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sexta-feira, 25 de março de 2022

Maldição hereditária ou pecado pessoal?

 Maldição hereditária ou pecado pessoal?

                                                                                                                Ewerton B. Tokashiki 
Há alguns anos o meio evangélico perpetua uma confusa e prejudicial doutrina. Este ensino diz que: "apesar de você ter Jesus como o seu Salvador, e ser salvo, é possível que existam maldições hereditárias, ou seja, maldições por causa dos pecados de algum antepassado que não foram confessados e perdoados, e que conseqüentemente, ainda recaem sobre a sua vida". Então, com esta doutrina se conclui que "por isso, você não é abençoado, não prosperá, e por causa disso você tem doenças e males que não consegue se livrar, apesar de ser salvo", e quando ainda não insistem que há demônios dominando a vida do sujeito. Quem viveu, ou conhece alguém que crê nisto sabe do prejuízo que este falso ensino causa.

Seus defensores, geralmente, usam como base bíblica a passagem em que Deus declara que "visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êx 20:5). Li anos atrás um texto do Rev. Júlio A. Ferreira em que dizia que: a Bíblia mal interpretada torna-se a mãe das heresias! Façamos justiça ao significado do texto, interpretemos o texto dentro do seu contexto. Sabemos que esta ameaça pronunciada por Deus se refere aos que não eram salvos, e permaneciam na idolatria, desprezando ao único Deus vivo e verdadeiro, revelado o Deus da aliança - Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. A Escritura não está declarando que apesar de convertidos Deus ainda assim persistirá em amaldiçoar por causa dos pecados dos pais! A maldição é para aqueles que aborrecem ao Senhor, e não sobre os que o amam; porque sobre os que amam o Senhor, a misericórdia perdurará até mil gerações! (Keil & Delitzsch, Biblical Commentary on the Old Testament, pp. 117-118).

É verdade que alguns textos nas Escrituras declaram que o pecado dos pais tem influência sobre a vida dos seus filhos (Lv 26:39; Is 55:7; Jr 16:11; Dn 9:16; Am 7:17). Mas, isto deve ser bem entendido, pois não é uma referência à maldição hereditária, mas à persistência dos filhos de não abandonar os pecados dos pais. Quando uma cultura familiar se torna pecaminosa, dá-se origem a vícios que são aprendidos e reproduzidos. Sendo fiéis ao contexto histórico de toda a narrativa, perceberemos que estas passagens são exortações ao arrependimento, porque a punição era por pecados que tiveram origem nos pais, ou antepassados mais remotos, mas eram pecados ainda perpetuados e praticados por eles mesmos. Nisto percebemos que o cultivo duma cultura familiar corrompida por vícios, idolatria e imoralidades, pecados que são cometidos em família, ensinados pelos pais aos filhos trará a ausência das bençãos pactuais de Deus, mas, cada um será responsável por si, e enquanto não houver verdadeiro arrependimento não haverá transformação.

Esta idéia de maldição hereditária se fazia presente no meio do povo de Israel durante a antiga Aliança. Certamente eles aprenderam com o paganismo das nações vizinhas muitas práticas e crenças que eram abomináveis ao Senhor. Por isso, o profeta Ezequiel denuncia o pecado do povo por acreditar "que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram?" (Ez 18:2). Entretanto, após a repreensão segue a intrução do Senhor dizendo: "tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:3-4). A argumentação do profeta continua em todo o contexto posterior, deixando bem claro que cada um é responsável pelos seus próprios pecados, e não será o filho punido por causa do pai, nem o pai por causa do filho (versos 5-22).

Até mesmo os discípulos de Cristo necessitaram ser corrigidos deste erro. Numa certa ocasião encontraram um jovem cego de nascença, e questionaram: "mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2). A redundante resposta de Jesus fechou o assunto, ao dizer que: "nem ele pecou, nem os seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus" (vs. 3). Os males físicos e temporais são instrumentos da providência de Deus, para que a Sua glória se manifeste no meio do Seu povo escolhido, e assim, a Sua vontade se torne conhecida (Jo:9:35-39; Rm 8:28).

Quando os verdadeiros crentes caem em pecado, mesmo pecados graves e escandalosos, eles não são abandonados por Deus. Deus nunca desiste deles (Rm 8:31-39). Como um Pai restaura os seus filhos, os disciplina “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos”(Hb 12:6, ARA). O apóstolo Paulo afirma esta mesma verdade dizendo que “quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Co 11:32). É possível cair em pecado, mas é impossível cair da graça de Deus. O teólogo inglês J.I. Packer declara que "às vezes, os regenerados apostatam e caem em grave pecado. Mas nisto eles agem fora de seu caráter, violentam sua própria nova natureza e fazem-se profundamente miseráveis, até que finalmente buscam e encontram sua restauração à vida de retidão. Ao rever sua falta, ela lhes parece ter sido loucura."[Teologia Concisa, p. 224]. O pecado é corrigido individualmente.

Como individualmente pecamos, também somos chamados ao arrependimento! Não posso me arrepender por outra pessoa; entretanto, devo interceder por ela, se ela estiver viva. Não é possível pedir perdão pelos pecados dos meus filhos, nem irmãos, pais, avós ou qualquer outro antepassado. Pecado é confessado, e somente é perdoado pessoalmente. A Bíblia diz que as bençãos da Aliança acompanharão os nossos filhos, pois eles são filhos da promessa. Se você é filho de Deus, você é co-herdeiro com Cristo Jesus do amor de Deus (Rm 8:16-17), e esta é uma promessa para os seus filhos (At 2:39). Mas a Palavra de Deus não ensina que os nossos pecados serão cobrados dos nossos descendentes. Deus haveria de puní-los por uma irresponsabilidade nossa? A doutrina da maldição hereditária nega tanto a suficiência de Cristo, em perdoar graciosamente os nossos pecados, como a fidelidade de Deus em cumprir as promessas da Sua Aliança conosco e com os nossos filhos.

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quarta-feira, 2 de março de 2022

Casamento: Bênção ou Pressão?

 Casamento: Bênção ou Pressão?

                                                                                                                                  Pr. Samuel Vitalino
A vida é um drama. Se por um lado existe a pressão da sociedade (família, amigos, você mesmo) para que sempre tenha um relacionamento, por outro existe a idéia que não há pessoas compatíveis com as exigências de Deus para tal relacionamento (isso eu digo presumindo que você se importe com a vontade de Deus).

Gostaria de opinar nos dois lados desse drama: primeiro, eu quero continuar minha luta em lhe livrar da pressão por estar se relacionando, pois, ser solteiro (temporariamente) é uma bênção de Deus; mas também quero lhe ajudar a abrir os olhos da fé, pois Aquele que determinou o que quer em termos de relacionamentos também governa os meios que nos levam à obediência.

I – Livre-se das Amarras

Não, amigos! Isso não é coisa de pentecostal! Creio que a maior parte dos erros nos relacionamentos de jovens crentes se dá porque eles são arraigados aos rudimentos do mundo da mesma forma que os incrédulos; mas Cristo se entregou para nos desarraigar desse mundo perverso (Gálatas 1:4).

