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sexta-feira, 11 de março de 2022

Casados, porém Sozinhos

 Casados, porém Sozinhos

wife-alone

                                                                                                                                        Pr. Alan Kleber

A tentação de muitos, debaixo de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em sua caverna no inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente com o apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida.” (A. Nicodemus).

É possível ser casado, mas ao mesmo tempo sentir-se sozinho, isolado? Parece uma pergunta estranha, porém o isolamento acontece até mesmo entre pessoas tão íntimas como marido e mulher. Com isso não quero dizer que ficar sozinho às vezes é algo inerentemente mal. Quando Jesus nos ensina a respeito da oração devocional e particular, por exemplo, ele nos diz que isso deveria ser feito secretamente (Mt 6.6). Ele mesmo procurava lugares isolados quando necessitava orar ao Pai e desfrutar de comunhão com Ele.

Contudo, o isolamento a que me refiro é fruto do espírito da época em que vivemos e que está separando o marido de sua mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de produzir intimidade, companheirismo e amizade.

A sociedade brasileira pós-moderna caracteristicamente veem fragmentando ou colocando em compartimentos as relações interpessoais a ponto de vivermos por vezes isolados. As pessoas podem viver numa mesma casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas delas. A situação é ainda mais grave quando refletimos e consideramos que fomos criados como seres sociais. As consequências trágicas, portanto de se viver em isolamento geralmente provoca tristeza, ansiedade, angústia e depressão, e, em casos extremos, o suicídio.

Que fatores têm contribuído para que maridos e esposas se sintam cada vez mais solitários?

(1) Cosmovisões diferentes tendem a separar os casais. No mundo em que vivemos as diferentes percepções da vida, da fé e da família com sua diversidade de sistemas e valores tão complexos separam os casais. Esse é um problema antigo, mas que com o passar dos séculos vem se agravando à medida que as pessoas nascem e crescem sob visões de mundo completamente diferentes.

(2) A pós-modernidade tem passado a ideia de que o casamento é um relacionamento na base do meio a meio. Você paga as contas e eu a prestação da casa. Eu pago a escola dos meninos e você o supermercado. No primeiro domingo eu vou para a igreja, mas no próximo eu descanso e você é quem vai! Isto é, cada um dá um pouco de si. Mas será que isso funciona de verdade? A Bíblia nos ensina que o padrão cristão não é meio a meio (50/50), mas 100/100. O casamento cristão envolve uma total entrega (Ef 5.22-33). Eu não posso dar uma parte do meu tempo, da minha vida, mas investir tudo de mim em favor do meu cônjuge.

(3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal. Quando eu busco a minha própria realização pessoal e deixo meu cônjuge de lado, estou sendo egoísta. Acreditar que o marido pode obter sucesso independentemente do apoio e colaboração de sua mulher e ainda manter um bom casamento é uma ilusão bastante comum em nossos dias. Na prática, isso nunca dá certo.

4) Problemas não resolvidos. Quando o casal guarda as mágoas do passado, não resolvendo problemas pendentes, a tendência é cada um viver em sua própria “ilha”, isolado. Pesquisas mostram que grande parte dos casais que passam por experiências traumáticas que não são devidamente tratadas, se separam ou se divorciam.

(5) A popularização da infidelidade conjugal. A mídia tem se ocupado em popularizar a ideia de que a traição é algo normal. Não somente o adultério consumado, mas o adultério emocional (exemplo: uma amizade muito íntima com alguém do sexo oposto) provoca o isolamento entre os cônjuges. A infidelidade começa sempre no coração (Mt 5.28).

(6) O estilo de vida frenético. O ritmo de vida acelerado do mundo atual contribui para que cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos outros. Quase não temos tempo para conversar com o nosso cônjuge ou nossos filhos sobre o que fazemos no dia-a-dia.

(7) Outro fator é nosso hábito cada vez mais comum de eliminar o contato humano preferindo os atuais meios de comunicação. O hábito brasileiro de assistir TV é um problema muito mais grave do que aparece na tela. Membros de uma família podem estar juntos na mesma sala assistindo TV, e estar perfeitamente isolados uns dos outros. Você já percebeu que a grande maioria dos moradores das grandes cidades mesmo cristãos raramente conhece seus vizinhos? Todo o moderno sistema de comunicação produzido atualmente pela sociedade tende a eliminar cada vez mais o contato humano: Internet, email, redes sociais, etc.

O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos.

O problema é que quanto mais nos isolamos em nossas “ilhas particulares”, mais e mais nos desconectamos uns dos outros. Como o casal cristão deve encarar esse desafio imposto pela pós-modernidade? Os cristãos precisam perceber que se não tomarem as providências necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por viver isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais casados têm sexo, mas não amor; isso quando ainda tem sexo! O erro típico que muitos casais cometem é não antecipar que os problemas mencionados acima podem ocorrer com eles. E quando os problemas surgem, são apanhados de surpresa![1]

Como os casais cristãos podem vencer o isolamento?

(1) Aproximando-se mais de Deus. Quando buscamos uma maior intimidade com o Senhor através da leitura da Bíblia e oração diária somos capacitados por Deus para nos aproximar do nosso cônjuge. Isso me faz lembrar a ação graciosa de Deus quando foi ao encontro de Adão e Eva. O pecado poderia ter causado o isolamento entre os nossos primeiros pais, mas a comunhão restauradora do Senhor trouxe aos seus corações esperança.

(2) Planejando bem o tempo juntos. Procure gastar tempo com seu cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam. Eu sei que em geral os homens gostam de assistir futebol e as mulheres de filmes românticos. Entretanto, planejando bem a qualidade do tempo que passamos juntos enquanto casal, conversando, passeando, viajando ou fazendo qualquer outra coisa em comum quebrará toda e qualquer ideia de viver isolado.

(3) Exercitando o perdão e buscando a reconciliação. O seu cônjuge pode estar isolado porque você o ofendeu ou magoou. Na vida conjugal é preciso em alguns momentos deixar o orgulho e a vaidade de lado, pedir perdão e buscar a reconciliação com aquele(a) que tanto amamos. A Bíblia nos ensina: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo” (Ef 4.32).

(4) Buscando ajuda espiritual. Quando a coisa apertar não deixe de buscar ajuda espiritual. Pastores, presbíteros* e conselheiros cristãos são vocacionados por Deus para apascentar as famílias oferecendo por meio da Bíblia apoio e soluções para momentos de crise conjugal.

Não deixe que o isolamento acabe a alegria e o prazer do seu casamento. Parece estranho, mas casados também podem ser felizes juntos!



[1] LOPES, Augustus Nicodemus. Maridos solitários, esposas solitáriashttp://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos.

* MINHA NOTA: Pastores e presbíteros, na Biblia, são o mesmo.


