quarta-feira, 6 de maio de 2009


O Corpo da Ressurreição

 

Pr. Cleverson de Abreu Faria

 

Pela Palavra de Deus entendemos um ensino claro: todos os crentes serão transformados, mas nem todos serão ressuscitados (1Ts 4.15; 1Co 15.51). Você consegue entender isso? Em outras palavras: todos aqueles que são crentes, já confessaram seus pecados e aceitaram a Cristo como Único e Suficiente Senhor e Salvador pessoal de suas vidas terão seus corpos transformados por meio da ressurreição. Porém nem todos serão ressuscitados, pois aqueles que estiverem aqui quando do retorno de Jesus Cristo não passarão pela morte e por isso não serão ressuscitados, mas mesmo assim terão seus corpos transformados.

 

Notamos uma outra coisa aqui: a ordem natural para todo ser humano é viver, morrer e depois disto esperar pela ressurreição de seu corpo, conforme aprendemos em Hb 9.27 – “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” – nós encontramos uma exceção para esta ordem no final dos tempos. Temos nas páginas das Escrituras Sagradas dois exemplos dessa exceção que já ocorreram: Enoque e Elias. Eles foram levados para o céu sem ver a morte (2Rs 2.11; Hb 11.5). A próxima exceção a esta regra da morte e ressurreição acontecerá com uma geração inteira de crentes e dar-se-á quando do arrebatamento da Igreja.

 

As Escrituras falam de forma clara com respeito a uma ressurreição do corpo, quer seja do crente, quer seja do incrédulo. Cerca ocasião, os saduceus (que negavam haver ressurreição), questionaram o Senhor Jesus Cristo a respeito do fato da ressurreição. Ele simplesmente os acusou e os repreendeu por serem ignorantes com respeito a sua falta de conhecimento sobre o que nos diz as Escrituras e o poder de Deus (Mc 12.24). Feito isso, Jesus passou a fazer a sua defesa da ressurreição citando os escritos do Velho Testamento (Mc 12.26,27).

 

Semelhantemente, os mesmos saduceus faziam suas objeções quanto a pregação dos apóstolos, pois estes estavam proclamando que a ressurreição dos mortos deu se por meio do Senhor Jesus Cristo (At 4.2). “Isto significava que o domínio da morte já fora invadido e que em Jesus os homens poderiam comprovar a doutrina da ressurreição”.

 

Na ressurreição recebemos um novo corpo, eterno e glorificado (2Co 5.1). Este corpo “glorificado” ou ressurrecto somente será dado ao crente quando ocorrer o arrebatamento da Igreja (1Co 15.52; 1Ts 4.16). A universalidade da ressurreição é visto em 1 Coríntios 15.21,22.

 

O corpo mortal está relacionado com o corpo da ressurreição (1Co 15.37,38); é ditto que este corpo será incorruptível, glorioso, poderoso e espiritual (1Co 15.32-33,49). Os corpos dos crentes vivos serão instantaneamente transformados (1Co 15.50-53; Fp 3.20,21). O apóstolo Paulo nos ensina que esta mudança dos vivos e a ressurreição dos mortos em Cristo, chamam-se de “redenção do nosso corpo” (Rm 8.23; Ef 1.13,14).

 

As Escrituras ficam totalmente em silêncio no sentido de falar da ressurreição do corpo do incrédulo. Não se sabe o propósito de ignorar os ímpios nesse sentido. Até mesmo na história do rico e Lázaro, o ímpio, no caso, o rico, seu nome não é mencionado, por quê será que acontece isso? (Ap 21.1-8).

 

As Duas Ressurreições

 

A ressurreição para a vida é chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a morte, é chamada de Segunda Ressurreição (Dn 12.2; Jo 5.28).

 

Portanto, duas ressurreições estão no futuro: a primeira para a vida e a segunda para o juízo (Jo 5.28,29; 1Co 15.22,23; 1Ts 4.14-17; Ap 20.4-6,11-13) e estas estão separadas por um período de mil anos.

 

A primeira ressurreição, para a vida, deverá acontecer na Segunda Vinda de Cristo, no arrebatamento (1Co 15.23; 1Ts 4.16,17), sendo que os mártires da tribulação deverão ser ressuscitados no final da tribulação quando Cristo retornar a esta terra para inaugurar o milênio, o Seu Reino. Juntamente com eles, os santos do Velho Testamento deverão ser ressuscitados aqui.

 

Depois de mil anos haverá a ressurreição para o julgamento, o que nas Escrituras é comumente chamada de Segunda Ressurreição (Jo 5.29).


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