Não tenho dúvidas que muitos jovens crentes mantêm relacionamentos errados porque ainda estão amarrados ao pecado e não conseguem se livrar dele; mas o grande problema disso é que Cristo, segundo o texto de Gálatas não morreu apenas para PERDOAR os nossos pecados, mas para nos LIVRAR deles. (Como viveremos ainda no pecado, nós que para ele morremos? Romanos 6:2).

Deixem-me dar alguns exemplos para ser mais prático. Note que eu não falarei de coisas distantes da realidade de muitos jovens que se dizem cristãos; mas se você for realmente crente e quer viver em obediência a Ele, buscará saber se essas expressões que estou usando são realmente Bíblicas. Então vou embasá-las agora:

  1. Se você ainda não tem condições de casar porque ainda não reúne as condições financeiras para isso, mas insiste em se relacionar com alguém você está em pecado diante de Deus.

Levante a bandeira vermelha! Diga não a toda e qualquer tentação que venha a interferir no seu crescimento profissional, intelectual e financeiro. Essa é a melhor preparação possível para seu futuro casamento (falo nesse ponto principalmente aos homens que devem assumir o papel de provedores de suas futuras famílias).

Se textos como (I Tess. 4:10-12; Pv. 13:11; II Tess. 3:6-13) não fossem suficientes, veja a especificidade de Paulo em I Tim. 5:8 quando instrui sobre o cuidado financeiro que se deveria ter com as viúvas. Nesse caso, ele parte do geral para o específico dizendo: se alguém não tem cuidado dos seus, especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé e é pior que o descrente. Não queira depender de ninguém, senão unicamente do Senhor!

  1. Se você ainda não casou, mas seu relacionamento (namoro) permite carícias íntimas que incitam a libido você está em pecado grave diante de Deus.

Não apenas levante a bandeira vermelha, mas corra como José da mulher de Potifar. Não imagine que você terá forças para não cair nos laços do Diabo caso mantenha carícias no seu namoro.

O escritor aos Hebreus diz que é bendito entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula. Chegar ao casamento ileso (no sentido de se guardar totalmente para o seu cônjuge) pode parecer utopia para a época presente, mas é um sonho que tenho como Pastor e pai para essa geração.

Que cada jovem entenda que dizer não àquilo que queremos é mais extraordinário que seguir o curso da massa que não consegue entender o que é a verdadeira liberdade cristã. Se Hebreus diz que sem a santificação ninguém verá o Senhor, Paulo se torna claro no que significa santificação em I Tessalonicenses 4:3-8: Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição (porneia – toda defraudação do corpo, sexual), que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com deseja de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus, e que, nessa matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão, porque o Senhor, contra todas essas coisas... é o vingador, porquanto Deus não vos chamou para a impureza, e, sim, em santificação, destarte, quem rejeita essas coisas, não rejeita ao homem, e sim, a Deus.

  1. Se você está se relacionando com alguém que professa outra fé que não a exclusiva fé em Cristo segundo a Bíblia, você está cometendo um verdadeiro suicídio espiritual.

Levantar a bandeira e correr ainda é pouco. Nesse ponto você precisa compreender a loucura absoluta de entrar num relacionamento misto. Não é apenas ilícito nas Escrituras, mas se constitui uma agressão à razoabilidade e à inteligência (Pv 1.7).

Não fossem as perguntas nada retóricas de Paulo: que união pode haver entre o crente e o descrente? Que vínculo entre a luz e as trevas?, por isso ele diz no mesmo contexto: não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos (II Coríntios 6:14-18); não fosse ainda o grito de Neemias 13:23-29 ao declarar que por causa do jugo desigual: contendi com eles e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, lhes arranquei os cabelos e os conjurei por Deus, dizendo: não dareis mais vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas nem para vossos filhos e nem para vós mesmos (citando Êxodo 34:12-17); teríamos a expressão direta da Palavra de Deus para o crente: case somente no Senhor! (I Coríntios 7:39) .

O espaço não deu para o segundo ponto, que será: Confie no Senhor! Quando falarei sobre o aspecto positivo dessas três teses defendidas aqui. Mas creio que já há razões suficientes para que você reveja seus conceitos por não querer ser pior que o descrente (1), como os gentios que não conhecem a Deus (2), nem se por em jugo desigual com eles (3).

No Temor do Senhor.

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Mudança de comportamento: E a Bíblia com isso?

 Mudança de comportamento: E a Bíblia com isso?

correndo-atras-dinheiro                                                                                        Milton Jr.

1. O problema aparente

Thiago é um adolescente cristão, filho de um pastor evangélico. Foi criado segundo os princípios bíblicos e teve uma excelente formação cristã. Sempre foi atuante na igreja, e em seu lar estava acostumado com a rotina dos cultos domésticos. Costumava ser frequentemente citado por aqueles que o conheciam como um bom modelo a ser imitado, contudo, nos últimos tempos, depois de mudar de escola e fazer uma nova turma de amigos, Thiago não parecia mais o mesmo. Aquele que sempre foi um moço bem-educado agora vivia xingando. Os palavrões saiam de seus lábios com tanta naturalidade e frequência que era impossível não ficar incomodado e, tudo isso, já estava começando a “pegar mal” para o seu pai, afinal, filho de pastor não xinga.

Jair é diácono da igreja. Sempre foi muito responsável com o seu trabalho e, geralmente, era bastante polido no seu modo de falar. Porém, algumas pessoas da igreja já tiveram o desprazer de vê-lo irritado e, quando isso acontecia, aquela linguagem polida dava lugar aos mais terríveis palavrões. Em casa, sua esposa e filhos eram também, muitas vezes, insultados com xingamentos, o que levava a brigas ainda maiores.

O pastor Enoque, que já vinha se sentindo envergonhado por causa do linguajar do seu filho Thiago, começou a receber reclamações por parte dos membros ofendidos pelo diácono Jair. Além disso, a esposa do diácono também procurou o pastor para queixar-se do modo como o marido muitas vezes a tratava e de como estavam brigando em decorrência disso, estavam a ponto de separar-se.

Aparentemente o problema era o mesmo, um adolescente e um diácono que pecavam falando palavrões, e foi com esse entendimento que o pastor Enoque tentou tratar os dois casos.

2. Deus não é um mero extintor de incêndio

Primeiro o pastor chamou o filho e falou que por causa do seu linguajar, ele, como pastor da igreja, estava sendo envergonhado e sendo motivo de chacotas: “o pastor não sabe cuidar nem do filho...”. Abriu a Bíblia e, citando os textos de Efésios 4.29 e Tito 2.8, afirmou que dizer palavras torpes é pecado e que Deus puniria o seu pecado. Não haveria como fugir do juízo de Deus porque o homem colhe o que planta, esbravejou citando Gálatas 6.7. Se não quisesse experimentar o peso da mão do Senhor, Thiago deveria imediatamente parar de falar palavrões.

Com o “sermão” pronto, ficou fácil. O pastor convocou o diácono Jair, repetiu as mesmas palavras, incluiu alguns versículos que falam sobre o cuidado do marido em relação à esposa e afirmou que, caso acontecesse o divórcio, a culpa seria toda do diácono. Se não quisesse sentir o peso da mão do Senhor e perder a esposa, Jair deveria parar de xingar as pessoas.

