sexta-feira, 8 de maio de 2009


Conheceremos Nossos Entes Queridos na Vida Futura?

 

Pr. Cleverson de Abreu Faria

 

Primeiramente devemos entender que cada crente será semelhante a Cristo, ou seja, nossos corpos serão semelhantes ao corpo glorificado e ressuscitado de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Da mesma forma que o corpo de Cristo era um corpo literal, real (Lc 24.39), físico ou reconhecível (Lc 24.31; Jo 20.16) e poderoso (Jo 20.19), assim será o nosso corpo. Vejamos: a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado foi Maria Madalena (Mc 16.9; Jo

20.11.-16). Como ela O reconheceu? Por meio de uma simples, mas poderosa palavra. O Mestre chamou seu nome! Isso mesmo, ela O reconheceu em Seu corpo glorificado por Sua voz. Ela se lembrou do timbre da voz do Mestre que era o mesmo, também tinha o mesmo tom, a mesma maneira própria de falar e pronunciar as palavras. Assim reconheceremos nossos entes queridos em seus corpos glorificados por meio de suas vozes também.

 

No período da tarde nesse mesmo dia outras mulheres viram a Jesus ressuscitado e o reconheceram pela audição, visão e pelo tato. Jesus Cristo falou com elas e elas “abraçaramlhe os pés, e o adoraram” (Mt 28.8-10).

 

Como Cléopas e o outro discípulo de Emaús reconheceram a Jesus Cristo depois de ressuscitado? De uma maneira muito peculiar. Todos nós temos as nossas maneiras de fazer as coisas, de andar, de falar, ninguém faz a mesma coisa exatamente igual ao outro. Temos peculiaridades pessoais que são reconhecidas por nossos amigos. E estes dois discípulos de Emaús reconheceram o Mestre em Seu corpo glorificado por meio do Seu partir do pão. Ora, aqui em nossa cultura nós cortamos o pão e não partimos. Eles por certo já tinham visto várias vezes a Jesus Cristo partir o pão em diversas ocasiões, por exemplo quando alimentou os cinco mil homens e em outra vez quando alimentou a quatro mil. Provavelmente Jesus Cristo tinha uma maneira própria de partir o pão e eles O reconheceram assim. (Lc 24.35). Da mesma forma, reconheceremos nossos entes queridos não apenas pela voz mas pela maneira particular, própria que cada um realiza as coisas.

 

Os dez discípulos também reconheceram a Jesus quando Tomé estava ausente, como foi isso? Eles O reconheceram por suas feridas, nas mãos e nos pés, suas cicatrizes. Também Ele comeu na presença deles provando ter verdadeiramente um corpo glorificado que era real, físico e literal (Lc 24.37-43). Assim também, da mesma forma, reconheceremos nossos entes queridos.

 

E o que dizer dos muitos corpos de pessoas que foram ressuscitadas quando Jesus Cristo ressuscitou? O que aconteceu ali? Esses corpos entraram na cidade e apareceram a muitos, ou seja, várias pessoas viram estes corpos e foram reconhecidos por seus amigos.

 

Como podemos saber que eles foram reconhecidos por seus amigos? Ora, como o escritor saberia que eles eram “santos” e não pessoas comuns? (Mt 27.51 -53). Assim, reconheceremos os nossos entes queridos.

 

Passados muitos dias Tomé também viu a Cristo. E o que provou ser Cristo mesmo? Ele apareceu no meio deles, pois estavam num local fechado e pediu para que Tomé apontasse para Suas cicatrizes e Seu lado ferido pela lança. Jesus tinha um corpo real, que podia ser tocado, um corpo de carne e ossos, ainda com as cicatrizes, as marcas da Cruz (Jo 20.24-28). Foi imediatamente reconhecido por Tomé e nós também reconheceremos nossos entes queridos.

 

Elias subiu ao céu com seu corpo (2Rs 2.11-18). E mais de 2.800 anos depois, no Monte da Transfiguração, foi reconhecido juntamente com Moisés por Pedro, Tiago e João (Mt 17.1-13). Sendo que eles nunca tinham visto eles antes, mas o reconheceram.

 

O ensino bíblico é claro e um forte alento para todos nós: iremos sim, reconhecer os nossos entes queridos e ser reconhecidos por eles.

 

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