O HOMEM CRISTÃO CONTRA O MUNDO!
quarta-feira, 4 de maio de 2022
O HOMEM CRISTÃO CONTRA O MUNDO!
sexta-feira, 11 de março de 2022
Casados, porém Sozinhos
Pr. Alan Kleber
“A tentação de muitos, debaixo de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em sua caverna no inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente com o apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida.” (A. Nicodemus).
É possível ser casado, mas ao mesmo tempo sentir-se sozinho, isolado? Parece uma pergunta estranha, porém o isolamento acontece até mesmo entre pessoas tão íntimas como marido e mulher. Com isso não quero dizer que ficar sozinho às vezes é algo inerentemente mal. Quando Jesus nos ensina a respeito da oração devocional e particular, por exemplo, ele nos diz que isso deveria ser feito secretamente (Mt 6.6). Ele mesmo procurava lugares isolados quando necessitava orar ao Pai e desfrutar de comunhão com Ele.
Contudo, o isolamento a que me refiro é fruto do espírito da época em que vivemos e que está separando o marido de sua mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de produzir intimidade, companheirismo e amizade.
A sociedade brasileira pós-moderna caracteristicamente veem fragmentando ou colocando em compartimentos as relações interpessoais a ponto de vivermos por vezes isolados. As pessoas podem viver numa mesma casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas delas. A situação é ainda mais grave quando refletimos e consideramos que fomos criados como seres sociais. As consequências trágicas, portanto de se viver em isolamento geralmente provoca tristeza, ansiedade, angústia e depressão, e, em casos extremos, o suicídio.
Que fatores têm contribuído para que maridos e esposas se sintam cada vez mais solitários?
(1) Cosmovisões diferentes tendem a separar os casais. No mundo em que vivemos as diferentes percepções da vida, da fé e da família com sua diversidade de sistemas e valores tão complexos separam os casais. Esse é um problema antigo, mas que com o passar dos séculos vem se agravando à medida que as pessoas nascem e crescem sob visões de mundo completamente diferentes.
(2) A pós-modernidade tem passado a ideia de que o casamento é um relacionamento na base do meio a meio. Você paga as contas e eu a prestação da casa. Eu pago a escola dos meninos e você o supermercado. No primeiro domingo eu vou para a igreja, mas no próximo eu descanso e você é quem vai! Isto é, cada um dá um pouco de si. Mas será que isso funciona de verdade? A Bíblia nos ensina que o padrão cristão não é meio a meio (50/50), mas 100/100. O casamento cristão envolve uma total entrega (Ef 5.22-33). Eu não posso dar uma parte do meu tempo, da minha vida, mas investir tudo de mim em favor do meu cônjuge.
(3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal. Quando eu busco a minha própria realização pessoal e deixo meu cônjuge de lado, estou sendo egoísta. Acreditar que o marido pode obter sucesso independentemente do apoio e colaboração de sua mulher e ainda manter um bom casamento é uma ilusão bastante comum em nossos dias. Na prática, isso nunca dá certo.
4) Problemas não resolvidos. Quando o casal guarda as mágoas do passado, não resolvendo problemas pendentes, a tendência é cada um viver em sua própria “ilha”, isolado. Pesquisas mostram que grande parte dos casais que passam por experiências traumáticas que não são devidamente tratadas, se separam ou se divorciam.
(5) A popularização da infidelidade conjugal. A mídia tem se ocupado em popularizar a ideia de que a traição é algo normal. Não somente o adultério consumado, mas o adultério emocional (exemplo: uma amizade muito íntima com alguém do sexo oposto) provoca o isolamento entre os cônjuges. A infidelidade começa sempre no coração (Mt 5.28).
(6) O estilo de vida frenético. O ritmo de vida acelerado do mundo atual contribui para que cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos outros. Quase não temos tempo para conversar com o nosso cônjuge ou nossos filhos sobre o que fazemos no dia-a-dia.
(7) Outro fator é nosso hábito cada vez mais comum de eliminar o contato humano preferindo os atuais meios de comunicação. O hábito brasileiro de assistir TV é um problema muito mais grave do que aparece na tela. Membros de uma família podem estar juntos na mesma sala assistindo TV, e estar perfeitamente isolados uns dos outros. Você já percebeu que a grande maioria dos moradores das grandes cidades mesmo cristãos raramente conhece seus vizinhos? Todo o moderno sistema de comunicação produzido atualmente pela sociedade tende a eliminar cada vez mais o contato humano: Internet, email, redes sociais, etc.