Isso me faz lembrar de um programa a que assisti com o “Dr. Pet”, adestrador de animais. Nesse programa ele foi chamado para resolver um problema com alguns cachorros que viviam brigando. Eram uns cinco ou seis cachorros de porte grande que, ao serem soltos pelo dono, começavam a se morder, mesmo com o dono gritando para que parassem. A solução do Dr. Pet foi fantástica. Instruiu o dono dos animais de que, munido de um extintor de incêndios, se aproximasse dos cachorros no momento da briga. Ele teria de dar a ordem: pare!, e em seguida acionar o extintor em direção aos cães que dispersariam com medo daquele jato de pó. Isso deveria se repetir algumas vezes, até que os cães cessassem a briga simplesmente ouvindo o comando para parar. E foi o que, de fato, aconteceu. Ao ouvir a ordem “pare!”, os cães associavam ao extintor e, por medo de levar mais um jato, obedeciam.

Apesar de os personagens citados nos exemplos acima serem fictícios, as situações descritas não são diferentes daquelas que podemos perceber todos os dias no cotidiano de muitos cristãos. Pior ainda é saber que a forma como têm sido tratadas essas questões assemelha-se mais ao método do Dr. Pet para adestrar os cães que com a perspectiva bíblica para a mudança de comportamento. Muitos crentes têm evitado o pecado somente por medo da consequência e não por causa do entendimento de que devem viver para a glória de Deus (1Co 10.31; Rm 11.36). Para eles, a ideia de Deus é simplesmente a de um extintor de incêndio pronto para ser acionado. O pecado é então evitado por causa da consequência que se sofre e não por causa da ofensa ao Senhor.

O problema na abordagem descrita é que ela se limita a “tratar” os sintomas sem descobrir a causa. É como alguém que constantemente sente dor de cabeça e simplesmente toma um analgésico. Várias são as causas que podem levar alguém a sofrer com isso, mas, somente como exemplo, pense na hipertensão. Alguém que tenha “pressão alta” pode frequentemente sentir dor de cabeça e o analgésico será um simples paliativo, servindo para mascarar o verdadeiro problema, pois, se não há dores não há o que se verificar e o problema continuará lá até o momento de se manifestar de forma mais grave, como um AVC.

Conquanto os princípios bíblicos citados pelo pastor Enoque sejam verdadeiros, para que a mudança de comportamento honre ao Senhor ela deve ir além de regras cumpridas por medo da punição. Não é simplesmente parar de xingar, mas fazer isso por causa de uma motivação correta. Como então proceder de forma bíblica a fim de que a mudança seja duradoura e honre ao Senhor?

3. Um caminho bíblico: tratando o problema na raiz

A perspectiva bíblica quanto à mudança de comportamento está ligada à santificação. Como afirma Booth: “A Santificação é um processo contínuo pelo qual Deus, por sua misericórdia, muda os hábitos e o comportamento do crente, levando-o a praticar obras piedosas.”[1] Sabendo que “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta par discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hb 4.12), precisamos recorrer a ela para entender não só como agimos, mas por que agimos como agimos.

É muito importante entender que, na dinâmica da igreja, somos responsáveis por “admoestar uns aos outros” (cf. Rm 15.14). Como indica o excelente livro do Dr. Paul Tripp, somos “Instrumentos nas mãos do Redentor – pessoas que precisam ser transformadas ajudando pessoas que precisam de transformação”[2]. Para isso precisamos entender três princípios:

1. O homem é governado pelo coração – Ao advertir os discípulos que não procurassem ajuntar tesouros na terra, mas no céu, Jesus afirmou: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21). O ensino aqui é evidente. Buscamos aquilo ao qual damos maior valor em nosso coração. Se os discípulos tivessem como “tesouro” os bens, era isso que governaria seus corações e motivaria as suas ações, mas se o “tesouro” fosse o Reino de Deus e sua justiça, agiriam em conformidade com a justiça do Senhor. Foi também o Senhor Jesus quem afirmou que do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, falsos testemunhos, blasfêmias (Mt 15.19) e que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34).

Por causa de tudo isso é que o livro de Provérbios orienta: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).

Se o pastor Enoque tivesse esse entendimento conseguiria verificar que o problema do seu filho e do diácono não era simplesmente o linguajar torpe, mas aquilo que estava governando seus corações em lugar do Senhor. No caso do filho o desejo de ser aceito no novo grupo de amigos, no caso do diácono, o desejo de ser ouvido e respeitado.

Mas como o pastor Enoque chegaria a essa conclusão? Observando o próximo princípio.

2. Pessoas e circunstâncias revelam o nosso coração – De um modo geral a tendência do homem, ao pecar, é colocar a culpa em outras pessoas ou nas circunstâncias. Porém, diante da verdade bíblica de que somos dirigidos pelo nosso coração, devemos entender que pessoas e circunstâncias simplesmente revelam o que está em nosso coração, elas servem como a antiga pomada de basilicão, usada em pessoas com furúnculos. Ao ser aplicada a pomada “trazia para fora” o carnegão[3] e, é lógico, isso só acontecia porque ele já estava lá. A pomada não produzia o carnegão, simplesmente o revelava.

Ao analisar os casos sob essa ótica, o pastor veria que a razão de o seu filho estar xingando constantemente era o medo de ser rejeitado pelo novo grupo de amigos. Ser aceito era tão “importante e necessário” que, nessa ânsia, ele deixava de lado todos os princípios bíblicos aprendidos outrora demonstrando, ao contrário da atitude dos discípulos em Atos 5.29, que importava obedecer aos homens que a Deus.

No caso do diácono, o pastor Enoque perceberia que o xingamento era a forma de “punir” aqueles que não o respeitavam como ele achava que merecia. Como diácono da igreja, entendia que não podia ser contestado e como chefe do lar, nunca questionado. Seu desejo por respeito passou a ser uma “necessidade” que ele agora exigia e qualquer um que o privasse daquilo que ele tanto queria logo era julgado e punido, no caso, com xingamentos.

Ao observar o princípio de que as pessoas e circunstâncias revelam o coração, o pastor Enoque teria condições de avaliar também a postura da esposa do diácono. Ao ameaçar deixá-lo, o que ela tentava fazer era manipulá-lo para que ele a tratasse melhor. Ela também, por causa do seu desejo, tentava mudar o comportamento do marido infligindo medo.

Mais ainda, o pastor poderia avaliar seu próprio coração e descobrir que sua motivação para corrigir o filho não estava sendo a glória de Deus, mas a vergonha a que ele estava sendo submetido por causa do seu mau comportamento.

Pessoas e circunstâncias são usadas por Deus para revelar o que controla o nosso coração e, com os desejos do coração expostos, podemos, com o auxílio do Espírito do Senhor, abandonar a nossa vontade e nos submeter à vontade do Senhor. Isso nos leva ao terceiro princípio.

3. Os ídolos do coração devem ser abandonados – No primeiro mandamento o Senhor ordena: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Costumamos pensar em idolatria somente no que diz respeito a imagens de escultura, mas a Bíblia nos adverte contra os “ídolos do coração” (Ez 14.1-9). Incorremos em idolatria todas as vezes que buscamos alegria, prazer, satisfação e realização fora do Senhor. Se pecamos para conseguir o que desejamos, ou pecamos quando não conseguimos o que desejamos, é porque esse desejo já se tornou um ídolo, um falso deus que faz promessas vãs acerca daquilo que achamos que nos trará satisfação.