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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Abstinência Sexual Antes do Casamento... Isso é Mesmo Relevante?

 Abstinência Sexual Antes do Casamento... Isso é Mesmo Relevante?

                                                                                                                                                                Pr. Charles

Estudo recente mostrou que casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo a revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia. Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais. As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).

O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento. Segundo ele, “casais que chegam à lua de mel cedo demais – isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento – frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis”. Veja a matéria na íntegra no seguinte link:

http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2010/12/28/interna_internacional,200528/abstinencia-antes-do-casamento-melhora-vida-sexual-diz-estudo.shtml )

E a Bíblia com isso?

É interessante como as pessoas dão valor a determinadas informações só porque saíram de uma revista científica. A Bíblia sempre falou isso e deveriam ter dado o crédito a ela. A Bíblia diz que a vontade de Deus é a nossa santificação e que nos abstenhamos da prostituição (no original, pornéia, “impureza sexual” – 1Ts 4.3 - que inclui a fornicação). A fornicação é a relação sexual entre solteiros, ou seja, a relação sexual sem que haja a aliança entre ambos ou o compromisso formal do casamento. Por que isto é errado? Primeiro, porque a fornicação perverte o padrão estabelecido por Deus na Criação, de que homem e mulher se unissem em matrimônio a fim de suprirem-se mutuamente e se multiplicarem. Uma das razões porque Deus mandou o dilúvio foi o fato de se casarem e se darem em casamento (Lc 17.27 – casamento aqui não tem a mesma conotação que hoje em dia. Casamento naquele tempo tinha o sentido de relação sexual mesmo. A idéia é a de que as relações sexuais eram sem compromisso, conforme Gn 6.2,3). O plano de Deus para o sexo é dentro do casamento (Gn 2.24,25), em relacionamento de amor, compromisso e fidelidade. O sexo em santidade na Bíblia está envolvido com a idéia de aliança do casamento. O casamento, por sua vez, é comparado ao relacionamento de Cristo com a Igreja. Paulo disse que a impudicícia nem sequer deveria ser nomeada entre os crentes (Ef 5.3). A impureza sexual é coisa que não pode sequer ser cogitada entre pessoas cristãs regeneradas e lavadas pelo sangue do Cordeiro. A Bíblia também condena a fornicação no sétimo mandamento (Êx 20.14); na listagem das obras da carne em Gálatas 5.19; na lista de impurezas que brotam do coração (Mt 15.19) e mostra de forma positiva que a abstinência sexual antes do casamento é estar em comunhão com Deus (exemplo de José do Egito - Gn 39.8,9 e Hb 13.4).

Se ainda paira dúvida quanto à relevância da abstinência sexual antes do casamento, cito aqui alguns perigos evitados pela obediência ao princípio bíblico. A abstinência sexual antes do casamento evita a gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, insegurança sexual (“será que sou melhor do que os que ele – ou ela – teve?”), consciência pesada, desapontamento e escândalo (perante os pais, amigos, Cristo). Olhando por outro ângulo, a abstinência sexual provê bênçãos para a verdadeira intimidade no casamento, consciência limpa, bom ambiente para geração de filhos, satisfação e cumplicidade e saúde física.

Há quem diga que a relação sexual entre namorados hoje em dia é questão cultural. Os tempos mudaram... Cuidado com esse pensamento. A vontade de Deus não muda jamais. O que Deus afirmou no passado afirma hoje também porque tem por trás um princípio e uma relação com seu próprio ser perfeito. Porque Deus é eternamente e imutavelmente santo, sempre exigirá santidade por parte dos homens, inclusive na sexualidade.

Mas e se alguém tiver relações sexuais antes do casamento? Há como consertar? Antes de mais nada, lembremos de que a Bíblia diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9). Confesse a Jesus seus pecados. Se arrependa de coração! Peça perdão a Deus e a quem você ofendeu com sua prática. Tome precauções quanto ao namoro, para evitar as tentações. Prefira espaços públicos e freqüentados por muita gente. Evite lugares ermos e jamais namore dentro do carro em lugar escuro.  Evite filmes e programas de televisão com cenas de sexo e fornicação (essas coisas encorajam). Resolva firmemente não contaminar-se com os costumes e idéias populares. Evite namoro muito longo. Procure casar-se logo! Obedeça a Deus e colha os preciosos frutos de sua obediência! Que Deus te abençoe!

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terça-feira, 16 de junho de 2009


A Importância da Sexualidade no Casamento


Pr. Elinaldo Renovato de Lima


Quando Deus fez o primeiro casal, incluiu em sua estrutura emocional e física, os órgãos e o instinto sexual. E o fez com propósitos muito elevados, como tudo que o Criador realizou. Dessa forma, a sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano. Dela, ninguém pode se afastar. Quando alguém diz que é homem ou mulher, está implícita a idéia de sexo, de modo natural. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental, indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges, dentro do plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir um pouco sobre esse importante assunto.


1. VISÃO BÍBLICA DO SEXO


1.1. O SEXO FOI FEITO POR DEUS

- Deus fez o homem, incluindo o sexo, e “viu que tudo era bom” (Gn 1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também fizeram os órgãos sexuais. Aquele que criou a mente, também criou o instinto sexual.

- Jesus, mesmo em sua missão divina, era homem normal, incluindo a sexualidade, santificando-a na pureza e santidade de seu corpo. Ele foi circuncidado ao oitavo dia. Lc 2.21-23. “E o Verbo se fez carne...” (homem) Jo l.l.1

1.2. O PLANO DE DEUS EM RELAÇÃO AO SEXO

- Deus quis, na sua soberania, que o homem participasse DIRETAMENTE da obra da Criação, através da procriação, dando-lhe instrumentos maravilhosos que são os órgãos e o instinto sexual. Nesse plano, observamos os seguintes aspectos, dentro da vontade de Deus:

- O USO DOS ÓRGÃOS SEXUAIS É PRIVATIVO DOS CASADOS.

- A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados. Gn 1.27,28. - Deus não quis que o homem vivesse só. Gn 2.18,24; Sl 68.6;113.9.

- Deus exorta o homem a desfrutar o sexo com a esposa e não com a namorada ou a noiva. Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação do amor conjugal e não entre solteiros. Ct 4.1-12; Ef 5.22-25.