O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos.
O problema é que quanto mais nos isolamos em nossas “ilhas particulares”, mais e mais nos desconectamos uns dos outros. Como o casal cristão deve encarar esse desafio imposto pela pós-modernidade? Os cristãos precisam perceber que se não tomarem as providências necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por viver isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais casados têm sexo, mas não amor; isso quando ainda tem sexo! O erro típico que muitos casais cometem é não antecipar que os problemas mencionados acima podem ocorrer com eles. E quando os problemas surgem, são apanhados de surpresa![1]
Como os casais cristãos podem vencer o isolamento?
(1) Aproximando-se mais de Deus. Quando buscamos uma maior intimidade com o Senhor através da leitura da Bíblia e oração diária somos capacitados por Deus para nos aproximar do nosso cônjuge. Isso me faz lembrar a ação graciosa de Deus quando foi ao encontro de Adão e Eva. O pecado poderia ter causado o isolamento entre os nossos primeiros pais, mas a comunhão restauradora do Senhor trouxe aos seus corações esperança.
(2) Planejando bem o tempo juntos. Procure gastar tempo com seu cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam. Eu sei que em geral os homens gostam de assistir futebol e as mulheres de filmes românticos. Entretanto, planejando bem a qualidade do tempo que passamos juntos enquanto casal, conversando, passeando, viajando ou fazendo qualquer outra coisa em comum quebrará toda e qualquer ideia de viver isolado.
(3) Exercitando o perdão e buscando a reconciliação. O seu cônjuge pode estar isolado porque você o ofendeu ou magoou. Na vida conjugal é preciso em alguns momentos deixar o orgulho e a vaidade de lado, pedir perdão e buscar a reconciliação com aquele(a) que tanto amamos. A Bíblia nos ensina: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo” (Ef 4.32).
(4) Buscando ajuda espiritual. Quando a coisa apertar não deixe de buscar ajuda espiritual. Pastores, presbíteros* e conselheiros cristãos são vocacionados por Deus para apascentar as famílias oferecendo por meio da Bíblia apoio e soluções para momentos de crise conjugal.
Não deixe que o isolamento acabe a alegria e o prazer do seu casamento. Parece estranho, mas casados também podem ser felizes juntos!
[1] LOPES, Augustus Nicodemus. Maridos solitários, esposas solitárias. http://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos.
* MINHA NOTA: Pastores e presbíteros, na Biblia, são o mesmo.
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quarta-feira, 2 de março de 2022
Casamento: Bênção ou Pressão?
- Se você ainda não tem condições de casar porque ainda não reúne as condições financeiras para isso, mas insiste em se relacionar com alguém você está em pecado diante de Deus.
- Se você ainda não casou, mas seu relacionamento (namoro) permite carícias íntimas que incitam a libido você está em pecado grave diante de Deus.
- Se você está se relacionando com alguém que professa outra fé que não a exclusiva fé em Cristo segundo a Bíblia, você está cometendo um verdadeiro suicídio espiritual.
sábado, 12 de fevereiro de 2022
A Reforma Começa em Casa
A necessidade de Reforma na Igreja é absoluta. Há desmandos, desvios, devaneios e engano por toda parte assolando a Noiva de Cristo.
Ao ser perguntado onde reside o problema, o crente é rapidamente (e corretamente) levado a apontar o dedo para Adão e Eva. Mas eu creio que Adão, primordialmente, foi responsabilizado em Gn. 3:17, de onde deriva um ensinamento que nós, homens (sexo masculino e não a humanidade), precisamos assimilar.
Quero advogar que qualquer Reforma que precisarmos estabelecer na Igreja só poderá ser completa se começar em casa. A família precisa ser conduzida pela Palavra de Deus e cada membro da casa deve entender o papel que Deus estabeleceu na Bíblia.
Mas esse breve artigo, como já indicado, tem endereço certo: o homem! Não apenas Adão recebe a responsabilidade pela queda, - mesmo Eva tendo sido aquela que foi enganada (I Tm. 2:14) - mas nesse texto (I Pe. 3:7), o Apóstolo trata da responsabilidade do homem na casa. Dele, vejamos alguns princípios:
• Viver a vida comum do lar
Há a idéia errada de que o casamento correto é de um senhor e uma escrava, onde a mulher serve apenas para satisfazer os desejos do seu homem; mas Pedro, sem negar que a responsabilidade da casa seja tarefa feminina, não o faz sem declarar que o homem deve, sim, participar com alegria e disposição da vida comum do lar.