O caminho bíblico é o de identificar a idolatria, arrepender-se por confiar em falsos deuses e voltar-se de todo o coração ao Senhor (Ez 14.6) buscando de coração fazer a sua vontade.

O adolescente Thiago deve rejeitar o ídolo da “aprovação dos homens” e entender que a alegria não é encontrada num grupo de amigos, mas no Senhor e, por isso, é a ele que precisamos agradar. O diácono Jair tem de abandonar o ídolo do “respeito” e entender que o pecado de outros ao não respeitá-lo não autoriza o seu pecado ao revidar as afrontas. Ao invés de revidar ele deve entregar tudo àquele que julga retamente (1Pe 2.23). De igual modo a sua esposa deveria abandonar o ídolo do “controle” e, ao invés de tentar mudar o marido manipulando-o pelo medo, deveria ganhá-lo sem palavra alguma, por meio de um honesto comportamento. Por último, o Pastor Enoque deveria entender que a motivação para corrigir o filho deveria ser exclusivamente a glória de Deus, abandonando o ídolo da “reputação”.

Conclusão

Entender os motivos do coração é essencial para uma mudança de comportamento que seja duradoura. Qualquer mudança externa, que não leve em conta a raiz do problema, será mero paliativo e servirá unicamente para produzir fariseus que não se preocupam com a glória do Senhor, mas com seus próprios desejos.

É bom salientar que os desejos não são maus em si mesmos. Pensando nos casos citados, não há mal em querer ser aprovado, ser respeitado ou ter uma boa reputação. O problema é quando essas coisas tomam uma importância tão grande que passam a governar o coração e nos levam a pecar.

Que o governo de nossa vida seja exclusivamente de Cristo Jesus, aquele que já nos redimiu e nos santificará para ele mesmo, até o dia final. Vivamos para sua glória e louvor.



[1] A. Booth. Somente pela graça. São Paulo, PES, 1986, p. 44-45.

[2] A obra do Dr. Tripp foi publicada no Brasil pela Ed. NUTRA e é um excelente livro-texto para aqueles que se interessam por aconselhamento bíblico.

[3] Regionalismo para “carnicão”, a parte central dos furúnculos e tumores (Dicionário eletrônico Houaiss).


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Uma Palavra aos Pais Estressados

 Uma Palavra aos Pais Estressados

                           Robério Odair Basílio de Azevedo

Há um ditado popular que diz que “ser pai não é para qualquer um e muito menos para covardes.” De fato, essa é uma tarefa prazerosa, porém muito estressante. No caso de verdadeiros cristãos, a razão de toda preocupação é motivada no fato de que a própria alma dos filhos está envolvida nessa questão. Pais tementes a Deus estão tão preocupados com a glória de Deus, que a mais terrível angústia é ver seus próprios filhos agindo e vivendo como ímpios que não temem ao Senhor. Oh! Quantas lágrimas têm sido derramadas por servos de Deus ao perceberem que seus filhos não exibem as marcas de uma conversão genuína.

Tenho ouvido o relato choroso de muitos pais que consagraram seus filhos ao Senhor, mas agora percebem o quão distante eles estão do caminho da salvação e rumam a passos largos para o inferno. Filhos que tiveram em seus joelhos e braços, agora são uma presa nas mãos de Satanás! Pais que viram a água do batismo escorrer sobre a cabeça dos filhos, agora percebem que suas mentes estão cheias de filosofias e valores mundanos!
Nessa difícil tarefa de criar filhos é imprescindível recorrer às claras instruções delineadas nas Sagradas Escrituras, pois elas de fato podem nos dar orientações muito claras sobre como devemos agir. Assim, o resumo que segue é uma simples enumeração de alguns princípios que ajudarão os pais estressados a não desanimarem ao contemplarem a vida ímpia que seus filhos têm vivido:

Primeiro, lembre-se que a sabedoria no coração dos filhos é uma obra exclusiva de Deus e ocorre como resultado da salvação implantada em seus corações. Quando Deus salva alguém, não apenas o regenera, mas implanta temor em seu coração. De acordo com Provérbios 1:7 e 10:1, apenas o temor do Senhor pode produzir sabedoria nos corações dos nossos filhos. Essa sabedoria não tem nada haver com acúmulo de conhecimentos, mas com a firmeza de propósito em aplicar os mandamentos de Deus em cada circunstância da vida. Sabedoria, portanto, tem haver com obediência a Deus, mas só Deus pode plantar essa obediência através da conversão (Tt. 3:4-5) e fazê-la germinar através de Sua palavra (1 Pe. 1:23). Filhos que demonstram rebeldia a Deus, e, concomitantemente, aos pais, exibem um sinal claro de que, possivelmente, não foram regenerados, e sua desobediência, rebelião e ingratidão são sinais de que nunca nasceram de novo, apesar de freqüentarem a igreja.

Segundo, reconheça suas limitações em interferir em questões espirituais concernentes a salvação do seu filho. Como pai, você pode interferir em muitas áreas na vida de seu filho, menos na salvação de sua alma. Talvez você faça parte de uma longa lista de pais aflitos que sofreram ao ver o egoísmo estampado nas ações do filho ou filhos. Como Adão, Isaque e Jacó, você pode estar presenciado a desunião dos filhos! Como Arão, é possível que veja a mão de Deus pesar sobre eles! Como Samuel, Davi e muitos outros reis piedosos de Israel, talvez esteja enfrentando angústias ao perceber que seus filhos não andam e nem seguem os seus caminhos e exemplos! Ao sentir o peso de tamanha tristeza, não desanime. Nessas horas busque ao único que sabe lidar com a aflição – Deus. Reconheça que na questão espiritual apenas Ele pode fazer algo. Apenas o Seu poder pode mudar seu filho ou filhos, portanto busque-O humildemente em oração. Nunca esqueça que todos os seus esforços e dinheiro gasto com as melhores escolas não serão suficientes para produzir um centímetro de vida espiritual na vida dos seus queridos filhos! Se o seu coração está apertado, ore sem cessar e aprenda a depender de Deus sem jamais desanimar (Lc. 11:13). Peça também a pessoas discretas a batalharem com você em oração e recorra a Deus através de Cristo. Lembre-se do exemplo de muitos outros que apresentaram seus filhos ao Senhor Jesus e receberam uma resposta positiva (Mc. 9:17; Mt. 15:22).

Terceiro, humilhe-se na presença do Senhor e avalie sua vida. Os filhos geralmente imitam os pecados dos pais e percebem a inconsistência entre o que eles falam e dizem. Eles drenam o veneno do seu pecado e seguem seu péssimo exemplo. Lembre-se que você é um pecador e pode estar envenenando a vida do seu filho com sua própria falta de temor verdadeiro ao Senhor. Há dois tipos de pecados que podem arruinar seu papel como pai e líder espiritual. Primeiro, seus próprios pecados em relação aos seus pais (Gn. 42:1). Isso nos lembra a história de um pai que exclamou para o filho: “Nunca um homem teve um filho tão ruim e ingrato!” Porém o filho respondeu: “Sim, meus avós tiveram!” Ou seja, antes de avaliar seu filho, avalie-se primeiro como filho e confesse ao Senhor suas possíveis falhas. Trate com amor seus pais e isso será um poderoso exemplo para seu filho! Segundo, examine os seus próprios pecados que foram praticados contra seus filhos. É muito embaraçoso olhar para os filhos e descobrir que nos imitam em tudo, inclusive no que concerne aos nossos pecados. Ao descobrir isso, humilhe-se diante de Deus e faça dos pecados dos seus filhos os seus próprios. Arrependa-se e abandone os seus pecados, pois não conseguirá ajudar seus filhos a menos que mortifique os seus próprios pecados.