2) A RELAÇÃO SEXUAL DO CRISTÃO

1) SUA NATUREZA

* Prevista por Deus (Gn 1.27-28; 2.24)

* Não era, nem é e nem será pecado (dentro dos princípios de Deus): Hb 13.4;

2) SUA FINALIDADE

o Procriação (Gn 1.27, 28). “De um modo maravilhoso...” (Sl 139.13-16);

o Ajustamento mútuo entre marido e mulher (1 Co 7.1-7);

o O princípio da prevenção (v. 2);

o O princípio do direito mútuo (ou do dever) (v.3);

o O princípio da autoridade mútua (v. 4);

o O princípio do hábito (v. 5).

o Satisfação (bem-estar, prazer): Pv 5.18-23; Ec 9.9; Ver Livro de Cantares de Salomão (4. 1-12;7.1-9);

o Deus valoriza a união sexual entre marido e mulher (Dt 24.5).

3) COMO DEVE SER, NO PLANO DE DEUS

o Exclusiva (Gn 2.24; Pv 5.17);

o Alegre (Pv 5.18);

o Santa (1 Pe 1.15; 1 Ts 4.4-8);

o Natural (Ct 2.6; 8.3);

o Observar o significado do Corpo para Deus como TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO PROPRIEDADE DE DEUS (1 Co 6.19-20).


3. O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO

a) FORNICAÇÃO: prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro (Enc. Bíblica Boyer). O fornicário não entra nos céus. Ef 5.5a; 1 Tm 1.10a; Ap 21.8a.

b) ADULTÉRIO: Relação sexual entre pessoas casadas com pessoas que não são seus cônjuges. Mt. 5.27; Mc 10.9; Rm 13.09. É perigoso. Pv. 5.1-5. Grave pecado.

c) PROSTITUIÇÃO: Num sentido geral, envolve todo o pecado do sexo; num sentido estrito, é a relação com prostitutas. Deus proíbe. Dt. 23. l7. Grave pecado: 1 Co 6.l6. É falta de juízo. Pv 7. 4-10;21, 22,23-27; 1 Co 6.15-18.

d) HOMOSSEXUALISMO: - Relação entre pessoas do mesmo sexo. É abominação ao Senhor. Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18. Vício de Sodoma (Sodomia) Gn 19.5. Deus destruiu cidades por causa disso. Dt 23.17. - Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos abomináveis. l Co 6.9,10. É considerado no NT como “paixão infame”. Rm 1.24-27. O Homossexualismo feminino chama-se LESBIANISMO. Ver Rm 1.26 comparado com 1 Co 1.27: “Semelhantemente...” Desonra a Deus; - Usa o corpo de modo animalesco; desvia a finalidade do corpo; não permite a reprodução do ser humano. Só busca o prazer pelo prazer. É egoísta. A AIDS é uma conseqüência dessa perversão. Infelizmente, o homossexualismo tem chegado até ao meio de diversas igrejas.


4. A SEXUALIDADE NA MEIA-IDADE

- A partir da meia-idade (40-55 anos), começam a surgir dificuldades área sexual. Há uma série de crises: mudanças físicas, emocionais, nervosas, etc.

- A maneira de enfrentar os problemas dessa fase da vida depende da atitude mental de cada um: se confiar em Deus, encara com naturalidade, e vence; se não confia, encara como uma tragédia, e é derrotado;

- O que para uns é o fim, para outros é o começo de uma nova fase da vida, cheia de experiências, realizações e expectativas positivas.

4.1. MUDANÇAS PRÓPRIAS DA MEIA-IDADE

- O aspecto físico muda bastante; o espelho parece CRUEL: gorduras onde não gostaríamos que houvesse; barba ficando cinzenta; pele flácida; rugas; calvície, etc.; isso afeta a sexualidade;

- As energias físicas diminuem, mas a resistência pode permanecer e até aumentar, com o uso proveitoso das energias mentais, levando ao equilíbrio emocional;

- Se ficar preso à juventude, querendo parar o tempo, o homem fica frustrado;

- Se tiver visão espiritual, vai ser grato a Deus por estar na meia-idade, encarando as mudanças como algo normal em sua vida;

- O homem passa a ver a mulher mais velha, menos atraente a seus olhos; há homens que se desesperam, se deprimem, e outros dão lugar à tentação, caindo em pecado de adultério, prostituição, etc. há quem busque refúgio na pornografia, filmes e revistas eróticos, mas isso só aumenta o problema. Grandes homens de Deus caíram na armadilha do sexo.

4.2. OS CUIDADOS NECESSÁRIOS A UMA VIDA SAUDÁVEL

Na meia-idade, mais do que em outro período da vida, é importante que se utilize um plano adequado de desenvolvimento emocional e físico. Não se deve querer competir com os jovens, mas importante uma alimentação apropriada, o exame médico regular, de acordo com a idade; controle emocional, descanso sistemático, bom senso, disciplina, além da saudável prática de exercício físico adequado (caminhadas são as mais recomendáveis).

A Bíblia não condena o exercício físico. Apenas mostra que, em relação à piedade, para pouco aproveita (1 Tm 4.8).


CONCLUSÃO

O homem cristão precisa compreender o valor da sexualidade, e ser grato a Deus por isso. Faz-se necessária uma visão abrangente do tema, de modo a não se deixar levar por conceitos e preconceitos que só fazem prejudicar o bom relacionamento entre as pessoas, principalmente entre marido e mulher, a quem Deus concedeu a bênção da união conjugal, como algo belo, santo e agradável, não só com finalidade procriativa, mas como meio de obter um relacionamento estável, rico em alegria e prazer.


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SANTO SEXO

Pr. Walter Santos Baptista

"Que o marido cumpra os seus deveres a mulher e, do mesmo modo, a mulher para com o marido. Não é a mulher que é dona do seu próprio corpo, mas sim o marido. De igual modo, não é o marido que é dono do seu próprio corpo, mas sim o marido. Não se privem um do outro, a não ser de comum acordo e para se dedicarem durante algum tempo à oração. Depois, voltem outra vez à vossa vida conjugal, para que Satanás vos não faça cair na tentação, por não se saberem dominar" (1Co 7.3-5)

São necessidades básicas do ser humano entre outras: alimentar-se quando tiver fome, beber quando tiver sede, ar quando a respiração fica difícil, descansar quando fatigado, dormir quando com sono, abrigar-se do frio ou do calor, livrar-se da dor, fugir quando for ameaçado e satisfazer o instinto sexual.

Tem-se criado uma verdadeira arte para se satisfazer a fome: a gastronomia; sofisticam-se os anestésicos para o alívio da dor; que se dirá dos confortos térmicos? E com respeito à sexualidade, que se diz? Que ensino é repassado acerca deste fato?

Escapa à imaginação o que já se pensou e ensinou sobre esse tema. Graciano, monge italiano que viveu no final do século 11, pregava que o Espírito Santo saía do quarto quando o casal praticava o ato sexual.

