos momentos de crise é que verificamos a escolha de um homem que agrada a Deus. A escolha de Ló recaiu sobre “toda a campina do Jordão”, escolhendo aquilo que lhe trazia as vantagens mais imediatas possíveis. A escolha de Abraão recaiu sobre os “carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom”.

 

Ló ganhou influência e respeito na cidade de Sodoma, mas perdeu seus familiares e o principal, perdeu o contato e a intimidade com Deus. Abraão “aguardava a cidade que tem fundamentos” (Hebreus 11.10) e confiou em Deus, ficou conhecido como “Amigo de Deus” (Tiago 2.23), e logo na divisão com seu sobrinho, edificou um altar ao Senhor Deus (Gênesis 13.18). Mostrando em Quem ele confiava. Que contraste do cristão espiritual com o cristão carnal!

 

2) A Escolha “Boa” da Nação de Israel

“Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles” (1Samuel 8.4-9).

 

O propósito de Deus para esta nação era que nunca tivessem um soberano terreno, pois o próprio Deus era Seu Soberano. No entanto, essa nação se rebelou e pediu um rei, para ser igual a todas as nações. Aqueles que deveriam ser diferentes, povos exclusivos, nação santa (Êxodo 19.5; Deuteronômio 7.6; 14.2), queriam ser iguais aos demais povos pagãos que nada tinham com Deus.

 

Ao escolher um rei terreno, não estavam rejeitando ao profeta Samuel, mas sim, a Deus. E Deus, na sua infinita misericórdia diz: “Já que desejam um rei terreno, Eu irei conceder o desejo do coração deles, o que eles estão pedindo não é o melhor, estão escolhendo aquilo que parece ser bom, mas, irão perceber, mais tarde, a grande tolice que estão fazendo”.

 

E aqui, vemos mais uma vez a grande tolice e o grande perigo de escolher o bom ao invés do melhor. A escolha que parecia boa, o motivo parecia bom, a idéia parecia ótima, enfim, inúmeros pontos a favor, mas, infelizmente, não era a vontade explícita de Deus para esta nação. Então Deus: “concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15). O primeiro rei, Saul, foi leal a Deus até que a impaciência, o orgulho, a arrogância entraram em seu coração e perdeu o reino. O segundo rei, Davi, foi o “homem segundo o coração de Deus”. O terceiro rei, Salomão, foi o mais sábio, mas nem sua sabedoria fez com que praticasse os atos de idolatria e tantas outras coisas abomináveis diante de Deus, mesmo assim, fora um bom rei. Após ele, Roboão, perdeu a oportunidade de Deus de ser um rei conforme o padrão divino e a nação ficou dividida. O reino do norte, sendo Jeroboão seu primeiro rei, praticou idolatria sem tamanho. O reino do Sul, sendo Roboão o primeiro rei, foi mais fiel a Deus, mas mesmo assim, caiu em pecado também. A nação de Israel recebeu seu rei, porém, gradualmente foi se desviando dos propósitos estabelecidos por Deus, até que foi levada ao cativeiro.

 

Tristes resultados de uma “boa” escolha. E assim é, aquilo que parecia bom, “fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).

 

Uma lição: às vezes, Deus pode conceder os nossos desejos, quando escolhemos uma coisa boa no lugar de escolher o melhor Deus, no entanto, essa mesma concessão de Deus é a maneira dEle fazer com que aprendemos que a escolha correta é dependermos dEle e aceitarmos o melhor de Deus para nossas vidas, mesmo que, no primeiro momento não entendamos isso, mas, no final, saberemos que a escolha correta é aquela que agrada a Deus e não a que agrada a mim mesmo.

 

3) A Escolha “Boa” de Cada Um de Nós

“Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das cousas que são melhores e pertencentes à salvação” (Hebreus 6.9).

 

Um grande desafio que cada um de nós enfrenta é o de compreender o que é o melhor de Deus. Mas, a partir do momento que compreendemos o que é este melhor de Deus para nossas vidas, nos deparamos com a exigência imediata de uma resposta. Compreender o melhor de Deus para nossas vidas, requer uma resposta imediata! Para isso, devemos aprender a submeter nossas escolhas à vontade de Deus.

 

Se um cristão desejar exercer influência em seus familiares, em sua igreja, em seu ambiente de trabalho, enfim, na sociedade, tem que escolher o melhor de Deus e aprender essa lição. Viver em função de coisas superiores. Viver em função de escolhas melhores. Viver em conformidade com a vontade de Deus.