Quarto, ensine amorosamente e admoeste incansavelmente a seu filho. A Bíblia ensina que você deve disciplinar e instruir seu filho (Ef. 6:4). Essa instrução deve ser diária, e tanto ocasional como sistemática (Dt. 6:1-9). Lembre-se da importância do culto doméstico diário, pois ele terá um papel fundamental no ensino da Palavra de Deus para seu filho. Chame a atenção dele para que observe as Escrituras e sempre o repreenda de forma clara e serena. Trate sempre pecado como pecado e seja amoroso e paciente como a mãe do rei Lemuel (Pv. 31:1-9). Lidere seu filho e faça o que a Bíblia diz que muitos homens não fizeram — Discipline-o e deixe-o arcar com as conseqüências de seus atos errados. Não siga o exemplo de Eli, que não tinha autoridade sobre seus filhos e foi punido por Deus (1Sm. 2:29; 3:13). Ao perceber qualquer sinal de pecado e rebeldia em seu filho, você deve levá-lo a examinar o seu coração, pois é possível que não tenha nascido de novo ou esteja vivendo em frieza espiritual. A diferença entre um estado e outro, é que no caso da frieza espiritual a insensatez é passageira e momentânea, mas no caso da falta de conversão e impiedade, a insensatez é permanente e agravante.

Em suma: lembre-se que você não pode converter o coração do seu filho, mas ao ver qualquer sinal de insensatez ou ausência de marcas de conversão na vida dele ou deles, tome quatro atitudes: Ore, analise sua vida, seja um líder espiritual e reprove as atitudes erradas do seu filho.


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quinta-feira, 5 de maio de 2011


Conselhos para Quem Quer se Casar





Pr. Nélson R. Gouvêa

"Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos. Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos. O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos" Pv. 16: 1-3, 9.

Hoje eu quero passar algumas informações principalmente aos juvenis e jovens que pensam em se casar um dia e querem ser felizes e abençoados por Deus.

Em dias que os valores estão distorcidos, onde existe tanta irresponsabilidade na área de formação de famílias. Em dias em que a mídia sem escrúpulos coloca como atores principais adolescentes em cenas de nudez e perversão sexual, ou novelas do tipo Malhação, onde um tempo atrás uma médica aconselha a uma mãe a deixar que o filho transe com a namorada dentro de sua própria Casa.

Eu gostaria como prevenção aos nossos jovens e adolescentes apresentar uma seqüência de princípios que aos ajudarão refletir sobre os verdadeiros valores que valem realmente a pena serem observados e praticados.

1. JOVEM, NÃO SE PRECIPITE.
Deixe as coisas acontecerem naturalmente. Você é especial para Deus e Ele tem preparado aquele (a) que irá compartilhar com você os seus sonhos, os seus anseios.

Se você já está namorando alguém, deve lembrar que no período de namoro deve-se ter um comportamento Santo, evitando ao máximo as carnalidades, os contatos físicos, porque esta atitude está na contra mão da espiritualidade. Embora a idade da adolescência, da juventude a pessoa esteja biologicamente com a sua sexualidade a flor a da pele. Deve-se buscar em Deus o equilíbrio, o controle.

Eu fico estarrecido quando vejo na mídia, nas instituições religiosas e governamentais estimularem e orientarem os nossos jovens a praticarem o sexo com segurança; Isto é, usando preservativo como se o sexo livre fosse opcional. Else passam à mensagem de que você deve se soltar e só fazer sexo com alguém que você AMA para se sentir seguro (a). Etc. A Bíblia condena claramente a prática do sexo, for a do casamento. Definitivamente não existe sexo seguro for a do casamento. Não devemos esquecer que camisinhas furam. Por isso você jovem não deve se precipitar. Deixe o afã das carícias para ser desfrutado após o casamento.

Se você estiver namorando gaste tempo para conhecer esta pessoa que você diz amar. É bom tirar tempo no sentido de conversar sobre os gostos e o futuro de vocês evitando ao máximo contatos físicos.

Cultive um relacionamento de harmonia, de Paz e de autocontrole, de amor puro. Não façam nada que venham a se envergonhar mais tarde. Vale a pena esperar o casamento. Vocês terão muito tempo, uma vida inteira para se relacionarem sexualmente

2. ESTEJA SEMPRE DEBAIXO DAS ORIENTAÇÕES DE SEUS PAIS

Há uma tendência e prática no meio da juventude de pensar que já são livres em suas ações e que os pais não devem se intrometer. A obediência às determinações dos pais com certeza é o fundamento básico para a benção enquanto estão juntos a else e obedecendo-os com certeza estarão sendo preparados para que no futuro saibam administrar a sua própria família. O quinto mandamento com promessa deixa bem claro: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem à terra que o Senhor teu Deus te dá”. (Dt. 5:16).

Com certeza os seus pais querem o melhor pra você e a interferência deles é sem dúvida nenhuma saudável e necessária para as devidas correções de rumo em sua vida.

Leve a sério as sua orientações, observações e conselhos. Siga sempre os horários pré–estabelecidos. Conviva somente com amizades reconhecidas pela sua família.

Infelizmente, quero destacar que existem modelos de pais por aí que, muitas vezes não correspondem com uma realidade cristã e, por conseguinte deixam a desejar no que diz respeito na formação de caráter de seus filhos, porém mesmo assim a sua atitude para com else deve ser de testemunho bom e saudável. Busque em Deus e na sua Palavra às orientações seguras. O seu pastor poderá ajudá-lo (a) nestas horas de conflito, para que o seu futuro não esteja comprometido e você esteja fazendo exatamente a vontade de Deus.

3. LEMBRE-SE: QUANDO ESCOLHER ALGUÉM PARA NAMORAR, ESTA PESSOA DEVE SER UM CRISTÃO LEGITIMO.
A Bíblia diz: “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo”. (Am. 3:3).

A Bíblia também fala em II Co. 6:14 sobre o jugo desigual. “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas”?

Imagine você já casado (a) e o seu cônjuge começar a pensar e agir totalmente contrário aos princípios bíblicos. Você vai querer ir à Igreja no Domingo na Escola Dominical – Ele (a) vai querer ir ao clube e ainda por cima levar as crianças.

Você como um bom cristão que ama Deus não vai querer bebida alcoólica dentro de casa. Ele (a) além de trazer bebida pra casa, ainda vai trazer os amigos inconvenientes. Estes e tantos outros motivos são fatores pelos quais os casamentos se desfazem. Com certeza muitas pessoas ignoram em tempos de namoro estes pequenos porem importantes detalhes e por isso passam por situações muitas vezes constrangedoras

O bom mesmo, para um relacionamento ser estável é começar certo. O bom é que ambos sejam cristãos genuínos, nascidos de novo, conhecerem verdadeiramente Jesus Cristo, ter uma experiência com um poder restaurador de Deus.

