terça-feira, 16 de junho de 2009


A Importância da Sexualidade no Casamento


Pr. Elinaldo Renovato de Lima


Quando Deus fez o primeiro casal, incluiu em sua estrutura emocional e física, os órgãos e o instinto sexual. E o fez com propósitos muito elevados, como tudo que o Criador realizou. Dessa forma, a sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano. Dela, ninguém pode se afastar. Quando alguém diz que é homem ou mulher, está implícita a idéia de sexo, de modo natural. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental, indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges, dentro do plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir um pouco sobre esse importante assunto.


1. VISÃO BÍBLICA DO SEXO


1.1. O SEXO FOI FEITO POR DEUS

- Deus fez o homem, incluindo o sexo, e “viu que tudo era bom” (Gn 1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também fizeram os órgãos sexuais. Aquele que criou a mente, também criou o instinto sexual.

- Jesus, mesmo em sua missão divina, era homem normal, incluindo a sexualidade, santificando-a na pureza e santidade de seu corpo. Ele foi circuncidado ao oitavo dia. Lc 2.21-23. “E o Verbo se fez carne...” (homem) Jo l.l.1

1.2. O PLANO DE DEUS EM RELAÇÃO AO SEXO

- Deus quis, na sua soberania, que o homem participasse DIRETAMENTE da obra da Criação, através da procriação, dando-lhe instrumentos maravilhosos que são os órgãos e o instinto sexual. Nesse plano, observamos os seguintes aspectos, dentro da vontade de Deus:

- O USO DOS ÓRGÃOS SEXUAIS É PRIVATIVO DOS CASADOS.

- A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados. Gn 1.27,28. - Deus não quis que o homem vivesse só. Gn 2.18,24; Sl 68.6;113.9.

- Deus exorta o homem a desfrutar o sexo com a esposa e não com a namorada ou a noiva. Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação do amor conjugal e não entre solteiros. Ct 4.1-12; Ef 5.22-25.


2) A RELAÇÃO SEXUAL DO CRISTÃO

1) SUA NATUREZA

* Prevista por Deus (Gn 1.27-28; 2.24)

* Não era, nem é e nem será pecado (dentro dos princípios de Deus): Hb 13.4;

2) SUA FINALIDADE

o Procriação (Gn 1.27, 28). “De um modo maravilhoso...” (Sl 139.13-16);

o Ajustamento mútuo entre marido e mulher (1 Co 7.1-7);

o O princípio da prevenção (v. 2);

o O princípio do direito mútuo (ou do dever) (v.3);

o O princípio da autoridade mútua (v. 4);

o O princípio do hábito (v. 5).

o Satisfação (bem-estar, prazer): Pv 5.18-23; Ec 9.9; Ver Livro de Cantares de Salomão (4. 1-12;7.1-9);

o Deus valoriza a união sexual entre marido e mulher (Dt 24.5).

3) COMO DEVE SER, NO PLANO DE DEUS

o Exclusiva (Gn 2.24; Pv 5.17);

o Alegre (Pv 5.18);

o Santa (1 Pe 1.15; 1 Ts 4.4-8);

o Natural (Ct 2.6; 8.3);

o Observar o significado do Corpo para Deus como TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO PROPRIEDADE DE DEUS (1 Co 6.19-20).


3. O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO

a) FORNICAÇÃO: prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro (Enc. Bíblica Boyer). O fornicário não entra nos céus. Ef 5.5a; 1 Tm 1.10a; Ap 21.8a.

b) ADULTÉRIO: Relação sexual entre pessoas casadas com pessoas que não são seus cônjuges. Mt. 5.27; Mc 10.9; Rm 13.09. É perigoso. Pv. 5.1-5. Grave pecado.

c) PROSTITUIÇÃO: Num sentido geral, envolve todo o pecado do sexo; num sentido estrito, é a relação com prostitutas. Deus proíbe. Dt. 23. l7. Grave pecado: 1 Co 6.l6. É falta de juízo. Pv 7. 4-10;21, 22,23-27; 1 Co 6.15-18.

d) HOMOSSEXUALISMO: - Relação entre pessoas do mesmo sexo. É abominação ao Senhor. Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18. Vício de Sodoma (Sodomia) Gn 19.5. Deus destruiu cidades por causa disso. Dt 23.17. - Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos abomináveis. l Co 6.9,10. É considerado no NT como “paixão infame”. Rm 1.24-27. O Homossexualismo feminino chama-se LESBIANISMO. Ver Rm 1.26 comparado com 1 Co 1.27: “Semelhantemente...” Desonra a Deus; - Usa o corpo de modo animalesco; desvia a finalidade do corpo; não permite a reprodução do ser humano. Só busca o prazer pelo prazer. É egoísta. A AIDS é uma conseqüência dessa perversão. Infelizmente, o homossexualismo tem chegado até ao meio de diversas igrejas.


4. A SEXUALIDADE NA MEIA-IDADE

- A partir da meia-idade (40-55 anos), começam a surgir dificuldades área sexual. Há uma série de crises: mudanças físicas, emocionais, nervosas, etc.

- A maneira de enfrentar os problemas dessa fase da vida depende da atitude mental de cada um: se confiar em Deus, encara com naturalidade, e vence; se não confia, encara como uma tragédia, e é derrotado;

- O que para uns é o fim, para outros é o começo de uma nova fase da vida, cheia de experiências, realizações e expectativas positivas.

4.1. MUDANÇAS PRÓPRIAS DA MEIA-IDADE

- O aspecto físico muda bastante; o espelho parece CRUEL: gorduras onde não gostaríamos que houvesse; barba ficando cinzenta; pele flácida; rugas; calvície, etc.; isso afeta a sexualidade;

- As energias físicas diminuem, mas a resistência pode permanecer e até aumentar, com o uso proveitoso das energias mentais, levando ao equilíbrio emocional;

- Se ficar preso à juventude, querendo parar o tempo, o homem fica frustrado;

- Se tiver visão espiritual, vai ser grato a Deus por estar na meia-idade, encarando as mudanças como algo normal em sua vida;

- O homem passa a ver a mulher mais velha, menos atraente a seus olhos; há homens que se desesperam, se deprimem, e outros dão lugar à tentação, caindo em pecado de adultério, prostituição, etc. há quem busque refúgio na pornografia, filmes e revistas eróticos, mas isso só aumenta o problema. Grandes homens de Deus caíram na armadilha do sexo.

4.2. OS CUIDADOS NECESSÁRIOS A UMA VIDA SAUDÁVEL

Na meia-idade, mais do que em outro período da vida, é importante que se utilize um plano adequado de desenvolvimento emocional e físico. Não se deve querer competir com os jovens, mas importante uma alimentação apropriada, o exame médico regular, de acordo com a idade; controle emocional, descanso sistemático, bom senso, disciplina, além da saudável prática de exercício físico adequado (caminhadas são as mais recomendáveis).

A Bíblia não condena o exercício físico. Apenas mostra que, em relação à piedade, para pouco aproveita (1 Tm 4.8).


CONCLUSÃO

O homem cristão precisa compreender o valor da sexualidade, e ser grato a Deus por isso. Faz-se necessária uma visão abrangente do tema, de modo a não se deixar levar por conceitos e preconceitos que só fazem prejudicar o bom relacionamento entre as pessoas, principalmente entre marido e mulher, a quem Deus concedeu a bênção da união conjugal, como algo belo, santo e agradável, não só com finalidade procriativa, mas como meio de obter um relacionamento estável, rico em alegria e prazer.


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