 

Quantos pais que se dizem cristãos vivem em função de si mesmos. Suas escolhas refletem diretamente sob seus filhos e cônjuge. Somos exortados pela Bíblia que devemos “buscar em primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Mas por que os filhos de alguns cristãos não são bons exemplos de conduta? Por que alguns se comportam de uma maneira tão anticristã? Por causa do exemplo que tem em seus pais. É claro que alguns filhos de pais cristãos poderão ser belos exemplos de vidas consagradas a Deus, mesmo que seus pais não o sejam, isso é pela misericórdia e pela graça de Deus.

 

Lembre-se: você não poderá dar o que não tem! Se ainda não aprendeu a escolher o melhor de Deus, precisa aprender primeiro, para depois passar isso a seu filho, esposa, namorada e familiares. Você deve aprender a conhecer a Deus, amá-Lo e obedecê-Lo primeiro, para poder então levar seus filhos a fazer o mesmo. Qual a sua condição agora?

 

O amor dá aos filhos o que eles precisam e não o que eles querem! Mostre-lhes como agir corretamente e o que significa ter caráter. Treine-os pelo exemplo. Veja a história a seguir para entender bem esse dever:

 

Um dia, quando meu filho brincava com seus amiguinhos ouvi uma conversa entre eles. O assunto era: “Meu pai é melhor que o seu”. Um dos meninos disse orgulhosamente:

– “Meu pai conhece o prefeito da nossa cidade”.

O outro, então, virou-se e disse:

– “Grande coisa! O meu conhece o governador do Estado”.

Imaginando o que viria a seguir naquela disputa, ouvi meu próprio filho dizer:

– “Isso não é nada, meu pai conhece a Deus!”.

Sai, então, de fininho do lugar onde estava “espionando”, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Fui direto ao meu quarto, cai de joelhos e orei de forma genuína e grata: “Senhor, que meu filho possa sempre dizer: Meu pai conhece a Deus!

 

Seu filho pode dizer que você conhece a Deus? Seu cônjuge pode dizer isso? Sua namorada pode? Seus pais? Seus familiares? Seus amigos?

 

A Escolha “Melhor”

 

“Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticar o que é bom, do que praticando o mal” (1Pedro 3.17).

 

A quem podemos comparar em escolher sempre o melhor de Deus? É claro que nosso maior exemplo e o nosso melhor exemplo em todos os aspectos se tratam de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Jesus Cristo, sempre, em todos os aspectos de sua vida, escolheu o melhor de Deus, sempre escolheu o padrão mais alto, o mais excelente. Como disse um pregador de Deus: “Ao lermos o registro de sua vida, nos dias da sua carne, vemo-lo como aquele que sempre, coerentemente, escolhia o melhor de Deus”.

 

Vejamos o que a própria Bíblia declara sobre isso:

** “E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20.27-28).

** “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4.34).

** “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6.38).

 

Muitos dizem que os cristãos depois de já passaram anos, os chamados “cristãos velhos” por alguns, começam a dar muitos problemas. Jesus Cristo, no final de Sua vida terrena, ainda permanecia firme, forte, com a mesma convicção de realizar a vontade de Deus, este mesmo princípio que foi o propósito que governou sua vida: “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (Marcos 14.36).

 

Conclusão

 

Buscar o melhor de Deus é ir além. Mas ir além custa, no entanto, é ir além que faz toda a diferença. Fazendo isso, daí sim, poderemos oferecer nossos corpos “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1).

 

Quero concluir com um desafio muito grande que recebi. Não sei quem é o autor desse texto, quero, no entanto, fazer uma paráfrase daquilo que recebi, acrescentar algo e realizar uma aplicação final:

 

“Quando tudo o que é bom se despedaça o que os justos podem fazer? O Senhor está no seu santo templo; o Senhor está no seu trono no céu” (Salmo 11.3,4 – tradução livre).

 

A pergunta de Davi não é a nossa? Quando tudo o que é bom se despedaça, o que os justos podem fazer? Quando aviões perfuram torres fortes, quando cidades são destruídas pelas ondas do mar, quando prédios ou mesmo casas é destruídas pelo fogo, quando pessoas sucumbem, o que podemos fazer?

 

Muitos podem querer pensar que fora apenas um sonho. Mas infelizmente não foi. Foi algo indizível. Algo impensável. Agora, pais terão que sepultar seus filhos, pessoas inocentes que sofrem, filhos que não mais terão a presença de seus pais, cônjuges que mais terão um ao outro. Nós sofremos a perda da vida.

 

Com a perda de vidas inocentes vai a perda da própria inocência. Talvez devêssemos saber melhor, mas não sabíamos.

 

Então, o que podemos fazer? “Quando tudo o que é bom se despedaça, o que podem fazer os justos?”