Quanto à abstinência do sexo, era ensinado:

  • Abstinência nos dias santos;
  • E em certos dias úteis, como:
    • Na quinta-feira porque Jesus fora preso numa quinta-feira;
    • Em respeito à crucificação, não se podia ter relações nas sextas-feiras;
    • Não no sábado, porque tradicionalmente é o dia dedicado a Virgem Maria;
    • Naturalmente, no domingo também não seria possível, porque Jesus ressuscitou num domingo;
    • Nem na segunda-feira em respeito aos falecidos.
    • Sobravam a terça e a quarta-feiras.

A Reforma Protestante do século 16 desenvolveu uma Teologia da Sexualidade, observando que o homem e a mulher têm necessidades de ordem sexual a nível físico, emocional e espiritual. A ignorância, a desinformação e a má orientação das idéias, no entanto, foram tamanhas que em algumas comunidades cristãs havia senhoras idosas que eram verdadeiras "evangelistas da frigidez", visitando as noivas antes do casamento para informá-las acerca do que se chamava "os fatos da vida", bem como que o ato sexual era do casamento a parte mais desagradável e detestável. Entretanto, diziam, todas as esposas tinham que se conformar com tal situação. Com esse tipo de iniciação, que moça poderia esperar alegria na vida conjugal?


OS QUATRO AMORES

Os gregos têm uma variedade de palavras para o que traduzimos como "amor": Philia, Storge, Eros e Agape.

Philia é o amor social, amor de amigo, de afinidade, patriótico, cívico. É a necessidade de compartilhar algo com alguém. Envolve afeição, e é o que chamamos "amizade".

Storge é o amor familiar, amor natural de pai para os filhos, do tio para o sobrinho, e vice-versa. Envolve reciprocidade e homogeneidade.

Eros é o amor biológico, físico, sensorial, hormonal, visceral, sensual. É o amor que é atraído pelo charme, beleza, elegância, graça, delicadeza, pelas formas. É boa palavra e define bem o aspecto das diferenças sexuais. O Eros atrai o homem para a mulher e a mulher para o homem. Fora disso é perversão: homem + homem, mulher + mulher, desvios que recebem o nome dehomossexualismo; adulto + criança é pederastia ou pedofilia; ser humano + animal tem o nome de bestialismo. Todas essas perversões encontram reprovação na Escritura Sagrada: Levítico 18.22,23; 20.13,15,16. Eros é o instinto sexual. Paulo apresenta os reclamos do Eros em 1Coríntios 7.2-5 e 1Tessalonicenses 4.3-8.

Agape é o amor que pode salvar o eros da perversão porque o transforma e dá ao amor humano e biológico sua verdadeira dimensão no santo sexo. É o amor como o de Deus, o amor-que-se-dá, o amor-sacrifício, o amor-entrega, o amor eterno, imutável e perfeito. Está nos lábios de Jesus em João 3.16; Paulo o cita em Romanos 5.5; 1 Coríntios 13; e João, o Evangelista, o menciona em 1João 4.16,18. Jesus Cristo é o supremo exemplo de agape, entrega total para a salvação da esposa que é a Sua Igreja (cf. Ef 5.25-33).

Já dá para entender que a soma Storge + Agape é a fórmula ideal para o amor paterno, materno, fraternal, filial e familiar.

E Eros + Ágape, por sua vez, é a receita perfeita para o santo sexo, o casamento do cristão.


UMA TEOLOGIA DA SEXUALIDADE

Uma coisa é o que os médicos, os sexólogos, os psicólogos, os psicanalistas e os terapeutas de casal pensam do sexo. Outra é o que Deus pensa (cf. Gn 1.31).

Muita gente não diz que o corpo veio do Diabo, mas acha que o sexo é mau, sujo e indigno dos filhos de Deus. Olha o exemplo do monge Graciano... Realmente, a sexualidade nunca foi suja e mundana na visão da Bíblia (cf. Ec 9.9). No projeto do reino de Deus, o sexo é expressão da vontade do Pai Celeste.

Gênesis 1.27,28 mostra indivíduos perfeitos, sadios, criados à imagem de Deus, e seus corpos incluem a sexualidade e a capacidade de se reproduzirem, bem como a ordem direta para fazê-lo. De fato, sendo cada ser humano uma imagem criadora, um reflexo do Deus Criador, apresenta no sexo bem praticado, no santo sexo, esse dom de um Deus que ama, cria, recria e faz criar. Os crentes em Jesus Cristo, aliás, devemos ser os mais inteligentes, melhores e mais criativos amantes porque, por trás de tudo os outros seres humanos têm, temos a unção do Agape de Deus.

Pois é; em Gênesis 1.31 "viu Deus que tudo era bom", mas o produto final no seu teste de qualidade deu como resultado"Aprovado! Muito Bom!", porque a masculinidade e a feminilidade são ótimas!

Gênesis 2.24,25 mencionam a expressão "uma só carne" (basar no hebraico; sarx no grego). Entre outros sentidos, basar é a totalidade da pessoa humana (cf. Sl 16.9); sarx é o "corpo" como em 2Coríntios 12.7; Filipenses 1.24 e Gálatas 4.13,14. "Uma só carne" é, assim, união de corpos e de naturezas daqueles que formam o casal.

O ato sexual não é só uma função biológica, é, igualmente, de fundo espiritual (1Coríntios 6.16). Une-se o soma (corpo), com asarx (o mais humano em nós). Por esse motivo, o adúltero peca contra o ser-que-se-forma-no-casamento (1Co 6.18) e viola o seu destino que é glorificar a Deus (vv. 20; cf. v. 13).

Na realidade, a Escritura exalta a felicidade sexual (cf. Pv 5.15-19; Ec 9.7,9; Ct 6.6-12). É o erotismo no contexto do santo sexo, do casamento dos filhos de Deus. 1Coríntios 7.2-5 é, sem dúvida, a mais clara passagem sobre o assunto. Dela, três idéias podem ser extraídas:

  • Os santos têm necessidades sexuais idênticas e definidas. Sexo não é prerrogativa do homem, sendo a sua parceira apenas submissa, passiva , acomodada e silenciosa. Isso viola a natureza, pois, ao contrário do que muitos podem pensar, 1Coríntios 7.3a faz a esposa valer seus direitos.
  • A responsabilidade do marido é satisfazer as necessidades emocionais, sexuais e espirituais da sua santa esposa, e vice-versa. É uma experiência solidária.
  • A satisfação das necessidades sexuais dos santos não entra em conflito com a piedade da vida espiritual. Pelo contrário, vida sexual equilibrada é boa mordomia. Paulo fala, mesmo, em oração no seu comentário sobre esse importante tema (cf. v.5).