4. ANTES DE SE ENVOLVER EMOCIONALMENTE COM ALGUÉM NO NAMORO, SE ENVOLVA ESPIRITUALMENTE COM CRISTO JESUS.
Jesus Cristo deve ser a prioridade de sua vida. A Bíblia diz que você deve buscar a Deus em primeiro lugar e a sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas por Ele em sua vida. (Mt. 6:33).

Gaste tempo, tendo prioridade na leitura, estudo da Bíblia e na oração.

Leve a sério à vida cristã. Tenha compromisso com a sua igreja local. Não fique pulando de Igreja em Igreja. Se identifique com os projetos de sua Igreja local.

Ame o seu pastor, as lideranças que Deus tem colocado sobre a sua vida.

5. NÃO NEGLIGENCIE NOS ESTUDOS SECULARES
Estude e estude muito. Há um conceito errado que têm se formado no meio de jovens cristãos, que Jesus está voltando e por isso não se precisam de ensinos seculares somente os que a Bíblia ensina. Muitos jovens abandonam os estudos para ir para Seminário. Eu creio que esta não é a vontade de Deus. Todas as coisas têm o seu tempo certo. A um tempo de estudar e se preparar e usar a própria profissão no futuro em função do Reino de Deus.

Moças e rapazes se envolvem emocionalmente em namoros e antes do termino dos estudos resolvem se casar. Comprovadamente é um transtorno, pois não estão preparados ainda para este tipo de desafio. Se a pessoa que você está namorando te respeita e te ama verdadeiramente saberá esperar o tempo certo.

6. NAMORO É COMPROMISSO
Nada de ficar. Respeite você próprio. Respeite o seu corpo. Sua família. Estes relacionamentos de paixão, superficial e ligeiro trocando de parceiro sempre que se tem vontade pode trazer sérios problemas de desvio emocional e de afirmação em sua vida, além de trazer conseqüências terríveis na formação de caráter. A sua auto-imagem com certeza vai ficar comprometida. No futuro, quando você estiver por dentro de casamento precisará afirmar-se e você pode ter problemas de relacionamento com seu marido ou esposa. Além de tudo isso deve ser terrível, passar a ter sentimentos de rejeição e de frustração, quando você for alvo de piadas, comentários e fofocas feitas por pessoas do seu relacionamento.

Se pretenderem se casar, antes analisem bem a situação financeira. Há um ditado que diz: “Quem casa quer casa” A Bíblia diz: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher e será os dois uma só carne”. (Gn. 2:24)

Este negócio de casar e morar com os pais não funciona, por melhor que eles sejam. Quando você faz isto, quebra-se um princípio da Palavra. Você deve deixar a casa paterna e este Deixar significa em todos os sentidos: Financeiro, geográfico, emocional, íntimo, etc. Isto não quer dizer que você deixará de amar, de honrar os seus pais. Apenas se afastarão para a formação de uma nova família e a farão com a benção deles.

Por parte dos pais deve haver esta compreensão, ou seja, o de liberar os filhos para serem felizes. A função dos pais após o casamento dos filhos é de intercessão, é estar presente quando convocado pelos filhos. Estarão sempre prontos para oferecerem conselhos com discernimento e sabedoria.

Bom eu quero orar por você juvenil ou jovem que acabou de ler estas considerações nesta oportunidade. Eu não conheço você, nem os seus problemas. Mas conheço Jesus que pode solucionar as suas dificuldades. Deus entende você. Quem sabe você está frustrado (a) chateado (a). Quem sabe aquele namoro que não deu certo, porque você quebrou princípios que não poderia ter quebrado. Eu quero lhe dizer que Deus lhe ama e se preocupa com a sua felicidade.

Oração: Deus e Pai. Tu conheces este jovem, esta jovem, e pode com certeza avaliar melhor do que ninguém suas reais preocupações nesta fase de sua vida. Tenho certeza que o Senhor o (a) ama e quer vê-lo (a) feliz e abençoado. Coloque em seu coração vontade de conhecê-lo melhor. Mesmo que este mundo esteja cheio de opções contrarias a sua vontade, trabalhe em sua vida diariamente fortalecendo o seu coração e indicando o caminho que ele (a) deve seguir. Resolva os seus problemas diários, o seu relacionamento com seus pais e abençoa-o (a) com toda sorte de bênçãos espirituais. Faço esta oração em Nome de Jesus Cristo a quem dou toda a honra e Glória, hoje e sempre, Amém.



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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

UMA PALAVRA AOS PASTORES DESANIMADOS


James A. Thomson

Os ministros que têm uma atitude desanimada para com seu trabalho deveriam ler novamente estas palavras: “acaso é para vós outros cousa de somenos que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, a fim de cumprirdes o serviço do tabernáculo do Senhor e estardes perante a congregação para ministrar-lhes?” (Nm 16.9). O que tinha feito o Senhor a estes homens?

Primeiro, o Senhor “separou” os ministros da congregação do povo do Senhor. O Senhor os colocou a parte, quando os escolheu dentre os seus irmãos.

Segundo, “para vos fazer chegar a Si”. Todo o povo do pacto de Deus habitava na sua presença e usufruía da sua comunhão. Mas de um modo especial, o Senhor trouxe estes ministros para perto de Si. Eles foram privilegiados em pôr de lado seus trabalhos normais e devotar-se a buscar a sua face, a conhecer a sua palavra. “Nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra” (At 6.4).

Estas coisas o Senhor fez aos ministros. Qual então, deveria ser sua função? Era basicamente dupla. Primeiro, eles deviam “cumprir o serviço do tabernáculo do Senhor”. Sob a disposição da Velha Aliança, isto significava as várias cerimônias, oferendas e deveres ligados ao tabernáculo.

Depois, em segundo lugar, “deviam estar perante a congregação para ministrar-lhe”. O ministro recebia a Palavra do Senhor e então a entregava fielmente ao povo. O ministro ficava como mensageiro de Deus e pregava a palavra viva de Deus. Ele diligentemente aplicava aquela Palavra para eles em seus casos e vidas específicos.

O problema era que os “ministros” a quem se refere Números 16 tinham tudo isto como “uma pequena coisa”. Eles eram escolhidos pelo Senhor, separados para o seu serviço, incumbidos da administração do tabernáculo, encarregados da pregação da Palavra de Deus – tudo isso, e eles consideravam “coisa de somenos!” O episódio sugere lições importantes para nós hoje.

Uma visão pobre do ministério não é precisamente culpa da igreja ou da sociedade. Sugerimos que os ministros do evangelho devem recordar seu honroso chamado com mais freqüência. Como Paulo, eles fariam bem em “Glorificar seu ministério” (Rm 11.13). Possa o Senhor da igreja que é o Senhor de tudo, renovar seus servos em seu alto e nobre chamado! Possa ele encher seus corações com fogo e suas colunas dorsais com aço! Possam os ministros não verem a si mesmos, “ajudantes de carreira” na sociedade, nem como “gerente de pessoal” na igreja, mas possam eles verem-se a si mesmos como escolhidos, ungidos e honrados pelo Senhor.