 

Curiosamente, Davi não responde sua pergunta com uma resposta. Quando fazemos uma pergunta, esperamos uma boa resposta, algo que solucione o que não entendemos no momento. Mas Davi faz diferente. Ele responde com uma declaração. Eis sua resposta: “O Senhor está no seu santo templo. O Senhor está no seu trono no céu”.

 

Que maravilha! Deus sempre permanece como Deus. Este ponto é infalível: Deus não é afetado pelas nossas tormentas. Ele não é detido pelos nossos problemas. Ele não é atingido por esses problemas. Ele está no Seu santo templo. Ele está no Seu trono no céu.

 

Edifícios caíram, mas Ele não. Cidades foram destruídas e arruinadas, mas Ele nunca será. Prédios podem pegar fogo e se extinguirem, mas Ele nunca. O negócio de Deus é mudar a tragédia em triunfo. Ele sempre faz isso.

 

O negócio de Deus é transformar o bom no melhor. Pois o desejo do coração de Deus é sempre nos dar o Seu melhor e não aquilo que apenas é bom. Esse é o nosso Deus.

 

Ele não isso com José? Veja-o na prisão egípcia. Seus irmãos o haviam vendido; a mulher de Potifar queria se deitar com ele. Se alguma vez o mundo de alguém desabou, foi o mundo de José.

 

Considere a vida de Moisés, cuidando de rebanhos no deserto. É isso que ele pretendia fazer com a sua vida? Muito difícil não é mesmo? Ele fora treinado na melhor faculdade do Egito, recebera a melhor instrução e a melhor comida, era um príncipe! Porém seu coração bate com sangue judeu. Sua paixão é conduzir escravos, então por que é que Deus o mantém conduzindo ovelhas por 40 anos naquele deserto?

 

E Daniel. Daniel? Ele estava entre os melhores e mais brilhantes jovens de Israel, o equivalente às melhores graduações de nosso pais. Era como que estivesse estudado nas melhores universidades do país. Porém, ele e toda a sua geração estão sendo levados para fora de Jerusalém. A cidade está arruinada. O Templo em pedaços.

 

José na prisão, Moisés no deserto, Daniel em cadeias. Esses foram momentos escuros. Quem poderia ver qualquer coisa boa neles? Quem poderia saber que o José prisioneiro estava a uma promoção de tornar-se o José Primeiro Ministro? Quem teria pensado que Deus estava dando a Moisés quarenta anos de treinamento no deserto no mesmo deserto por onde ele conduziria o povo depois de saírem do Egito? E quem teria imaginado que Daniel, o cativo, seria em breve o Daniel conselheiro do rei?

 

Deus faz coisas assim. Ele fez com José, com Moisés, com Daniel, e mais do que todos, Ele fez com Jesus. Os seguidores de Jesus Cristo viram na cruz a inocência assassinada. A bondade assassinada. A torre de força do céu foi perfurada. Mães choraram, o mau aparentemente triunfou, e os apóstolos tiveram que querer saber: “Quando todas as coisas boas se despedaçam, o que fazem os justos?”

 

Deus responde sua pergunta com uma declaração. Com o estrondo e com o rolar da rocha Ele lembrou que “O Senhor está no seu santo templo; o Senhor está no seu trono no céu”.

 

O que podemos dizer de Lázaro. Os amigos dele foram a Jesus e disseram que estava enfermo. Jesus Cristo demorou ainda quatro dias para ir ter com seu grande amigo. Por que essa demora? Por que não fora imediatamente para evitar que ele adoecesse mortalmente? Simplesmente porque os propósitos de Deus são maiores. Eles queriam uma coisa “boa” – a cura de Lázaro. Mas Jesus tinha algo “melhor” – mostrar todo o Seu poder e a Sua autoridade sobre a morte ao ressuscitá-lo.

 

E hoje, nós devemos nos lembrar: Ele ainda está no Seu templo, ainda sobre o Seu trono, ainda no controle. E Ele ainda transforma prisioneiros em príncipes, cativos em conselheiros e sextas-feiras em domingos. O que Ele fez então, Ele ainda fará. Cabe a nós pedir que Ele faça.

 

Para buscarmos o melhor de Deus para nossas vidas devemos entregar nossas vidas. Entrega traz poder. Examinar nossas vidas e verificar se estamos buscando aquilo que é bom ou aquilo que é o melhor de Deus. Se existe pecado, confesse. Uma entrega incondicional trará poder inconfundível. Devemos abandonar todo o nosso desejo e entregar, sem reservas, ao senhorio de Cristo.

 

Como disse um pregador: “Para os homens hoje, o melhor de Deus se expressa no chamado de Cristo: Segue-me. Segui-lo corajosa, coerente, e lealmente é escolher a melhor e mais alta de todas as alternativas da vida”.


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