É recomendável e altamente conveniente ver com os olhos do outro, pensar com a cabeça do outro. O marido precisa entender o que se passa no coração, cabeça e corpo da sua mulher quanto ao sexo, e ela, por seu lado, necessita compreender que significado tem o sexo para seu esposo. Mulheres que se queixam de que os maridos só pensam em sexo, muitas vezes espelham problemas como a não apreciação das relações, ou a não compreensão das necessidades de seu santo, ou, ainda, a preocupação mais com elas mesmas que com o bem-estar do casal.

Vamos entender: o ato sexual é importante porque satisfaz o instinto do marido. Deus o colocou em nós, portanto pecado não pode ser. O instinto sexual no homem é constante, o que significa que ele não precisa de muito estímulo para ficar preparado.

É importante porque satisfaz o senso de feminilidade da esposa. Nos primeiros dias de casada apresenta-se a insegurança, mas agora isso passou, o ritmo da vida, inclusive o sexual, já é normal ou relativamente normal. Mas é preciso entender o coração da mulher que quer ser amada, vista e sentida como mulher. De fato, as mulheres mais frustradas do mundo são as que abafam sua feminilidade, o que não pode acontecer com uma santa filha de Deus. Uma esposa vai além de mãe e dona de casa: é parceira sexual do marido. Se o ato conjugal não for bom para ela, será muito difícil ter sucesso como mãe e dona de casa.

É importante o ato sexual para o marido porque faz aumentar o amor pela esposa, reduz as tensões no lar e proporciona uma experiência emocional sem par.

Para sua esposa dá segurança quanto ao amor do companheiro: amor de companhia, de compaixão e de romance.

E ainda: satisfaz o instinto sexual da santa, que é diferente do instinto sexual do homem. A imagem do fogão a gás e do fogão a lenha para descrever a prontidão do homem e da mulher para o sexo é corriqueira porém verdadeira: a lenha (às vezes verde) demora a pegar fogo, mas quando queima...

Sexo e reprodução foram ordenados por Deus, e nada têm de pecaminoso (cf. Gn 1.28). Mas o ato sexual tem se tornado um martírio, um tormento para algumas pessoas. Por quê? Ora, o casamento (e o conseqüente ato sexual) são aprovados pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo. O Pai o estabelece em Gênesis 1.28; o Filho dele fala em Mateus 19.5, e o Espírito Santo pela inspiração de Hebreus 13.4, texto que fala com extrema clareza do santo sexo, pois que a palavra "leito" que nele aparece é em grego koite, da mesma raiz da palavra latina coitus, descritiva do ato sexual.

A Bíblia condena, no entanto, o abuso sexual, chamando-o de "fornicação" (sexo entre solteiros) e "adultério" (sexo pago). Deus criou a sexualidade e colocou os instintos em nós, não para nossa tortura, mas para a satisfação do casal em santo sexo e senso de realização. Como é significativo o uso da palavra "conhecer" ( yada em hebraico) para designar o ato sexual (cf. Gn 4.1; Mt 1.25). O ato sexual é o conhecimento mais íntimo que se pode ter de uma pessoa. Mas é um ato santo, reservado, por ser conhecimento sagrado, pessoal, íntimo. O Cântico dos Cânticos é incrivelmente franco sobre o assunto (cf. 2.3-17; 4.1-7).

Provérbios 5.18 fala de prazer total, e não só para reprodução. Por outro lado, Deus não planejou um sexo pervertido, barateado, comercializado com vem acontecendo em outros arraiais. Deus planejou um santo sexo que fica bom com o tempo, com o casal mais amadurecido no amor e nas artes amorosas.


DIFICULDADES SEXUAIS

Conflitos sexuais são criados por mil e duas razões. Reservamo-nos algumas poucas:

  • Problemas no namoro e no noivado trazidos para o casamento. Os antigos já diziam que "o que começa errado termina errado".
  • Conflitos na lua-de-mel. Ou será na "lua-de-fel"? Uma senhora que teve péssima experiência na lua-de-mel com um marido vinte anos mais velho dizia que "o casamento é a legalização do estupro".
  • Traumas de infância. A esposa evita carícias, tem horror até em pensar, o ato sexual é um martírio. Aliás, convém lembrar que ninguém está só, mas talvez seja necessário buscar ajuda profissional de um médico ou terapeuta de casal.
  • Sexo sem amor O amor é uma atitude mental, e o sexo é uma entre muitas expressões dessa atitude mental. Sexo sem amor equivale a uma vida de miséria.
  • Falha em bem aproveitar os jogos amorosos. É falta de sabedoria não preparar a esposa para o ato conseqüente.
  • Coisas de que um não gosta no outro. Idéias, hábitos, sentimentos de competição. E quando o marido chega, e encontra em vez da esposa, um espantalho? Rolinhos no cabelo, desarrumada pensando que com isso sensibiliza o marido? Pouca higiene, falta de asseio adequado. Cuidado com os odores, meus santos! Uma coisa é o cheiro do corpo masculino ou feminino estimulantes das funções sexuais, outra é cheiro de suor e mau hálito. Dentro de certos parâmetros o odor pode ser um estimulante sexual, qualquer sexólogo ou terapeuta o reconhece e pode informar.
  • Conflitos em outras áreas: diferença acentuada de idade ou de nível acadêmico; comparações com a mãe, com o pai, com o irmão, etc.

Pense mais em qualidade que em quantidade de relações sexuais; pense em integralidade do sexo, e, sobretudo, que o amor é uma extraordinária fonte de poder nas adversidades e dificuldades da vida.

Sem receio de ser mal-compreendido, a experiência do ato sexual, do santo sexo discreto, reservado e exclusivo, pode ser comparada à da oração em Mateus 6.6:

"Entra no teu quarto, fecha a porta..." Resultado: "...te recompensará".


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quarta-feira, 27 de maio de 2009


O Casamento

Steve H. Montgomery


"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porem aos que se dão a prostituição e aos adúlteros Deus os julgará." Heb. 13:4

Hoje, há falta de respeito para as coisas que Deus criou. O plano de satanás é destruir tudo, item por item, que Deus fez.

  • Deus criou a terra, mas o homem procura a destruí-la. No fim do mundo Jesus vai destruir os que destruem a terra. Apoc. 11:18.
  • Deus criou as nações; satanás as engana. Apoc. 12:9; 20:8.
  • Deus criou a igreja; satanás procura destruí-la.
  • Deus criou a família também. Satanás procura destruí-la. Ele despreza e ataca o casamento. Faz o mundo pensar que o casamento é desnecessário; uma coisa do passado. A Bíblia declara que o matrimonio deve ser venerado. Se a família for destruída, a sociedade inteira e as igrejas serão seriamente afetadas. A base da sociedade é a família. E a família começa com o matrimonio. Sempre foi assim.
AS INSTITUIÇÕES QUE DEUS CRIOU

  Há três instituições na terra que DEUS criou: a família, a nação, e a igreja. Devemos servir a Deus como membros da igreja, que é o corpo de Cristo. Devemos obedecer as leis da nação. Romanos 13 ensina que as autoridades civis são "ministros" de Deus. As nações pertencem a Deus, Dan. 4:17. Devemos manter a família de acordo com os princípios da Bíblia. A família é a instituição mais antiga na terra, e foi Deus quem a instituiu.