• Viver a vida comum do lar com discernimento
Esse talvez seja o ponto mais difícil, pois o discernimento requer compreensão; e todos sabemos que compreender as criaturas femininas é tarefa para gênios. :) Brincadeiras à parte, é dever do homem buscar entender a sua esposa, o que o leva ao próximo ponto:
• Ter consideração pela mulher, como parte mais frágil
Há uma imprecisão no significado de ser a parte mais frágil, contudo, quando os homens assumirem realmente o seu papel, as mulheres compreenderão que é grande privilégio para elas serem assim, frágeis; pois o homem precisa tratá-la com dignidade, cuidando, protegendo, provendo, assumindo sempre toda responsabilidade, assim como Cristo assumiu toda responsabilidade (e até mesmo) a culpa por todos os erros de sua noiva: a Igreja.
• Porque sois juntamente herdeiros da mesma graça
Longe de Pedro entender que as mulheres são inferiores, ao contrário, elas devem ser consideradas Rainhas da casa e bem cuidadas pelo marido, uma vez que são herdeiros da mesma graça de vida. Há aqui uma interdependência, como Paulo ensina em I Cor. 11:11 que nem a mulher é independente do homem e nem o homem é independente da mulher.
• Para que não se interrompam as vossas orações
E aqui termina esse versículo, trazendo a maior responsabilidade do homem: Cuidar para que a vida espiritual e piedosa da família seja levada de forma perfeita no lar. Ele é responsável por preservá-la de forma linda e sem ruga (Ef. 5) espiritualmente para Deus.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Esposo: O Cabeça da Família
Marido, Profeta e Sacerdote
Edmilson Soares
O marido deve
cuidar da manutenção da família (I Tm 5.8). Têm a responsabilidade de prover as
necessidades da família. Foi destinado por Deus para ocupar a posição de
autoridade e governo no casamento (Ef 5.23).
Como
exercer a autoridade determinada por Deus
· Gritar,
mandar, exigir obediência por imposição, não é autoridade; é ser ditador. Para
exercer autoridade, requer-se: sabedoria, ou, não terá respeito da
família.Exercer autoridade é tomar decisões sempre em conjunto com a esposa.
Exercer autoridade é ter responsabilidade diante de Deus pela família. A
autoridade do marido sobre a sua esposa e filhos é espiritual e lhe é conferida
por Deus.
DEVERES DO
MARIDO
O Marido têm o
dever administrativo de governar bem a sua própria casa e criar os filhos
"sob a disciplina, com todo o respeito" (I Tm 3.5-7). O marido têm o
dever de buscar orientação do Senhor na administração do orçamento do lar (Sl
127.1).
O Marido
deve ser o cabeça (Ef 5.23)
No exercício
como cabeça, deve ter autoridade; ser o pastor da casa, o sacerdote maior da
família; deve ser o cabeça, como Cristo o é da Igreja.
O Marido
deve cuidar da vida espiritual da sua esposa
O Marido
cristão deve ser o pastor de sua própria mulher. O marido cristão deve dar
honra à sua mulher, como vaso mais fraco (1 Pe 3.7), procurando não tratá-la
com amargura (Cl 3.19).
O Marido
deve tratar a esposa com elegância e afabilidade ( Cl 3.19).
O marido não
deve tratar a esposa com: aspereza, má vontade, rabugice. Deve tratá-la com
dignidade. O Marido deve considerar a mulher a parte mais frágil. O marido não
deve sobrecarregar a mulher nem física e nem emocionalmente.
A
ESPOSA COMO AUXILIADORA (ADJUTORA)
A mulher é
diferente. Foi criada com o propósito de completar afetuosamente alguém ( 1 Co
11.9). Para preencher o vazio, existente no íntimo do homem (Gn 2.20).
Deus criou
a mulher para ser Auxiliadora de que ?
Auxiliadora no
sentido afetivo. Auxiliadora no sentido social (conservar a imagem do marido,
como homem diante da sociedade e da igreja). Auxiliadora no sentido
profissional. Auxiliadora no sentido espiritual ( "Boa Samaritana").
