quarta-feira, 13 de maio de 2009

 

40 Anos, 40 Dias,
1 Minuto

                                                                           Ariovaldo de Arruda Ferraz


Aos 40 anos, no dito popular,  vive-se  a idade do lobo. Na Bíblia 40 anos é  preparo de Deus, presença, revelação e poder, 40 dias é fortalecimento de Jesus no deserto, tempo para os espias contemplarem a nova Canaã, tempo de tarefa, tempo de Deus com Moisés no Sinai, tempo de transformação dos discípulos após a ressurreição. Tempo de orar e jejuar, tempo de retiro, tempo para mudar como Jonas em Nínive. Em minutos, um ou quarenta anos, perde-se a vida, ganha-se a eternidade, perde-se a moral, conclui-se a vitória; declara-se um Grande amor, diz-se um sim, ou não, talvez em segundos, abrindo um sorriso ou iniciando tempo de dor.

 

O povo de Israel saindo do Egito, peregrina quarenta anos no deserto, por vales e montes. Para uns ao olhar para frente é tempo de mais, para quem já viveu passou tão rápido, "quarenta anos é a velhice dos jovens, depois disso vem a juventude dos velhos"...

 

Se você não passou, vai passar; se já atravessou o deserto, em quarenta anos ou mais, sabe o desafio da aridez, caminhos difíceis, tempestades, tribulações, desafios. Alguns murmuram por achar a caminhada da vida pesada, mas bebem água tirada das pedras, sentem o vale e sua profundidade, outros observam encima dos montes, os que  falam com Deus  vendo, "...sarça que arde e não se consume. Passado o tempo, não faltou sandália para os pés, as vestes não rasgaram. A nudez foi coberta. A comida diminuiu, mas nunca acabou. Como povo do Deus vivo, e Ele guardados no deserto da existência, lembramos que já fomos aquecidos de tantas formas: de noite, o fogo do Senhor aquecendo, de dia a nuvem refrescando a alma.

 

Aos quarenta dias, anos ou minutos, queridos, precisamos lembrar o vislumbre e vicissitudes  da  eterna Canaã. Ainda no compasso da espera chegamos até aqui e, como Josué e Caleb, somos convidados a não desanimar, pois até aqui nos ajudou o Senhor. Alguns com martírio e pouca honra, vindos ou ainda  no deserto, no tempo de inconformismo, lágrimas, injustiças, trazem no peito onde se lê: "caminho e combato o bom combate estou guardando a fé...". Que visão tem do seu deserto e que expectação da glória cativa seu coração na luta do sobreviver?

 

Em quarenta anos Israel murmurava e perguntava: "E agora Senhor, exército por traz, montanhas ao lado, mar pela frente?". - Já sentiu assim alguma vez? Então, Deus  fez abrir o mar Vermelho... Mas não bastou! - "Não temos alimentos!". Receberam codornizes e maná que os nutriam.

Poderá o Senhor nos livrar dos perigos e inimigos (divida, desamor, incompreensão, desprezo, perdas)? Muitos foram os livramentos quando já em Canaã, tendo mel, provido pelas abelhas do Senhor, leite abundante,  havia os que diziam e ainda hoje dizem, Mas realmente pode Deus prover? Pode Deus ouvir-nos?  Deus quer lhe Dar tanto. Por isso diz: "Provai-Me nisto, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós benção sem medida", (Mal. 3:10). Ele provê tudo, dizendo: "Sou o Deus de doação e amor - mas tão poucos receberão de Mim. Pois não Me permitem que lhes seja, Deus!"

 

A jornada do deserto, uma caminhada de quarenta anos, podia ter sido feita a pé em alguns dias; foi tempo demais, porém necessário para que o duro entendimento do homem pudesse esquecer as cebolas do Egito e desfrutar Leite e Mel de Canaã. Que não se precise de 40 anos para se curvar, mesmo quarenta dias, mas que em um minuto reconheçamos: Bebemos da água da Rocha, sobrevivemos ao deserto abrasador, vimos a coluna de fogo, comemos do maná do Céu, as nuvens nas mais diversas formas guardaram-nos, atravessamos o mar com pés secos, por isso, e muito mais aceitamos o que Paulo diz: Quem era a Rocha da qual a água veio? Quem era a coluna de fogo? O maná? A serpente de metal? Tudo que Deus fez por Israel foi através de Jesus! Isto mesmo - Jesus foi cada uma destas Dádivas!

"Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar... E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a Pedra era Cristo", (ICor. 10:1,4).  

 

 
 
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