JESUS DISSE QUE O MATRIMONIO É DE DEUS

  Jesus reconheceu este fato quando disse que "desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne: e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem." Marcos 10:6-9. Jesus defendeu e aprovou o caso de Adão e Eva, como um casamento que veio de DEUS. Foi o único exemplo que Jesus citou sobre o casamento. É um casamento "feito no céu" ou aprovado, sim, por Deus. Não existia nenhuma igreja, nenhuma nação. Claro que não existia um cartório. MAS existia uma autoridade que não só estava de acordo com a existência da família, mas também era "responsável" pelo próprio casamento. Todo o casamento na Bíblia foi feito na presença da autoridade existente na época e/ou com a aprovação das famílias envolvidas.

  Jesus mostrou sua aprovação desta maneira de casar-se quando ele assistiu as "bodas em Caná da Galiléia" com a sua mãe e seus discípulos. João 2:1-2. É claro que não se realizou no templo, (como o batismo também não foi feito no templo), mas foi feito com Jesus e seus discípulos presentes. As igrejas batistas não fazem casamento. Ninguém em nosso meio acredita que a igreja faz casamento. O casamento é feito na presença das autoridades da nação com a aprovação das famílias envolvidas, como no tempo da Bíblia, e a igreja pode ser uma testemunha do fato. Ela pode pedir as bênçãos de Deus sobre a formação de uma nova família, e naturalmente antes da união corporal. Se for um caso de sexo antes do casamento, a igreja não pode aprovar. Se não for feito no cartório, a igreja não pode aprovar. Como Jesus aprovou o casamento, também a igreja o aprova.

A POLIGAMIA CONDENADA

  Deus não instituiu nem aprovou a poligamia pois criou uma só mulher para o homem. Se aprovasse a poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não fez. O primeiro casamento é o único caso que Jesus cita para ensinar o matrimonio e o divórcio. Isto é, o matrimonio deve se manter intato. Ninguém deve separar os dois. Por que? Porque foi DEUS quem fez o matrimonio. Os dois, (não três), são uma só carne. A presença de um terceiro seria uma separação dos dois, a dissolução da família original!

  Deus permitiu mas não aprovou certas coisas nos dias em que a Bíblia não era completa. Atos 17:30 disse que Deus não teve em conta os tempos da ignorância. Passou por cima de certas coisas erradas até os dias de Cristo. Permitiu-as, mas não as aprovou! Quem quer provar que a poligamia é certa sempre cita estes casos no velho testamento. Em vez de citar estes, por que não cita Deuteronômio 17:17? Deus mandou Israel e seu futuro rei não multiplicar nem cavalos, nem mulheres! Foi justamente "nisto" que "pecou Salomão", Neemias 13:26. Suas mulheres eram estrangeiras. Isto também era pecado. Deus não aprovou a poligamia de Salomão. Quando os judeus voltaram do cativeiro, no tempo de Esdras e Neemias, por que Deus mandou os israelitas mandar embora suas mulheres estranhas? Esdras capitulo 10. Era pecado possuí-las. Em versículo 6, Esdras "estava anojado pela transgressão dos do cativeiro." Israel, para provar que estava arrependido, cerrou estas relações que eram contra a lei de Deus. Quando alguém se arrepende de fornicação, não continua nela.

  Deus usou a santidade do matrimonio para expressar a união de Cristo e a sua igreja. Efésios 5:22-33. Grande ênfase é colocada na relação do marido e sua esposa. A poligamia destruiria o ensino que Cristo tem uma só esposa. As igrejas que são infiéis a Cristo são prostitutas espirituais.

  Seria um passo atrás se a igreja aprovasse a poligamia. Em todas as terras e culturas onde o evangelho tem entrado, tem mudado o sistema dos pagãos de poligamia para monogamia. Não somos muçulmanos, mas cristãos!

UNIÃO SEXUAL NÃO É CASAMENTO

  Bom é lembrar que Eva já era a mulher de Adão antes da união sexual. Gênesis 2:28 mostra que "Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra." Gênesis 2:24 ensina que Adão uniu-se com sua mulher. Já era a sua mulher, antes da união! O casamento foi feito quando Deus fez Eva e deu-a a Adão. Deus os abençoou. O ato sexual veio depois. É uma expressão do casamento, mas não é casamento. O casamento foi feito antes. Casamento não é acasalamento.

  Em Gênesis 29 temos um caso importante. Jacó e seu tio, Labão, fizeram um contrato de casamento para Jacó e a filha de Labão, Raquel. Jacó serviu "sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava. E disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher." Gên. 29:20-21. Labão enganou Jacó e deu-lhe Léia no lugar de Raquel. Depois de trabalhar mais sete anos, recebeu Raquel "por mulher," ver. 28. No tempo dos patriarcas, o casamento foi combinado pelos pais do casal. Em todos os casos de casamento no velho testamento, havia aprovação dos pais e/ou da sociedade. Havia um período de tempo do noivado. Se os dois se ajuntassem antes da aprovação dos pais e da sociedade, ou mesmo durante o noivado, o ato seria chamado fornicação, ou sexo antes do casamento! Foi chamado "doidice" e "loucura." Gên. 34:7; Deut. 22:20-21. Ora, se o ato sexual em si fosse o casamento, não seria mais doidice ou loucura. Não seria possível existir sexo antes do casamento. Paulo disse em I Cor. 7 que o homem deve casar para evitar fornicação. Logo não seria mais fornicação a prática de sexo antes do casamento, se a união corporal fosse casamento.

  E o caso de José e Maria? Quando se casaram? "Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem achou-se ter concebido do Espirito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente." Mat. 1:17-18. Ser desposada não quer dizer, necessariamente, casada. Eram noivos. Iam casar-se. José casou com Maria antes ou depois do nascimento de Jesus? Deus mandou que tomasse sua desposada mulher antes. "E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus." Mat. 1:24-25. Era casamento ou não?

O QUE DIZ A BÍBLIA?