A esposa e
o seu relacionamento com o seu Esposo
Para ser companheira
precisa estar enxertada em Jesus (Jo 15.5). A sua personalidade precisa ser
controlada por Jesus. Precisa ser submissa primeiramente ao Senhor, para poder
ser ao Esposo (Ef 5.22).
Note: Ser
"submissa" é imperativo e não condicional (Veja 1 Co 11.3; Cl 3.18;
Tt 2.5; 1 Pe 3.1).
DEVERES E
RESPONSABILIDADE DA ESPOSA
Deve respeitar
seu marido como líder, como o seu protetor e como o cabeça da família (Ef
5.33), com "obediência" e "sujeição".
Note: O Esposo
têm a responsabilidade de amar e honrar a esposa como o vaso mais fraco (1 Pe
3.7).
Deve ser
fiel a seu marido
Deve ser leal,
firme nas afeições e sentimentos. Deve ser esposa de um único homem, o seu
marido. Dever lembrar-se da promessa feita diante do altar de Deus: "até
que a morte nos separe". Deve ser virtuosa ( Pv 31.10-31). Qualidades da
mulher virtuosa. Ela é laboriosa (vv 13, 19, 24). É ajuizada (vv 16,18). É
forte fisicamente (v. 17). É boa dona de casa (vv 15,21, 27). É sabia (v. 26).
É boa mãe (v. 28). É boa esposa (vv 11, 12, 23, 28). É temente ao Senhor (v.
30).
A mulher
virtuosa: conserva a roupa do seu marido bem cuidada; cumpre com todos os
deveres diários; levanta cedo para servir o café ao marido que vai para o
trabalho; a sua roupa revela sempre modéstia e submissão a Deus. A esposa como
boa dona de casa, deve ter uma casa organizada. A esposa como dona de casa,
deve ser boa administradora do lar.
DEVERES
CONJUGAIS: CASAIS PAGANDO SUA DÍVIDAS
O sexo é
santo dentro dos laços do matrimônio.
Quem deu a
esposa ao homem foi o próprio Deus, com a finalidade de: complemento afetivo e
ser instrumento de procriação. O sexo dentro do casamento não é pecaminoso,
pois, Deus ordenou a Adão e Eva que tivessem filhos e enchessem a terra (Gn
1.27-28). O sexo quando corretamente praticado, não produz qualquer
contaminação, mas, os que se ocupam de relações sexuais impróprias quer sejam
casados ou solteiros, descobrirão que Deus está contra eles em julgamento. A
relações sexuais devem serem regulares e contínuas. Não pode haver barganhas
sexuais entre pessoas cristãs ( "não terei relações a menos que você ...
").
Fora do
matrimônio o sexo é grave pecado
· Três
palavras definem a prática do sexo fora do matrimônio (fornicação, adultério e
prostituição).
a) Fornicação
é a relação sexual entre os não casados ( 1 Co 5.1). (a maior incidência desse
tipo de pecado é entre namorados).
b) Adultério é a prática do sexo por casados, com não cônjuges. O adultério
lesa o direito do outro cônjuges.
c) Prostituição é a prática do sexo por dinheiro. Se a esposa se mostrar
indisposta e o marido oferecer qualquer vantagem econômica financeiro à esposa,
estará seduzindo-a à prostituição.
O sexo fora
do normal é abominação
· O normal é o
sexo entre o homem e mulher.
Deveres
Conjugais
· Deveres
conjugais abrangem os deveres sexuais, a prática sexual só é legitima e pura no
matrimônio.
A vida
sexual do casal têm que ser considerada a partir de pelo menos duas óticas:
a) Os cônjuges
deve entender o direito do outro (1 Co 7.3-4) - As obrigações do casal
relacionado ao corpo e ao sexo devem serem cumpridas. O direito sobre o corpo
de um e do outro são iguais. Que nenhum dos dois deve negar a sua participação
na atividade sexual. O esposo deve lembrar que a esposa não é sua escrava e tampouco
existe somente para satisfazer seus desejos. O marido deve se colocar à
disposição do prazer da sua esposa, assim como a esposa deve se colocar à
disposição do prazer do marido.
b) A
abstinência sexual. Somente por consentimento mútuo (1 Co 7.5) - O casal não
deve privar um do outro da atividade sexual, a não ser que ambos estejam de
acordo, por um tempo determinado, para se dedicarem a oração, terminando deve
retornar a sua atividade sexual, para que não seja criado problemas de
relacionamentos nesta área.