O ministério é uma honra advinda do Senhor Jesus Cristo. Uma visão bíblica do ministério da Nova Aliança deve começar com Efésios 4.11: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”... “Para o trabalho do ministério”. O pastor–mestre é um dom do Senhor que ascendeu, para a Sua igreja. Como I Tm 1.12 coloca: ”Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério“. Que honra advinda de Cristo Jesus, ser colocado no ministério e depois ser habilitado para realizar a obra da sua graça! John Brown podia dizer que o ministro é ”por Cristo designado, dirigido, sustentado e recompensado“. Que honra inexprimível ser tão completamente dependente do Senhor da Glória!

Um dos ministros da Nova Inglaterra olhou para trás com humildade quando se comparou a Davi no Salmo 78.70: “Também escolheu a Davi, seu servo, e o tomou dos redis das ovelhas”. “O idoso pregador não viu qualquer razão por que o Senhor o teria tirado do seu ”aprisco“ e o honrou com um ministério frutífero para muitas almas. Se qualquer ministro mantiver este avançado conceito, que o Senhor o elevou ao ministério por sua graça, isto fará muito para mantê-lo afastado de uma visão pobre do pregar.

Jonathan Edwards pregou um memorável sermão, “A Verdadeira Excelência de um Ministério do Evangelho”. Ali ele mostrou como Jesus havia honrado João Batista, (Jo 5.35): “Ele era a lâmpada que ardia e alumiava”. E assim, solicitou Edwards, todo ministro deve lutar para brilhar, pois Cristo “aprecia grandemente” seus ministros. Edwards também chamou a atenção para os filhos de Eli que não cumpriram seu ofício. “Eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para ser meu sacerdote, para subir ao meu altar, para queimar o incenso e para trazer a estola sacerdotal perante mim; Por que pisais aos pés os meus sacrifícios?” (I Sam2. 28,29 a). Vemos nestes filhos de Eli o mesmo coração existente em Coré, o coração que vê levianamente a grande honra do serviço para o Senhor.

O ministro de Cristo deveria olhar para o seu ofício com o mesmo apreço com que o próprio Mestre o faz. Fazer qualquer coisa menos é desonrar seu nome e ter uma visão pobre do privilégio que lhe é conferido. O ministério é um nobre chamado. Paulo não hesitou em dizer: “Eu magnífico o meu ofício”. Jeremiah Burroughs escreveu: “A obra do ministério é uma grande obra... Cristo a considera uma coisa importante... oh, que aqueles, então, que estão no ministério considerem isto uma obra poderosa e importante, como uma tarefa solene”. Se Moisés diz que é uma grande coisa, e Paulo supremamente, Cristo, então quem somos nós para ter visão pobre do ministério cristão? Dr. Martin Lloyd –Jones deixou um exemplo encorajador para os ministros. Ele deixou uma carreira médica promissora e ainda testificou ao longo de sua vida que não viu isto com sacrifício. Ao contrário, sentiu-se profundamente privilegiado em ter sido chamado para ser ministro do evangelho. Através dos anos, muitos pregadores desanimados chegaram à sacristia da capela de Westminster e saíram com uma visão elevada do ministério e não menos do seu próprio ministério.

Em sua exposição de Efésios, Dr. Lloyd–Jones afirma: “Este é o significado e o propósito do ministério. Esta é a minha função como um pregador e mestre, fui chamado para fazer isto. Passei meu tempo lendo este livro e tentando expô-lo. Esta é a razão porque vocês devem vir e ouvir”. Oh, que todos os ministros possam manter esta atitude com relação ao ministério e não hesitar em dizer assim ao seu povo! Faria um grande bem para nós relembrar o que Latimer disse uma vez para um homem que cinicamente afirmou que pregar “de nada adianta”. Latimer replicou: “Esta é uma resposta perversa, mui perversa”.

O ministro deve clamar ao Senhor para revigorá-lo com um devotamento paciente para a grande obra. Se existe uma porção da Escritura inerrante para a qual ele deve voltar-se, é I Co 4: “Assim, pois importa que os homens nos considerem como ministros e despenseiros dos mistérios de Deus... nos tornamos espetáculo... somos loucos por causa de Cristo... desprezíveis... sendo injuriados... caluniados... escoria de todos” (I Cor 4.1-13). Aqui está um ministro que sabe, ele próprio, ter sido designado por Cristo e comissionado com os mistérios do evangelho. Que grandiosa coisa! E, contudo, que coisa pequena é aos olhos do mundo – algumas vezes também aos olhos da igreja. Que pode fazer e dizer o ministro? “O que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”.

No final, o que importa é a fidelidade ao Senhor. “Quem é, pois o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Mat 24.45,46).

O ministro, porém, pode perguntar: “Senhor, se tu tens me enviado e eu estou falando fielmente, por que esta grande obra parece não ser bem sucedida?”. Aqui o ministro deve permanecer com Paulo: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus... cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” (I Cor 3.6,8). O Senhor da seara o enviou para plantar, mas não para ver uma vasta colheita? Então, seja devotado à honra de plantar e regar para o Senhor. Spurgeon uma vez colocou assim: “Sua esfera pode ser muito limitada. Isto não importa; mas importa que você seja fiel ao Senhor”. Ministro seja devotado a sua grande obra, pois não há “coisa pequena” a ser encontrada, fazendo o que o Senhor o enviou a fazer.

Como em nossos dias veremos um retorno a uma visão elevada do ministério? Deveria começar com o próprio ministro. Ele deve ter a ousadia dada por Deus para permanecer diante do povo de Deus, sabendo em sua própria consciência que ele é um ministro de Cristo. “Ele me enviou para falar e mostrar para vocês grandes coisas da sua Palavra. Por isto é que vocês devem ouvir”.

Hoje não vemos o parlamento sentado aos pés de um Owen. O povo de Boston não se extasia mais com as palavras de um Jonh Cotton. Mas, os ministros ainda são honrados quando verdadeiramente servem a Cristo. Possam os servos do Senhor magnificar seus ofícios por suas vidas santas, por sua pregação poderosa e por seu devotamento à maior obra de todas! Possam as igrejas apreciá-los altamente, em amor, por causa do trabalho que realizam (I Ts 5.13)!



sábado, 13 de março de 2010


10 Dicas para Melhorar Seu Casamento

Pr. Josué Gonçalves

Se você deseja melhorar o seu casamento, diariamente precisa tomar atitudes nesse sentido. Veja algumas atitudes que você poderia tomar a partir de hoje no seu casamento. Se cada cônjuge fizer a sua parte, ambos experimentarão uma relação conjugal bem melhor.

1.TRATE O SEU CASAMENTO DE FORMA SINGULAR.

Não existe nenhum outro igual ao seu. É preciso, porém, determinar o que é o casamento e o que queremos do casamento.

2.JOGUE FORA, DE VEZ EM QUANDO, O RESTO DE LIXO DO SEU CASAMENTO.

Nosso problema nesse sentido consiste em juntar até não caber mais, queixas, mágoas, até se tornar insuportável. Viva o seu presente.

3.AJUSTE AS FINANÇAS COMO UM BEM COMUM.

Aprenda a manusear o dinheiro como sendo da família, e não de um em particular. Cuidado com as ambições e o secularismo. Ponha Deus em primeiro lugar nas suas finanças.

4.REVIGORE A COMUNICAÇÃO FAMILIAR.