  Sexo sem obrigações sociais e morais não é legítimo. Ajuntar-se com uma prostituta não é casamento, mas é prostituição. Se fosse casamento não seria mais prostituição. Esta seria eliminada; não existiria mais. Seria casamento, simplesmente. Se um homem tiver relações sexuais com uma mulher antes do casamento, ele comete fornicação ou prostituição com ela. Isto é pecado; é chamado loucura e doidice na Bíblia. Se um filho nascer desta união, é ou não é bastardo? Por isso Deus tinha que dizer a José que o caso de Maria não foi prostituição ou adultério. Se o pai de Jesus fosse um outro homem qualquer, Maria seria adúltera. O filho seria um bastardo. Mas, vamos ver outras passagens da Bíblia:

1). I Cor. 7:1-2 - "Bom seria que o homem não tocasse em mulher; Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido." Portanto prostituição é uma coisa; casamento é outra. O ato sexual é o mesmo. Deus não aprova prostituição nem adultério. Aprova o casamento. O ato sexual não é o casamento.

2). Hebreus 13:4 - "Venerado (reverenciado, respeitado) seja entre todos o matrimonio (casamento) e o leito (do casal) sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará." Logo o casamento é diferente de prostituição e de adultério. O casamento é "sem mácula." A prostituição e o adultério merecem o julgamento de Deus! Ajuntar-se com uma prostituta é prostituição e NÃO casamento. Repito: o ato sexual no casamento é o mesmo praticado na prostituição. Deus APROVA um e condena o outro! Logo entendemos que o ato sexual não é casamento.

3). I Cor. 6:15-18 - "Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e fa-los-ei membros de uma meretriz? (É certo um crente ter relações com uma meretriz?) Não, por certo. (Por que não? Porque seria prostituição.) Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? (Isto é, fica cometendo o mesmo pecado que ela comete). Porque serão, disse, dois numa só carne. (Quer dizer, que ficam iguais. São igualmente prostitutos. Ele participa do mesmo pecado que ela vem praticando). Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espirito. FUGI DA PROSTITUIÇÃO. (Aqui é a razão desta passagem; evitar e não participar de relações ilícitas mas fugir delas). Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo (não envolve o corpo); mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo." Seu próprio corpo pertence a sua esposa, como Paulo explica logo em seguida em I Cor. 7:4. Se ajuntar-se com a prostituta, está dividindo "os dois." Está pecando contra a sua esposa. É como o caso de adultério: "Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela," Marcos 10:11. Aqui é o homem que está pecando. Quem ajunta-se com uma meretriz participa com ela o seu pecado de prostituição. Neste sentido os dois estão juntos; igualmente errados mas não casados.

A mesma regra aplica-se a esposa que é infiel ao seu marido. Ela peca contra seu próprio corpo. Ela peca contra seu marido, seu casamento. É adúltera. "Se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera," Marcos 10:12. Seria executada no tempo da lei, Ezeq. 16:38.

Paul explica em I Cor. 7:1-2 que o homem não deve praticar uma relação sexual ilícita (prostituição), mas deve ter "a sua própria mulher," isto é, casar se. Se o ato sexual fosse o próprio casamento, este versículo não teria sentido nenhum.

4). I Cor 7:9 - "Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se." Paulo está mandando os solteiros praticarem sexo antes do casamento? Não. Ele está reforçando a idéia no versículo 2, que o solteiro deve evitar fornicação através do próprio casamento! Deve casar-se e assumir a responsabilidade que vem com a família. Se o ato sexual fosse casamento, este versículo não teria sentido nenhum.

5). Gênesis 38 - Aqui é o caso de Judá que teve relações sexuais com sua nora, Tamar, que se fingiu de prostituta. Ficou grávida. Quando foi descoberto o caso, "deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está pejada do adultério." Judá ficou bravo. Quis executá-la. Mas caiu em si quando ficou sabendo que ele era o pai! Judá não se casou com Tamar. "E nunca mais a conheceu," versículo 26. Foi adultério; não casamento. No tempo da lei os dois seriam mortos. Lev. 20:12.

6). Deut. 22:23-27 - Leia cuidadosamente sobre dois casos de estupro. Inclui-se aqui o consentimento da mulher. Se ela não consentir, não tem culpa; não é executada. O estupro não estabelece uma relação permanente; não é casamento com o estuprador. Se nascer criança, a mãe cuida dela pois o estuprador é executado. Se ela consentir ou não pedir socorro, os dois são executados. Não há casamento.

7). Deut. 22:28-29 - No caso do homem que se deita com uma moça virgem não desposada, quando "forem apanhados, "dará dinheiro (o dote) ao pai dela "porquanto a humilhou," e ela "lhe será por mulher." Casam-se. Se o ato sexual fosse o próprio casamento, ela não precisaria casar com ele. Já seria casada. Aqui é um caso de sexo antes do casamento, que é uma vergonha, uma doidice, e o resultado deve ser casamento. O ato sexual não é o próprio casamento.

8). Êxodo 22:16-17 - Aqui é um caso de sexo antes do casamento. "Se alguém enganar alguma virgem, que não for desposada, (não tem ficado noiva) e se deitar com ela, certamente a dotará por sua mulher. (Tem que casar com ela; o sexo não os fez casados). "Se seu pai inteiramente recusar dar-lha (em casamento, pois não são ainda casados!), dará dinheiro conforme ao dote das virgens."

a. Logo podemos concluir que o sexo não é o casamento.

b. O sexo não estabeleceu uma relação permanente.

c. Sexo antes do casamento é errado.

9). Gênesis 34 - Leia o capitulo. É o caso de Diná, filha de Jacó.

    1. É um caso de sexo antes do casamento. Ver. 2.
    2. A moça foi contaminada. Ver. 5, 13, e 27.
    3. O príncipe Siquem amou a moça depois do ato. Namorou-a.
    4. Pediu ao pai dele para arranjar o casamento. Ver. 4.
    5. Fazer sexo antes do casamento é doidice. Ver. 7.
    6. "Não se devia fazer assim." Ver. 7.
    7. O pai do moço pediu o casamento. Ver. 8.
    8. O moço também pediu. Ver. 11.
    9. Ver. 12 é claro que quis casar-se com Diná.
    10. O contrato foi feito: os heveus iam casar com os israelitas. Praticariam a circuncisão. Ver. 14-24. E fizeram.
    11. Fazer sexo antes do casamento não é casamento!
O CASAMENTO CRIA UMA NOVA FAMÍLIA

  Gênesis 2:24 e Mat. 19:5 ensinam que o homem deixa sua família e "apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne," ou uma nova entidade, uma nova família. Não é certo o homem levar a sua esposa para a casa dos seus pais. Há exceções, mas a regra geral é esta. Ele agora é chefe de uma nova família. "Ambos serão uma carne" mostra que são "co-herdeiros da graça da vida," I Pedro 3:7.

  I Pedro 3:1, I Cor. 11:2 e Efés. 5:22-23 mostram que a mulher é sujeita ao próprio marido. Ela é sujeita só ao seu próprio marido e não ao sogro ou seu pai ou outro homem. Faz parte da formação de uma nova família.