A
LEI DO PERDÃO
· Entre o
casal, precisa haver uma vida constante de oração e sobretudo de perdão. As
dificuldades somente serão vencidas se o casal unidos orarem, intercedendo uns
pelos outros. Quem perdoa desiste voluntariamente de certos direitos e não
exige reparação pela mágoa que sofreu. A lei do perdão é clara, é preciso
primeiro perdoar para poder obter o perdão ( Mt 6.14-15).
O que o
perdão não é: Não
é só esquecer. Não é deixar o tempo sarar. Não é o ofendido mudar de idéia. Não
é simplesmente fazer-as-pazes. Não é simplesmente dizer: "eu o
perdôo".
Como
perdoar: Seja
realista. Lembre-se que também foi perdoado. Abra mão dos seus direitos.
Pronuncie o erro. Demonstre ação além das palavras - reparar o erro.
A condição
para obtermos o perdão.
· A lei do
perdão é clara, é preciso primeiro perdoar para poder obter o perdão. Se
perdoarmos as ofensas do homem, receberemos perdão de Deus, se não perdoarmos
as ofensas do homem, não receberemos o perdão de Deus. Perdoar e evitar a
reconciliação conjugal é o mesmo que guardar vestígios de mágoa no coração, é
abrigar amargura no coração.
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
A Comunicação no Casamento
Atender as nossas necessidades e expectativas as do nosso cônjuge, e tudo isso harmoniosamente, tem sido um grande desafio através dos séculos. O primeiro problema de comunicação surgiu no Éden, quando nossos primeiros pais, Adão e Eva pecaram contra Deus. Como filhos de Adão, o pecado também afetou todas as áreas da nossa vida, inclusive a comunicação.
Um casamento bem sucedido é construído e mantido pela ponte da boa comunicação. Para lograrmos êxito precisamos de uma boa comunicação. Para que nossa comunicação seja satisfatória é necessário que cada um expresse seus pensamentos, sentimentos e desejos de modo que o outro ouça e entenda.
Parece simples, mas não é. Pastores e conselheiros afirmam que as queixas mais ouvidas são do tipo: “ele simplesmente não se comunica. Há anos eu tento fazê-lo conversar comigo”. Ou então: “é impossível entendê-la. Não há sintonia entre nós. Portanto, eu desisto, não quero mais viver com ela”.
Surgem então os problemas. As dificuldades de comunicação concebem intermináveis conflitos provocados em sua grande maioria por problemas comuns e básicos. Começamos a nos armar como se fossemos travar uma verdadeira briga contra um terrível inimigo. Mas espere aí! Ele é o nosso próprio cônjuge! E por falar em brigas... Em sua opinião, quais são as principais armas que temos levado à briga? Neste post gostaria de compartilhar com você pelo menos algumas armas que considero extremamente letais para o casamento:
PRINCIPAIS ARMAS CONTRA A COMUNICAÇÃO EFICAZ
1. Memória rancorosa. Conhecida também como “síndrome do baú”, diz respeito às mágoas do passado que guardamos por muito tempo e que trazemos à memória justamente no momento de uma discussão, prejudicando o nosso relacionamento e destruindo a ponte para o diálogo.
2. Frases duras e desnecessárias. Por que precisamos discutir algum assunto ou reclamar de alguma coisa com raiva? Por que gritamos e usamos palavras tão duras? Você já notou que até a expressão de nosso rosto muda quando somos grosseiros. O que ensinamos para os nossos filhos quando agimos assim? O que você faria se alguém entrasse na sua casa no exato momento em que você está brigando com seu cônjuge?
3. Comparações sem nenhum sentido. A esposa se desentendeu com o marido porque ele deixou mais uma vez os sapatos na sala ou não abaixou a tampa do vaso sanitário, mas a discussão se avoluma e sem nenhuma objetividade e inteligência vai parar nas comparações entre as sogras. Pobres sogras, sempre sobra pra elas! As comparações sem sentido são semelhantes à tentativa de se apagar um incêndio com gasolina.
4. Ataques pessoais. Esta é uma arma terrível. Não há coisa mais triste do que ferirmos aquele que prometemos amar, honrar e respeitar com gozações, apelidos e ridicularizações. Os maridos nunca devem rir ou fazer gozações quando estiverem discutindo alguma coisa com sua esposa. Já as mulheres não podem usar o excesso de lipídios abdominais de seu marido para ridicularizá-lo em meio a uma discussão só porque ele é buchudinho[1].