Desenvolva o senso de humor como uma necessidade diária. Relembre o seu estilo galanteador, e renove a alegria da sua casa todas as manhãs. Cuidado com o 'nunca' e 'sempre'.

5.DESCUBRA A ALEGRIA DO LAZER FAMILIAR.

Trabalhar é importante, mas não se esqueça do lazer. Passeio com o seu cônjuge ou com sua família. Faça aquele passeio que há muito tempo estão planejando. Descubra formas criativas de lazer na sua própria casa ou na sua cidade.

6.EXERCITE O DIÁLOGO CONJUGAL ATÉ O FIM.

Evite o desabafo com vizinhos e colegas. Faça tudo que puder porque o divórcio é muito 'caro'.

7.REALIZEM NOVAS LUAS DE MEL SEM OS FILHOS

Use a sua imaginação indo a um lugar próximo ou a um hotel mais barato ou por poucos dias. Desvencilhe-se do excesso de apego aos filhos. Mantenha sempre a diferença entre a relação paterno-filial.

8.APRESENTE A SUA VOLUNTARIEDADE NOS SERVIÇOS DOMÉSTICOS

Antes de pensar que é o homem ou a mulher, lembre-se que são uma só carne. Descubra o prazer da ajuda mútua. Isto equilibra as forças de poder e mando e as relações afetivas.

9.CONTINUE INCENTIVANDO SUA RELAÇÃO AFETIVO-SEXUAL.

A relação sexual está para o casamento como a calda de ameixa está para o pudim. Em muitos lares é como se o fogo da paixão afetiva já estivesse apagado. Lembre-se dos dias do fogão a lenha, um abano mantinha o fogo aceso e portanto a chama mais duradoura. Contudo a relação sexual depende da felicidade da relação afetiva e permanente.

10.PARTILHE COM O CÔNJUGE E SEUS FILHOS TODA EXPERIÊNCIA DO SEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL BÍBLICO.

Relembre a decisão de Josué e o testemunho de Noé e ponha Deus em primeiro lugar na sua família. Seja um sacerdote como Jó que apresentava seus filhos em oração a Deus porque podiam ter pecado (Jó 1:5). Relembre Deuteronômio 6 e ensine e pratique a vontade de Deus na sua palavra, sem materialismo, farisaismo, hipocrisia ou fanatismo, mas a palavra pura e simples, de Deus.


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Pr. Davi Liepkan


Existem muitas mentiras
neste mundo, as quais de tanta repetição passam a soar como verdade. Existem mentiras a respeito de Deus e a vida eterna, que soam como verdade, mas estão aí para enganar a quem se deixar levar por elas. Talvez você esteja vivendo e se relacionando no campo da religião debaixo de mentiras. Quero destacar algumas dessas mentiras:

A MENTIRA DE QUE A "VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS" -

Isaías 55.8

Essa frase é um ditado popular, mas é mentira. É antiga, mas é mentira. Se você acha que onde existem mais pessoas concordando entre si sobre alguma coisa, que ali está a razão, você está enganado. E existe um versículo bíblico pra confirmar isso. É Deus falando através do profeta e dizendo: "Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara o Senhor. Isaías 55.8.

Então se você está se perguntando como descobrir "a voz de Deus", saiba de uma coisa: A voz de Deus incomoda. Deus não fala aquilo que nós queremos ouvir. E talvez você já tenha vivido grande parte da sua vida achando que Deus tem que dizer aquilo que você quer ouvir. A Palavra de Deus fala sobre pecado. Falar sobre pecado não enche igrejas, mas temos de ser fiéis à Palavra. Hoje o Senhor quer lhe dizer que você tem que mudar, tem que se render a Ele e deixar-se ser transformado. Se há alguém que quer que você acredite que a voz do povo é a voz de Deus é o Inimigo. Não acredite nessa mentira.


A MENTIRA DE QUE DEUS NÃO CASTIGA PORQUE É AMOR

. 2Ts 1.6-9

Essa mentira já possui um pouco mais de "teologia". Você abre a Bíblia e descobre que Ele é realmente amor. Então essa idéia mentirosa, que parece até exaltar a Deus, pode afastar você dEle. Quando você acredita que pode continuar fazendo o que bem entender, sem ter um elacionamento legítimo com Deus, que não vai lhe acontecer nada porque "Deus é amor", você estará vivendo uma mentira. Mas veja o que a Bíblia diz na segunda carta que Paulo escreveu aos Tessalonicenses: 6 É justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes causam tribulação, 7 e dar alívio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. 8 Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. 9 Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder. (2Ts 1.6-9)

Deus é amor , mas Ele também é justo. Se você estiver pensando em procurar uma igreja que apenas fale do quanto você pode "lucrar" com a fé, você estará dando ouvidos a mentiras. A Bíblia fala de um Deus que ama, mas que castiga exatamente porque ama.


A MENTIRA DE QUE TODOS SERÃO SALVOS UM DIA

Essa idéia de que todos serão salvos é chamado na teologia de "universalismo". Seria muito bonito se não fosse mentira; dizer que todos os seres humanos, não importa a fé, não importa a vida, acabarão salvos. Veja o que a Bíblia diz a respeito disso em Marcos 15.16: "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não não crer será condenado".

Só existem dois destinos para os seres humanos e não adianta tentar distorcer a Palavra para tentar fazer com que Deus pareça bom. Ele é bom! Não precisamos tentar melhorar a imagem de Deus. Nós é que somos falhos e injustos e ponto final. Qual será o seu destino: salvação ou perdição?

A MENTIRA DE QUE BASTA UMA VIDA MORAL PARA SER SALVO

Esta mentira diz que se você não fizer coisas erradas, que se você levar uma vida moralmente correta, que isso lhe garantirá a salvação eterna. Basta isso. Mas Hebreus 11.6 diz o seguinte: "Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam". Segundo esse texto você pode viver sem fazer coisas moralmente erradas, mas é preciso se aproximar de Deus através da fé em Cristo. Não adianta viver numa pureza moral, sem contudo crer em Cristo como seu salvador. Essa mentira relaciona-se coma a mentira seguinte:

A MENTIRA DE QUE A SALVAÇÃO SE CONSEGUE FAZENDO O BEM

Essa mentira diz que você pode errar, pecar como qualquer ser humano, mas precisa parar em algum momento para fazer o bem. Se você fizer isso, estará redimido. É a salvação pelas obras.

A melhor mentira é aquela que é "meia mentira". E essa cumpre este requisito. Quem vai negar que a Bíblia espera que o cristão faça o bem? Claro que é bom fazer o bem. Mas não é através de boas obras que se consegue a salvação: Veja o que a Bíblia diz: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie". ( Efésios 2.8-9) Não há nada que você e eu possamos fazer para merecer a salvação. Seremos corretos e bons porque já somos salvos e não pra sermos salvos.

Então podemos chegar à algumas conclusões. Mentiras existem muitas. Mas você precisa ser liberto dessas mentiras. Veja o que diz o texto: Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará". (João 8.31-32).

Existem pessoas que estão presas espiritualmente falando porque estão basendo a sua vida espiritual em mentiras.

Talvez você tenha passado grande parte da sua vida acreditando em alguma mentira como essas que acbamos de enumerar. Mas o convite e o desafio feito a você hoje é que você se liberte dessas mentiras por conhecer a Verdade que é o próprio Senhor Jesus Cristo.