  I Pedro 3:7 e Efés. 5:25,28-31 ensinam que o homem deve amar sua mulher como seu próprio corpo; como Jesus ama a igreja. Deve viver com sua mulher com "entendimento, dando honra à mulher." O corpo dela é dele; o corpo dele é dela. Os dois são um só. "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher (Porque casou-se com ela!) e serão dois numa carne. Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido," Efés. 5:31. Eles são uma nova família.

CASAMENTO É PERMANENTE E EXIGE FIDELIDADE

  Em todas as passagens bíblicas que tratam de casamento, a ênfase é da sua permanência. Na criação da família em Gênesis 2:23-24, Deus disse que "serão ambos uma carne." Jesus citou este caso em Mat. 19:3-9, Marcos 10:2-12 e disse: "Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem." Ninguém deve ser culpado de destruir a família, de separar um marido da sua esposa. O matrimonio deve ser mantido a todo custo. Casamento dura até a morte de um dos cônjuges. Romanos 7:1-4 ensina que a pessoa pode casar-se de novo se o outro morrer. Se ajuntar com o outro durante a vida do seu cônjuge, comete adultério. Estaria casado com dois duma vez (o que é errado), e destruiria a família. Também destruiria o argumento de Paulo sobre nossa morte para a lei pelo corpo de Cristo! Não estamos casados com a lei mas com Cristo. Cristo pôs fim à lei. Cravou-a na cruz. Não estamos debaixo dela. Ela morreu. Ficamos livres dela. Se a mulher casar-se com um outro homem enquanto seu marido está vivo, é adúltera. Destruiu o casamento. E "qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 5:32. Por que? Porque ela é do primeiro. Igualmente, se o homem casar-se com uma outra mulher enquanto sua esposa vive, é um adúltero. "Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera." Marcos 10:11-12. É fácil ver aqui que o que vale para um vale para o outro! De qualquer maneira a família seria desmanchada, desfeita, destruída.

Por esta razão, Jesus ensinou que a única razão de repudiar o outro cônjuge é fornicação. Se o homem repudiar a sua mulher por qualquer outra razão "a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério," se ela casar com outro, e "qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mat. 5:32. Por que? Porque ela ainda pertence ao seu marido.

Paulo tratou deste assunto em I Cor. 7. Quando fala dos solteiros e viúvos, faz "por permissão e não por mandamento," ver. 6. Ele fala segundo o seu "parecer," tendo o Espírito Santo. "Quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor," ver. 25. Mas quando fala dos casados, diz, "mando, não eu mas o Senhor," ver. 10. Disse que "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas se falecer o seu marido. fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor," ver. 39. Não há razão nenhuma para limitar este princípio à mulher. O homem está ligado a sua esposa todo o tempo que ela vive. Se ela morrer, ele está livre para casar-se de novo. Mas se casar-se durante a vida dela, está cometendo adultério. Tanto o marido como a esposa são "co-herdeiros da graça da vida." Todas estas passagens ensinam a permanência do matrimonio, e que a única coisa que desfaz o casamento é a morte. No caso de um que se aparta do outro, Deus manda "que a mulher se não aparte do marido," ver. 10. E "se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido," ver. 11. Acha que este principio é somente para a mulher? Não, porque Paulo continua dizendo, "e que o marido não deixe (não abandone) a mulher." Marcos 10:11-12 menciona tanto o marido como a esposa!

Lucas 16:18 também ensina que "Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também." O homem deixa a sua mulher. Ela fica abandonada, sem sustento, sem abrigo, sem marido. Ele se casa com a outra. Comete adultério. A esposa dele casa-se de novo. O segundo homem dela comete adultério. Por que? Porque o marido dela está vivo. Perante Deus ela pertence ao primeiro marido. É claro que ela também comete adultério, se ajuntar ao outro, mas esta passagem fala do homem que se ajuntar com ela. Jesus disse que "aquele que casa com a repudiada" comete adultério. Esta é a mesma idéia que achamos em Mat. 5:32. Se o homem repudiar a sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério." Se fosse por prostituição, ela já seria culpada de adultério! Mas se ele a repudiar por outra causa qualquer, ela acaba ajuntando-se com um outro. Isto é adultério. Assim o homem faz a sua mulher cometer adultério. E neste caso, o homem que ajuntar-se com ela (a repudiada) também comete adultério porque ela é casada.

Deus quer que a família continue unida. Ele detesta divórcio. Mal. 2:14-16. Não quer que ninguém fique "desleal para com a mulher da sua mocidade."

Deus manda que ninguém se aparte do seu "co-herdeiro da graça da vida," I Cor. 7:10-11. Se um abandonar o outro, como é que faz? "Fique sem casar, ou que se reconcilie.." Reconciliação é possível? Sim. Deus manda que seja feita! Leia cuidadosamente o capítulo inteiro de Ezequiel 16. Deus e Israel eram casados. Israel se tornou infiel, como uma meretriz pior que Samaria ou Sodoma. Foi abandonada por Deus, mas não permanentemente. Um dia Deus vai recebê-la de volta, arrependida. O mesmo Deus que escreveu Deut. 24 também tem graça e misericórdia maior que a LEI. (Cuidado com a lei! Vamos usar Deuteronômio hoje para todo o nosso comportamento? Se aceitamos uma parte e não tudo somos incoerentes, errados). Vamos apedrejar o estuprador, ou o adúltero?

O errado será perdoado somente se arrepender se. A mulher adúltera em João 8:1-11 estava errada. Merecia morrer. Jesus era inocente do pecado; podia acusá-la. Ele não pediu a sua morte. "Nem eu também te condeno: vai-te, e não peques mais." Quando o errado, o infiel se arrepende e pede perdão, vamos aplicar a lei ou a graça? Vamos perdoar? E a pessoa errada: vai continuar no pecado? Não. Vai ser como o caso em I Cor. 5 e II Cor. 2. O homem cometeu fornicação. Como? Estava vivendo com a mulher de seu pai. Paulo manda que aquele "que tal ato praticou" seja excluído, tirado da igreja. Não podemos aprovar fornicação. Ver. 10 disse que não nos devemos associar com um irmão "devasso," isto é, fornicário. A igreja excluiu o homem pela votação da maioria (não é necessária a unanimidade), e depois ele se arrependeu. Voltou à igreja arrependido, e Paulo manda que seja recebido, consolado, confirmado! Por que? Deixou a relação ilícita. Parou de morar com a mulher do seu pai. Temos que deixar bem claro que amamos o pecador mas aborrecemos o pecado. Através de arrependimento a reconciliação pode ser feita. "Para que te lembres, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando me reconciliar contigo de tudo quanto fizeste, diz o Senhor JEOVÁ." Ezequiel 16:63.

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