5. Silêncio total. O casal briga e depois fica sem se falar na mesma casa por semanas evitando o encontro. Os filhos percebem e acham tudo muito estranho. Parece que seus pais não se conhecem. Nós maridos somos experts nisso, “matamos na unha” quando ficamos chateados e ainda batemos no peito dizendo: “a nossa melhor arma é o silêncio”. Mas onde fica o diálogo nisso tudo?
O QUE FAZER E NÃO FAZER NA COMUNICAÇÃO?
1. Não levante o passado de seu cônjuge, mas perdoe. O livro de Provérbios diz que “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias” (Pv 21.23). O perdão sincero constrói sólidas pontes para uma comunicação sincera e amorosa entre o casal.
2. Não seja grosseiro, mas educado como se tratasse um estranho. Você já percebeu que dificilmente nós tratamos um estranho com grosserias? Por que deve ser diferente com quem tanto amamos? A Bíblia diz que “O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a luta” (Pv 15.18). Quando usamos a Palavra de Deus em nossa comunicação transformamos uma briga em entendimento pacificador e cheio de perdão (Pv. 15.1).
3. Não conte histórias sem fim, antes seja conciso e objetivo. As diferenças ou divergências sempre existirão, e nós precisaremos sempre enfrentá-las com objetividade. Em meio a uma discussão nunca fuja do foco. Esteja pronto para ouvir, tardio para falar e se irar (Tg 1.19). “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.” (Pv 19.11).
4. Não pague na mesma moeda, antes seja positivo, amável, altruísta (ainda que não sinta vontade). “Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.” (Pv 24.29). As palavras sábias em meio a uma discussão promovem a cura das feridas porque são cheias de amor e de encorajamento (Pv 12.18; 16.24). Nunca demore para perdoar ou pedir perdão.
5. Não fique emburrado, nem dê tratamento silencioso, mas seja cooperador e edifique ao seu cônjuge com suas palavras. Se usarmos a Bíblia como o fundamento da nossa comunicação nós edificaremos quem mais amamos com nossas próprias palavras. O silêncio não pode ser utilizado pelo casal como uma arma da carne. Devemos falar a verdade em amor (Pv 27.5) e sempre ouvir também, pois isso faz muito bem para o relacionamento (Pv 19.20).
COMO MELHORAR A MINHA COMUNICAÇÃO?
(1) Seja dedicado. Se você deseja que o seu cônjuge mude, que ele se comunique, converse com você, tome a iniciativa e mude primeiro. Para essa tarefa duas coisas serão extremamente importantes: esforço e boa vontade. Deus pode realizar por meio de você algo que você nunca imaginou.
(2) Seja humilde, reconheça suas limitações e ore. Deus em sua soberania planejou tudo de maneira tão sábia que a nossa santificação ou aperfeiçoamento em santidade de vida só acontecerá se antes de nos comunicarmos com o nosso cônjuge exercitamos a nossa comunicação com Deus. A realidade é que temos orado muito pouco. A pergunta é: Quanto tempo você tem gastado em oração por seu marido ou esposa? A oração nos faz mais humildes, mais dependentes de Deus e da sua graça. O exercício da humildade nos leva à submissão, quebra o nosso orgulho, nos transforma em servos uns dos outros.
(3) Busque sempre bons conselhos. Não fique ilhado. Todos nós precisamos de conselheiros bíblicos, classes de casais, conferências e reuniões para sermos supridos. Os casais mais velhos devem ajudar os casais mais novos. Lembre-se: isso é bíblico.
(4) Estude a Palavra e leia bons livros. Leia e estude a Bíblia. Nela encontramos o padrão divino para a comunicação eficaz no casamento. Utilize bons livros e torne-se um pesquisador do assunto. Muita coisa boa tem sido publicada sobre comunicação em livros cristãos para casais.
CONCLUSÃO
Não existe casamento perfeito, e isto é fato. A razão pura e simples é porque nós não somos perfeitos! Contudo, a Bíblia nos diz que Deus é perfeito e misericordioso. Ele nos revelou em sua Palavra a graça abundante e maravilhosa do nosso Senhor Jesus Cristo, a qual redime e restaura os pecadores e seus casamentos. Ele sempre nos leva novamente ao início de tudo.
Pr. Alan Kleber
[1] No Nordeste, barrigudinho.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
domingo, 5 de setembro de 2010
A justiça começa em casa... na cama!
